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Tarifas de Trump: CNI apresenta defesa formal do Brasil em investigação aberta pelos EUA

 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) protocolou uma manifestação formal de defesa do Brasil junto ao USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA) no âmbito da Seção 301 da lei de comércio americana, instrumento utilizado para investigar práticas comerciais de outros países consideradas desleais.

O documento, assinado pelo presidente da entidade, Ricardo Alban, refuta as acusações levantadas pelos EUA e solicita a abertura de um canal de diálogo, reafirmando a legalidade e o caráter justo do sistema comercial brasileiro.

Entre os pontos rebatidos pela CNI estão:

  • Supostas restrições ao comércio digital;

  • Favorecimento ao sistema de pagamentos Pix em detrimento de empresas estrangeiras;

  • Aplicação considerada insuficiente das leis anticorrupção;

  • Defasagem na proteção à propriedade intelectual;

  • Tarifas consideradas discriminatórias;

  • Falhas no controle do desmatamento ilegal.

A CNI solicitou também o direito de se manifestar presencialmente em audiência pública, que será realizada em 3 de setembro, trazendo como representante o ex-diretor da OMC, Roberto Azevêdo

Além disso, a entidade planeja deslocar uma missão empresarial a Washington nos dias 3 e 4 de setembro, com o objetivo de buscar redução das tarifas e separar o debate comercial dos aspectos políticos, uma iniciativa que inclui contratação de escritório de lobby nos EUA

Fonte: VEJA. Poder360VEJA.

Brasil deixou de embarcar 453.864 sacas de café em junho, prejuízo chega a R$ 3 milhões

  • São Paulo, 30 de julho de 2025 – O Brasil não conseguiu embarcar 453.864 sacas de 60 kg de café (equivalente a 1.375 contêineres) em junho, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) junto a seus associados.

  • O motivo é o esgotamento da infraestrutura portuária do país, que resultou em prejuízo de R$ 3,002 milhões para os exportadores, devido a custos extras com armazenagem adicional, detentions, pré-stacking e antecipação de gates.

  • Desde junho de 2024, quando o levantamento teve início, os associados ao Cecafé já acumulam R$ 78,921 milhões em prejuízos com gastos imprevistos relacionados aos atrasos e à estrutura defasada dos portos.

  • Além disso, o país deixou de receber cerca de US$ 184,183 milhões (R$ 1,022 bilhão) em receita cambial em junho, considerando o preço médio Free On Board (FOB) de US$ 405,81 por saca de café verde e a cotação média do dólar de R$ 5,5465 no período.

  • O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destacou que, com a chegada da nova safra — especialmente a canéfora (conilon e robusta) — houve um aumento de aproximadamente 100 mil sacas não embarcadas em comparação com maio. Ele alerta que essa situação tende a se agravar no segundo semestre, com o crescimento da exportação da variedade arábica.

  • Para enfrentar o problema, Heron defende ações urgentes pelos setores público e privado, como:

    • Aceleração dos leilões de terminais portuários

    • Ampliação da capacidade de pátio e berço

    • Diversificação modal (ferrovia e hidrovia)

    • Criação de indicadores logísticos para monitoramento da infraestrutura portuária.

  • Somando-se à pressão logística, o Boletim Detention Zero (DTZ), da parceria entre Cecafé e startup ElloX Digital, revelou que 49% dos navios (151 de 306) sofreram atrasos ou alterações de escala nos principais portos em junho

    • Porto de Santos, que responde por 80% dos embarques de café no primeiro semestre de 2025, teve 59% dos navios afetados (95 entre 161 porta-contêineres), com o tempo de espera mais longo chegando a 37 dias.

    • O porto do Rio de Janeiro (segundo maior exportador, com 15,7% dos embarques) enfrentou índice de 57% de atrasos, sendo 34 de 60 navios impactados, com maior intervalo de espera de 20 dias.

Fonte: Cecafé.

LOGÍSTICA

Nova rota marítima entre Amapá e China reduz tempo logístico em 14 dias

 Uma rota marítima direta experimental entre o Porto de Santana das Docas (AP) e a Grande Baía de Guangdong (China) promete revolucionar o comércio bilateral, reduzindo em aproximadamente 14 dias o tempo de transporte em comparação às rotas tradicionais.

Encontro bilateral estratégico

Em 15 de agosto, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu com o vice-governador de Guangdong, Zhang Hu, para apresentar oportunidades relacionadas à bioeconomia amazônica — com destaque para produtos como açaí, cacau, mel, chá, champanhe, vinho e café Góes ressaltou o potencial de cooperação inspirada na experiência da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau, visando parcerias em bioindústria, transição energética, infraestrutura sustentável, desenvolvimento urbano e educação e ciência.

Guangdong disposto a expandir cooperação logística

O vice-governador Zhang Hu declarou que, mesmo em fase experimental, a rota conta com o compromisso de Guangdong em fortalecer a conexão logística com o Brasil, otimizando o traçado das rotas e a integração portuária.

Plataforma sinolatino-americana para simplificar o comércio

Foi lançada a Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latino-Americana, em parceria entre a empresa chinesa Zhuhai Sino-Lac e a Companhia Docas de Santana. A iniciativa busca reduzir barreiras, simplificar processos comerciais e fortalecer a cooperação logística estratégica.

Protocolo firmado em novembro de 2024

O acordo que deu origem à rota foi firmado em 4 de novembro de 2024, com foco no escoamento acelerado de produtos como biofertilizantes e itens agrícolas. A iniciativa posiciona o Porto de Santana como um hub promissor para o comércio bilateral .

Fonte: Comex do Brasil+1.

Radares das rodovias federais são desativados por falta de recursos orçamentários

Desde 1º de agosto, os radares das rodovias federais brasileiras foram desativados devido à falta de verba para manter o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade. A medida afeta cerca de 47 mil quilômetros de estradas que antes contavam com fiscalização eletrônica, levantando preocupações de especialistas em segurança viária.

Corte no orçamento do DNIT

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a paralisação foi consequência de um corte de 88% no orçamento destinado à fiscalização eletrônica. Para sustentar os contratos durante o ano seriam necessários R$ 364 milhões, mas a Lei Orçamentária Anual (LOA) liberou apenas R$ 43,3 milhões.

Com suplementações e restos a pagar, o montante chegou a R$ 79,6 milhões, ainda insuficiente para garantir a continuidade do programa até dezembro.

Impactos e judicialização

A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans) declarou que recorrerá à Justiça caso os equipamentos não sejam religados. A entidade destaca que os radares são fundamentais para conter o excesso de velocidade, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o principal fator de mortalidade nas estradas.

Preocupação com a segurança viária

Com a suspensão, cresce a preocupação de que o aumento da velocidade nas rodovias resulte em maior número de acidentes fatais, impactando diretamente a logística de transporte e o escoamento de cargas em todo o país.

 Fonte: Diário do Comércio

Primeira concessão hidroviária do Brasil pode transformar o transporte de cargas

O Ministério de Portos e Aeroportos enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, prevista para ser licitada até o fim de 2025. Essa iniciativa marca um avanço regulatório e logístico com potencial para servir de modelo para futuras hidrovias no Brasil.

Destaques da iniciativa:

  • Extensão estratégica: A concessão abrange cerca de 600 km, englobando o Tramo Sul — entre Corumbá (MS) e a foz do Rio Apa, na fronteira com o Paraguai — além do Canal do Tamengo.

  • Potencial logístico significativo:

    • Em 2024, o volume transportado foi de apenas 3,3 milhões de toneladas, em queda por conta da estiagem. A meta é triplicar essa capacidade até 2035.

    • O transporte hidroviário é até 27 vezes menos poluente que o rodoviário, com impacto positivo na redução de emissões e acidentes — uma alternativa estratégica para descarbonização e melhoria da segurança viária.

  • Contrato com longo horizonte:

    • Projeta-se um prazo inicial de 20 anos, com possibilidade de prorrogação por até 70 anos.

  • Obrigatoriedade de serviços estruturantes: A empresa concessionária deverá implementar e manter serviços como:

    • Dragagem e manutenção do calado (mínimo de 3 metros)

    • Monitoramento hidrográfico

    • Gestão do tráfego aquaviário

    • Sinalização e balizamento náutico

    • Inteligência fluvial

    • Monitoramento ambiental, com 20% dos recursos direcionados para preservação.

  • Previsibilidade em meio a estiagens: Hoje, o Rio Paraguai fica interditado para navegação em média por 65 dias por ano. Com a concessão, espera-se reduzir esse tempo para apenas 8 dias, assegurando maior confiabilidade para o transporte de cargas.

  • Incentivo à integração e competitividade: O projeto visa melhorar a integração multimodal e reduzir custos logísticos, favorecendo os setores produtivos da região Centro-Oeste

Fonte: Portal Logweb.

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