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Destaques do Comércio Exterior Brasileiro – Julho 2025
Na segunda semana de julho, o comércio exterior brasileiro apresentou crescimento nas exportações e importações, com alguns números importantes para o mercado:
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As exportações alcançaram US$ 12,3 bilhões, com alta de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
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As importações subiram 10%, totalizando US$ 10 bilhões, refletindo maior demanda por insumos e produtos para a indústria e agropecuária.
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O superávit comercial foi de US$ 2,28 bilhões, uma queda de quase 23% em relação ao ano anterior, mostrando maior equilíbrio entre o que o Brasil vende e compra do exterior.
Nos setores, o destaque ficou para:
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O crescimento expressivo nas exportações de minérios de cobre (+97%), níquel (+106%) e ouro (+116%).
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A indústria de transformação, que teve alta de 7,1% nas exportações, puxada pelo aumento na venda de aeronaves (+138%).
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Nas importações, milho, soja e máquinas industriais cresceram significativamente, reforçando o papel do Brasil como produtor agrícola e industrial.
Esses números mostram que, apesar do superávit menor, o Brasil mantém dinamismo no comércio exterior, com oportunidades para expansão em setores estratégicos e crescente demanda interna por insumos.
Espírito Santo cresce 15,8% em movimentação no mês de junho
A corrente de comércio capixaba (exportações + importações) atingiu US$ 2,79 bilhões, um aumento de 15,8% em relação a maio. Destaque para importações de aeronaves e equipamentos (alta de 123,4%), somando US$ 239 milhões
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Exportações locais: US$ 806 milhões, com destaque para minério de ferro (US$ 183 milhões; 22,8%), café não torrado (+63,7%) e celulose (+35%) ES HOJE.
Importações: US$ 1,99 bilhão, lideradas por veículos de passeio (51,3%) e aeronaves/equipamentos (12%) ES HOJE.
Tarifaço dos EUA pode custar R$ 19 bilhões ao Brasil e eliminar 110 mil empregos, alerta CNI
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo com projeções preocupantes sobre os impactos do tarifaço anunciado pelos Estados Unidos. A medida, que entrará em vigor no dia 1º de agosto, prevê taxações de até 50% sobre produtos brasileiros, e pode causar uma perda de até R$ 19,2 bilhões por ano na economia nacional.
📊 Impactos no PIB e no emprego
De acordo com o levantamento, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode cair 0,16%, afetando diretamente cerca de 110 mil empregos. Os setores mais atingidos seriam:
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Agropecuária: -40 mil empregos
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Comércio: -31 mil empregos
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Indústria: -26 mil empregos
🌍 Reação em cadeia global
A política tarifária também teria reflexos globais. A CNI estima uma retração de 0,12% no PIB mundial e uma queda de 2,1% no comércio internacional, o que representa US$ 483 bilhões a menos em movimentações globais. Nos Estados Unidos, a própria economia pode encolher 0,37%.
🚫 Produtos e setores mais afetados
Entre os produtos brasileiros com maior risco de impacto estão:
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Máquinas e tratores agrícolas: -4,18% na produção
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Aeronaves e embarcações: -9,19%
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Carnes de aves: -4,18%
📍 Estados com maiores perdas econômicas
Os estados mais afetados pelo tarifaço, considerando perdas estimadas no PIB, são:
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São Paulo: R$ 4,4 bilhões
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Rio Grande do Sul: R$ 1,9 bilhão
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Paraná: R$ 1,9 bilhão
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Santa Catarina: R$ 1,7 bilhão
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Minas Gerais: R$ 1,66 bilhão
📦 Exportações em risco
As exportações brasileiras para os Estados Unidos somam atualmente R$ 52 bilhões, sendo que 78,2% das vendas da indústria de transformação têm os EUA como destino. A CNI alerta que a medida afeta diretamente a complementaridade econômica entre os dois países, e classificou como “desproporcional” a decisão americana, lembrando que o Brasil aplicou uma tarifa média de apenas 2,7% sobre produtos dos EUA em 2023.
LOGÍSTICA
BR do Mar é regulamentado: Brasil aposta na cabotagem para reduzir custos e emissões
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (17), o decreto que regulamenta oficialmente o programa BR do Mar, iniciativa do Governo Federal voltada à ampliação do uso da cabotagem — o transporte de cargas por via marítima entre portos nacionais.
O programa tem como metas principais reduzir custos logísticos em até 60%, estimular a indústria naval, gerar empregos, e incentivar o transporte sustentável.
- Cabotagem como solução logística
Atualmente, apenas 11% da carga nacional é movimentada via cabotagem. Com a regulamentação, o governo quer aumentar significativamente essa fatia nos próximos 10 anos, estimulando o uso de novas rotas, embarcações e afretamentos com foco na sustentabilidade.
O custo médio da cabotagem é 60% menor que o transporte rodoviário e 40% menor que o ferroviário. Segundo estudos da Infra SA, a redução no custo do frete pode gerar uma economia de até R$ 19 bilhões ao ano para o país.
- Benefícios para a indústria naval e empregos
O BR do Mar também visa impulsionar a manutenção de embarcações em estaleiros nacionais, fortalecendo a indústria naval brasileira. Para as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs), o programa representa novas oportunidades de negócios, rotas e cargas, além de estímulo à formação de profissionais marítimos.
- Incentivos à sustentabilidade
Uma das grandes inovações do decreto é o incentivo à contratação de embarcações sustentáveis:
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EBNs poderão afretar até 3 navios adicionais se forem movidos a combustíveis limpos ou de menor impacto ambiental.
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A navegação por cabotagem pode reduzir em até 80% as emissões de CO₂ em comparação com o modal rodoviário.
- Impacto na matriz de transporte e no meio ambiente
Em 2024, a cabotagem movimentou 213 milhões de toneladas, sendo 77% em petróleo. O BR do Mar quer ampliar o transporte de carga geral e contêinerizada, que hoje representa uma fatia muito pequena da movimentação total.
A expectativa é que o aumento do transporte por cabotagem reduza em mais de 530 mil toneladas de CO₂ ao ano, colaborando diretamente com a agenda de descarbonização nacional.https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/07/lula-assina-decreto-que-regulamenta-br-do-mar-e-fortalece-cabotagem-no-pais?utm_source=chatgpt.com