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Brasil, China e Nicarágua: os países investigados pelos EUA no comércio
Brasil
O USTR alega que o Brasil adota práticas comerciais “desleais”, com foco no sistema de pagamentos Pix e no comércio de produtos falsificados na Rua 25 de Março, em São Paulo. A investigação pode resultar em tarifas ou outras restrições comerciais, afetando setores como tecnologia e comércio varejista.
China
A investigação contra a China, iniciada em dezembro de 2024, analisa políticas e práticas relacionadas à busca por dominância na indústria de semicondutores. O foco está em componentes críticos para setores como aeroespacial, automotivo, comunicações, defesa, energia e saúde. Esta é a terceira investigação desde 2018 sobre práticas chinesas nesse setor.
Nicarágua
A investigação contra a Nicarágua avalia questões relacionadas a direitos trabalhistas, direitos humanos e o Estado de Direito. O USTR examina se as práticas nicaraguenses criam um ambiente de negócios “irracional, discriminatório ou oneroso”, prejudicando empresas e trabalhadores dos EUA. Apesar de um acordo de livre comércio existente, os EUA compraram US$ 4,6 bilhões da Nicarágua em 2024, sendo US$ 2 bilhões em vestuário.
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LOGÍSTICA
Porto de São Francisco do Sul bate recorde e mantém ritmo de crescimento em 2025
A logística portuária catarinense segue aquecida. O Porto de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, encerrou o primeiro semestre de 2025 com 8,8 milhões de toneladas movimentadas, superando o mesmo período de 2024, quando foram movimentadas 8,7 milhões de toneladas. O terminal segue consolidando sua posição como o maior porto em movimentação de cargas do estado.
Exportações impulsionadas por grãos
As exportações responderam por 54% do total movimentado, alcançando 4,7 milhões de toneladas. Os grãos lideram esse volume, com destaque para:
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Soja: 3,4 milhões de toneladas
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Milho: 1 milhão de toneladas
Importações lideradas por siderúrgicos e fertilizantes
As importações representaram 46% (4,1 milhões de toneladas), com destaque para:
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Produtos siderúrgicos (China): 2,3 milhões de toneladas
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Fertilizantes (Oriente Médio – Egito, Omã, Irã): 1,5 milhão de toneladas
Investimentos e obras estruturantes
Segundo o presidente do Porto, Cleverton Vieira, os resultados são reflexo da gestão técnica e dos investimentos em infraestrutura. Nos últimos dois anos, o terminal atingiu recordes históricos:
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2023: 16,8 milhões de toneladas
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2024: 17 milhões de toneladas
Entre os principais investimentos realizados estão:
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Novo acesso ao Porto
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R$ 200 milhões em infraestrutura
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Novo parque tecnológico
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Reformas em equipamentos portuários
E os investimentos futuros incluem:
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R$ 324 milhões para dragagem do canal da Baía da Babitonga
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R$ 18 milhões para recuperação do Berço 201
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R$ 12,5 milhões na quarta faixa da BR-280 (acesso ao Porto)
Destaques do Porto de São Francisco em 2025
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Maior porto de SC em movimentação de carga
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Entre os 10 maiores portos públicos do Brasil
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Dois recordes consecutivos de movimentação (2023 e 2024)
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Entre os 5 portos públicos do país com ISO 9001 e 14001
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Reconhecido com 3 prêmios do Ministério dos Portos
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Responsável por 50% do aço importado pelo Brasil
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Exporta 80% da soja de SC
Fonte: Governo de Santa Catarina / SPAF – Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias
Estados Unidos: Logística aquecida e efeito antecipação
Porto de Los Angeles bate recorde
Em junho, o Porto de Los Angeles movimentou 892 mil TEUs – um aumento de 8% em relação ao mesmo mês de 2024. O crescimento foi impulsionado por empresas antecipando importações antes da implementação das novas tarifas previstas para 1º de agosto.
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Long Beach tem retração de 16%
Na contramão, o Porto de Long Beach registrou uma queda de 16,4% na movimentação de contêineres, totalizando 704 mil TEUs em junho. Autoridades portuárias esperam uma recuperação momentânea antes da queda prevista no segundo semestre.
🔗 Leia mais – Reuters
Projeções do setor
De acordo com o Global Port Tracker, a previsão é de 2,36 milhões de TEUs nos portos norte-americanos em julho. No entanto, analistas preveem queda nas importações a partir de agosto, devido ao impacto tarifário.
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Efeito “tariff whipsaw” e reorganização das cadeias globais
O termo “whipsaw”, ou efeito chicote tarifário, descreve o movimento de importadores arrematando estoques antes das tarifas, levando a uma explosão temporária de volumes
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Empresas estão realocando parte da produção para o sudeste asiático (ex.: Vietnã), buscando insumos fora da China .
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A longo prazo, a aposta recai sobre operadores logísticos, infraestrutura portuária e hubs no sudeste asiático AInvest.