FECHAMENTO DO MERCADO (02/08/2025)
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Brasil e Panamá firmam acordo para fortalecer logística e comércio exterior
Em um movimento estratégico para ampliar a integração logística e portuária, Brasil e Panamá assinaram um memorando de cooperação voltado para o desenvolvimento do comércio exterior e a modernização de infraestruturas.
O acordo foi formalizado durante a visita do presidente panamenho José Raúl Mulino ao Brasil — a primeira de um chefe de Estado do Panamá em 17 anos. A parceria foi assinada entre o Ministério de Portos e Aeroportos do Brasil e a Autoridade do Canal do Panamá, um dos corredores logísticos mais importantes do mundo.
Principais pontos do acordo:
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Troca de informações técnicas sobre infraestrutura portuária e transporte marítimo.
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Criação de novas rotas de exportação utilizando o Canal do Panamá, fortalecendo a competitividade do Brasil no comércio internacional.
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Desenvolvimento de estudos conjuntos sobre descarbonização e seus impactos econômicos e ambientais.
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Estímulo à inovação para redução de emissões na cadeia logística.
Em 2024, o Panamá já se consolidava como principal parceiro comercial do Brasil na América Central, com um fluxo de US$ 934,1 milhões. Agora, a expectativa é que esse volume cresça com a ampliação da cooperação logística.
O memorando terá validade inicial de dois anos, com possibilidade de renovação, e reforça o posicionamento estratégico do Brasil como protagonista nas cadeias globais de comércio.
Essa parceria abre caminho para novas oportunidades, principalmente para exportadores brasileiros que dependem de operações marítimas ágeis e sustentáveis.
Fonte: Leia a matéria completa no Correio Econômico
Receita Federal lança exame de qualificação para despachante aduaneiro
Edital publicado em 1º de setembro de 2025, no Diário Oficial da União, anuncia o Exame de Qualificação Técnica para a profissão de despachante aduaneiro, em parceria com a empresa Legalle Concursos Ltda. O processo visa ajudar ajudantes com experiência a progredir na carreira. Requisitos para participar:
Ser Ajudante de Despachante Aduaneiro com inscrição ativa no Registro por, pelo menos, dois anos;
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Ensino médio completo.
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Inscrições: abertas de 2 a 24 de setembro de 2025, via site da Legalle Concursos. A taxa de inscrição é R$ 80,00 e o pagamento deve ser realizado até 25 de setembro, via DARF.
Prova: objetiva, com 60 questões sendo 10 de Língua Portuguesa, 5 de Inglês e 45 de Conhecimentos Específicos, abrangendo legislação aduaneira e controle e despacho aduaneiro.
Condições de aprovação:
- Nota mínima exigida: 70 pontos (em escala de 0 a 100).Cronograma previsto:
- Prova agendada para 16 de novembro de 2025, com aplicação remota — o candidato deve providenciar computador com câmera, microfone e acesso à internet.
- Resultado final a ser publicado em 12 de dezembro de 2025.
Fonte: feaduaneiros.portaldocomercio.org.br+1
Brasil retoma exportações de gado vivo: Turquia embarca quase 22 mil bovinos
Após um mês de pausa, a Turquia retorna ao mercado brasileiro de gado vivo com força, embarcando 21.900 cabeças em julho — equivalente a 24,4 % do volume total exportado no mês. Isso marca um novo fôlego para o setor, consolidando o país como destino estratégico.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o Brasil já atingiu 487.600 cabeças exportadas, um avanço de 47,1 % em relação ao mesmo período de 2024, mesmo diante da ausência temporária da Turquia em junho.
Perfil dos animais exportados:
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A Turquia adquiriu exclusivamente bovinos mais leves (abaixo de 300 kg), totalizando os 21.900 cabeças.
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Na faixa de 300 a 425 kg, os principais compradores foram:
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Iraque: 24,6 mil cabeças
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Marrocos: 15,5 mil
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Líbano: 4,9 mil
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Jordânia: 3,8 mil
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No total, foram exportadas 89.536 cabeças em julho distribuídas entre diversos destinos. CompreRura+1
Impacto por estado:
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Rio Grande do Sul foi o estado que mais exportou para a Turquia em julho, sendo responsável por todos os envios para o país.
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Pará liderou o ranking geral de exportações com 56,4 mil cabeças.
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São Paulo registrou um embarque pontual de 163 reprodutores para a Nigéria.
Segundo a Scot Consultoria,
“a volta da Turquia ao mercado confirma sua relevância como comprador de gado brasileiro, especialmente de animais mais jovens e leves voltados ao engorde no destino final.”
Fatores como câmbio, peso médio dos animais e preço por quilo embarcado influenciam diretamente o faturamento. Foram destacados que, em junho, embora os volumes tenham sido semelhantes, o dólar mais baixo (R$ 5,54 contra R$ 5,76 em fevereiro) e o perfil de animais mais leves reduziram consideravelmente a receita.
Perspectivas para 2025:
Se o ritmo de exportação continuar, o Brasil poderá alcançar novamente a marca de 1 milhão de cabeças exportadas, consolidando o excelente desempenho de 2024. O alcance dessa meta dependerá da manutenção da demanda turca, do interesse dos países árabes e da eficiência logística brasileira.
Fonte: CompreRura+2
Coamo cooperativa paranaense investirá R$ 3 bilhões na construção de porto em Itapoá
A Coamo, maior cooperativa agrícola do Brasil, anunciou um investimento de R$ 3 bilhões na construção de um terminal portuário em Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina. O novo porto está previsto para iniciar operações em 2030, consolidando-se como um importante hub logístico para exportações brasileiras.
O terminal ocupará 43 hectares e terá três berços de atracação, com capacidade estimada de 11 milhões de toneladas por ano. O porto será equipado para movimentar granéis agrícolas, combustíveis líquidos, fertilizantes e GLP (gás liquefeito de petróleo), atendendo às demandas crescentes da cadeia logística nacional.
Por que o investimento
Segundo o presidente da Coamo, Airton Galinari, a iniciativa surge para superar as limitações enfrentadas no porto de Paranaguá (PR), onde a cooperativa já escoa a produção de grãos de seus 32 mil cooperados. O novo terminal visa ampliar a eficiência e a competitividade do escoamento agrícola brasileiro.
Impacto econômico
A construção do porto deverá gerar aproximadamente 2.000 empregos diretos durante a fase de obras e cerca de 1.000 postos de trabalho permanentes após o início das operações. A iniciativa também promete fortalecer a logística portuária na região Sul e aumentar a participação do Brasil no comércio exterior de grãos e produtos industriais.
Fontes: (infomoney.com.br) (tridge.com) forbes.com.br
Brasil inicia processo de reciprocidade contra tarifas dos EUA
O governo brasileiro deu início ao processo de aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica em resposta à imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A decisão foi anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, durante visita oficial ao México.
Próximos passos
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Prazo de 30 dias: A Câmara de Comércio Exterior (Camex) tem um prazo de 30 dias para elaborar um relatório avaliando se as tarifas impostas pelos EUA violam as regras do comércio internacional e se justificam a aplicação de medidas de reciprocidade.
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Grupo de trabalho: Após o prazo, caso seja aprovada a adoção de medidas contra os EUA, será criado um grupo de trabalho com representantes de diferentes áreas do governo para definir em quais frentes o Brasil deverá atuar. A lei autoriza retaliações envolvendo bens, serviços e propriedade intelectual.
Áreas prioritárias
O governo brasileiro considera priorizar áreas como propriedade intelectual, serviços digitais e produtos culturais. A escolha dessas áreas visa minimizar impactos negativos sobre bens importados essenciais para a indústria nacional.
Fonte: Forbes Brasil
LOGÍSTICA
Cargill realiza operação recorde de transporte fluvial de milho entre Miritituba e Santarém
No dia 5 de julho de 2025, a Cargill realizou uma operação inédita na região Norte do Brasil, transportando 110.971 toneladas de milho em um único deslocamento entre os terminais de Miritituba e Santarém (PA) via rio Tapajós.
A operação utilizou um comboio de 36 barcaças, movidas por um empurrador de alta capacidade equipado com 6.400 HP de potência — um marco logístico para o escoamento de grãos na região.
Esse teste considerado bem-sucedido pela empresa — reforça o comprometimento da Cargill com a eficiência logística, essencial para ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro, melhorar a segurança alimentar e atender fornecedores e clientes
A rota fluvial é crucial para escoar grãos produzidos em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, com posterior embarque no Terminal Fluvial de Granéis Sólidos de Santarém, operado pela Cargill desde 2003. Esse terminal passou por obras de expansão concluídas em 2018, elevando sua capacidade anual de embarque para 4,9 milhões de toneladas
Fonte: Portal LogwebTecnologia Logística.
Prejuízo: Brasil deixa de receber R$ 1,1 bilhão com embarques de café travados em portos
Em julho de 2025, o Brasil enfrentou um impacto significativo em suas exportações de café devido a problemas logísticos nos portos. O esgotamento da infraestrutura portuária impediu o embarque de 508.732 sacas de café de 60 kg, equivalente a 1.542 contêineres. Esse volume não exportado resultou em uma perda de US$ 196,05 milhões, ou aproximadamente R$ 1,084 bilhão, em receita cambial.
Causas e consequências
O diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Eduardo Heron, destacou que a infraestrutura portuária defasada tem provocado atrasos e alterações nas escalas de navios. Em julho, os custos adicionais com armazenagem, detentions, pré-stacking e antecipação de gates somaram R$ 4,14 milhões. Desde junho de 2024, as associadas ao Cecafé registraram perdas de R$ 83,06 milhões com despesas extraordinárias provocadas pelos atrasos e mudanças de escala dos navios.
Impacto nos principais portos
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Porto de Santos: Responsável por 80,4% das exportações de café entre janeiro e julho de 2025, registrou 65% de atrasos ou alterações, afetando 118 de 182 embarcações. O tempo mais longo de espera chegou a 35 dias.
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Porto do Rio de Janeiro: Responsável por 15,5% das exportações no mesmo período, registrou 37% de atrasos, afetando 26 dos 70 navios destinados ao transporte do café. O maior intervalo foi de 40 dias entre o primeiro e o último deadline.
Medidas emergenciais necessárias
O Cecafé tem buscado diálogo com representantes do comércio exterior e do setor público para viabilizar medidas emergenciais que reduzam os impactos dos gargalos logísticos. A entidade também se reuniu com o gerente do Observatório do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), Bruno Pinheiro, para discutir melhorias nos indicadores logísticos e a criação de índices específicos para monitorar os entraves nas exportações de café.
Fonte: Agrolink