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Indústria critica Selic em 15% e vê “sufoco econômico”; Mercado fala em cautela do Copom

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera injustificada a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo o setor produtivo, esse patamar elevado está gerando uma paralisação nos investimentos produtivos, comprometendo emprego, inovação e o crescimento econômico sustentável.

 O que está em jogo

  • A decisão do Copom foi unânime e já era esperada pelo mercado.

  • O cenário justifica cautela, conforme afirma o Banco Central: inflação acima da meta, incertezas externas — especialmente por políticas monetárias globais — e moderação no crescimento econômico.

  • A CNI pressiona para que o Copom comece um ciclo de cortes nos juros já na reunião de novembro de 2025. Principais problemas destacados pela Indústria

  1. Custo de crédito alto — Empresas têm dificuldade de financiar operações produtivas, já que os juros encarecem empréstimos, financiamentos de capital de giro, etc.
  2. Perda de competitividade — Juros altos internos prejudicam custos, especialmente frente a mercados externos com taxas menores ou incentivos diferentes.
  3. Desestímulo aos investimentos — O rendimento “fácil” obtido aplicando recursos financeiros em vez de investir em produção torna o setor mais conservador.
  4. Clima de confiança fragilizado — O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da CNI mostra desconforto há meses.

 Reação do Copom e Perspectivas

  • O Copom optou por manter a Selic em 15% ao ano. Justificativas apontadas incluem a necessidade de manter a inflação convergente para a meta, e que o momento exige cautela, dado o ambiente externo volátil.

  • O comunicado oficial menciona que a inflação para 2025 e 2026 (como medido pelo mercado, via Focus) está prevista acima da meta — isso pressiona por manutenção ou até possíveis novos ajustes, caso risco inflacionário persista.

 Impactos possíveis

  • A manutenção dos juros nesse patamar pode retardar a retomada de investimentos produtivos, especialmente em indústrias que já enfrentam margens apertadas ou custos altos.

  • A capacidade de geração de empregos pode ficar comprometida se empresas postergarem expansão ou inovação.

  • Risco de queda no ritmo de crescimento econômico, já moderado, especialmente se o crédito continuar caro.

  • Pressão sobre o câmbio e juros futuros, uma vez que o mercado tende a reagir à percepção de juros elevados por mais tempo.

A decisão de manter a Selic em 15% tem sido bem recebida pelo mercado como uma medida cautelosa do Copom, mas enfrenta forte resistência da indústria, que vê esse nível como um peso extra num momento em que muitos sinais econômicos já mostram arrefecimento.

Fonte: Exame Agência Brasil+2Banco Central do Brasil+2

Projeto de Lei em SC vai facilitar abertura de empresas e ampliar liberdade econômica

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, na última terça-feira (16/09/2025), um Projeto de Lei (PL) que promete transformar o ambiente de negócios no estado, reduzindo burocracias e tornando o processo de abertura de empresas mais ágil e seguro. A proposta segue agora para sanção do governador Jorginho Mello.

A iniciativa cria o Programa Estadual de Modernização do Ambiente de Negócios Catarinense, alinhado com práticas nacionais de desburocratização e incentivo ao empreendedorismo.

O que muda na prática?

Com a nova legislação, o número de atividades econômicas classificadas como de baixo risco passará para 896, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Para essas atividades, não será mais necessário obter ato público de liberação antes do início das operações, bastando uma autodeclaração do empresário.

Isso significa que empreendedores poderão abrir empresas mais rapidamente, sem esperar autorizações prévias, o que acelera a entrada no mercado e reduz custos operacionais.

💡 Importante: A dispensa de autorização não elimina a fiscalização, que continuará sendo realizada pelos órgãos competentes durante o funcionamento do negócio.

Criação do CGSIM-SC

O projeto também prevê a criação do Comitê para Gestão da Rede Estadual para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios de SC (CGSIM-SC).
Esse comitê terá a função de atualizar e ajustar a lista de atividades de baixo risco sempre que necessário, sem a necessidade de criar um novo projeto de lei.

Além disso, o CGSIM-SC será formado por representantes de diversos órgãos estaduais e municipais, garantindo maior integração e padronização dos processos.

Impactos esperados

  • Agilidade na abertura de empresas e redução da burocracia.

  • Maior atratividade para investimentos, fortalecendo o ambiente de negócios catarinense.

  • Incentivo ao empreendedorismo, principalmente para MEIs e pequenas empresas.

  • Segurança jurídica e processos padronizados, reduzindo custos para empreendedores.

  • Estímulo à geração de empregos e ao crescimento econômico regional.

Com a aprovação deste Projeto de Lei, Santa Catarina dá mais um passo para se consolidar como um estado referência em liberdade econômica e incentivo aos negócios.
A modernização do ambiente empresarial promete fortalecer a economia local, atrair novos investimentos e abrir caminho para que empreendedores possam crescer com mais agilidade e menos burocracia.

Fonte: Jornal dos Bairros

Exportações de alimentos industrializados recuam em agosto por causa do “tarifaço” dos EUA

As exportações brasileiras de alimentos industrializados sofreram um recuo em agosto, impactadas pela nova sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A queda ocorreu mesmo com crescimento acumulado até julho, e pressiona cadeias produtivas altamente dependentes do mercado norte-americano. (Comex do Brasil / ABIA)

O que aconteceu

  • Em agosto de 2025, o Brasil exportou US$ 5,9 bilhões em alimentos industrializados — queda de 4,8% em relação a julho (US$ 6,2 bi), e queda de 1% frente a agosto de 2024.

  • A China se mantém como o principal destino — US$ 1,32 bilhão em agosto: alta de 10,9% em relação a julho e impressionantes 51% frente a agosto do ano anterior.

  • As exportações para os Estados Unidos caíram drasticamente: de US$ 460,1 milhões em julho para US$ 332,7 milhões em agosto (‐27,7% vs julho; ‐19,9% vs agosto/2024).

  • Produtos afetados incluem:

    • Açúcares — queda de ‐82,3% ano-a-ano; quase zero de exportações em período recente.

    • Proteínas animais — ‐43,3% vs ano anterior; ‐45,8% frente a julho.

    • Preparações alimentícias — recuo mensal, embora ainda com alta em relação ao ano passado.

  • Alguns produtos resistiram melhor ou foram exceção:

    • Suco de laranja — ficou de fora da sobretaxa de 50%; houve queda frente a julho (devido à antecipação de embarques), mas alta de 6,8% vs agosto/2024.

    • Óleos e gorduras — destaque positivo: +30% na comparação anual e leve alta mensal.

 Projeções & impacto

  • A ABIA estima que, de agosto a dezembro, as exportações afetadas pelas novas tarifas para os EUA podem cair até 80%, gerando uma perda de cerca de US$ 1,351 bilhão.

  • No cenário anual, a previsão é de recuo de ‐2% nas exportações de alimentos, e queda no faturamento do setor de ‐0,6%.

 Consequências e desafios

  • Fica evidente a vulnerabilidade de segmentos exportadores fortemente dependentes do mercado norte-americano.

  • Necessidade de diversificação de mercados para mitigar impactos de políticas tarifárias externas.

  • Importância de manter negocições diplomáticas e comerciais, para buscar condições mais estáveis de acesso ao mercado dos EUA.

  • O comportamento da China como parceiro de peso reforça a tendência de redirecionamento de fluxos comerciais.

O “tarifaço” americano expõe fragilidades estruturais do setor brasileiro de alimentos industrializados, especialmente quando há forte dependência de mercados sensíveis a barreiras tarifárias. Apesar desse cenário adverso, há oportunidades emergentes: explorar novos mercados fora dos EUA, fortalecer a competitividade interna, e focar em produtos menos suscetíveis a tarifas importadas.

O momento exige atenção estratégica das indústrias, associações e governo para adaptar políticas de promoção, logística e comércio exterior, garantindo resiliência e proteção para as cadeias exportadoras brasileiras.

FonteComex do Brasil

10 benefícios do Acordo Mercosul-EFTA para o Brasil, segundo a CNI

  1. Redução total de tarifas industriais
    Produtos industriais brasileiros terão tarifas de importação eliminadas no mercado da EFTA, ampliando competitividade.
  2. Quotas tarifárias para agroindústria
    São previstas cotas específicas para alimentos processados como carnes, café torrado e farelo de soja. Um exemplo: 3.665 toneladas de carnes bovinas do Mercosul serão contempladas nas cotas.
  3. Regras de origem mais flexíveis
    Exportadores poderão usar certificação por entidade habilitada ou autocertificação, diminuindo burocracia e custos.
  4. Proteção à indústria nacional via salvaguardas
    Caso haja prejuízos com importações estrangeiras, é possível usar medidas temporárias para proteger setores afetados.
  5. Redução de barreiras técnicas (normas técnicas, certificações, etc.)
    Harmonização de requisitos técnicos vai evitar duplicidade de exigências, agilizando o comércio.
  6. Procedimentos sanitários mais ágeis para produtos agroindustrializados
    Sistema de pre-listing permitirá reconhecer previamente empresas que atendam normas sanitárias, sem inspeções prévias em alguns casos.
  7. Comércio de serviços com critério de sustentabilidade
    Incluída cláusula que exige que países de origem de serviços digitais tenham pelo menos 67% de sua eletricidade proveniente de fontes limpas para se beneficiar do acordo.
  8. Proteção de propriedade intelectual
    O acordo dá reconhecimento e proteção para indicações geográficas brasileiras, como certos cafés ou queijos, valorizando produtos regionais.
  9. Acesso a compras governamentais no exterior
    Empresas brasileiras poderão participar de licitações nos países da EFTA, com exceções para proteger certas políticas internas.
  10. Desenvolvimento sustentável com compromissos ambientais
    O tratado incorpora compromissos internacionais de proteção ambiental, normas de produção sustentável e cooperação para integrar aspectos sociais e ambientais no comércio.

Fonte: imprensa.portaldaindustria.com.br+1

Logística

Agosto histórico: Porto do Itaqui registra maior movimentação mensal da história

O Porto do Itaqui (São Luís, MA) alcançou em agosto de 2025 um marco importante: 3,85 milhões de toneladas movimentadas, o maior volume mensal já registrado pelo terminal.

Detalhes do desempenho

  • O resultado de agosto representa 7% a mais do que o mesmo mês em 2024.

  • Ultrapassou também as metas previstas para o mês, com desempenho 8,9% acima do planejado.

  • No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o Itaqui já movimentou 24,9 milhões de toneladas, com crescimento de 8% em comparação ao mesmo período de 2024, e 5% acima do previsto.

Principais cargas que impulsionaram o recorde

Produto         Movimento em agosto 2025   Variação anual estimada*
Soja                               ~1,73 milhão t                                      +9%
Fertilizantes                ~448,5 mil t                                          +21%
Granéis líquido          ~751 mil t                                              +12%
Cobre                           ~81,6 mil t                                             +10%
Ferro-gusa                  ~58,9 mil t                                             +9%

* Comparação com agosto de 2024. Notícias Agrícolas+1

 Impacto estratégico e interpretações

  • Esse crescimento confirma o Itaqui como porto-chave no Arco Norte, especialmente para escoamento de grãos e fertilizantes.

  • A elevação nas cargas líquidas também mostra diversificação operacional, o que pode reduzir riscos associados apenas a granéis sólidos.

  • Ultrapassar metas reforça a eficiência das operações portuárias, logística interna, e capacidade de gestão.

  • Esse desempenho também pressiona a necessidade de infraestrutura, armazenagem, escoamento (rodovia, ferrovia), para sustentar volumes crescentes.

Agosto de 2025 ficará marcado como um mês de conquistas para o Porto do Itaqui. Com recordes superados, cargas diversificadas e resultados acima do planejado, o terminal consolida-se como um dos principais vetores logísticos do Brasil, em especial para o agronegócio. Resta manter o ritmo, focar em inovações operacionais e aprimorar infraestrutura para que esse crescimento seja sustentável.

Fonte:  Notícias Agrícolas+1 rádio gov+1  

ANTT autoriza três empresas a operarem Vale-Pedágio por leitura de placas

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) homologou recentemente que três empresas poderão operar o Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) por meio da leitura automática de placas de caminhões — tecnologia conhecida como OCR.

O que mudou

  • As empresas autorizadas são: nstech, Roadcard e Banco Bradesco.

  • O modelo desenvolvido pela startup MeuPedágio.com permite que o veículo seja identificado por sua placa, dispensando o uso de tag de pedágio.

  • A medida já está oficializada através de portarias publicadas no Diário Oficial da União.

Condições para uso

  • Para que o caminhoneiro utilize esse novo modelo, é necessário que as concessionárias das rodovias façam a implantação do sistema de reconhecimento de placas nas praças de pedágio ou portais de Free Flow.

  • A startup MeuPedágio está ajudando esse processo de implantação, financiando integrações necessárias com os sistemas de arrecadação já existentes.

Benefícios esperados

  • Inclusão: caminhoneiros que não têm tag ou acesso a dispositivo especial agora terão alternativa para receber o VPO.

  • Redução de custos e burocracia: elimina etapas manuais de certificação/tag, emissão de dispositivos físicos.

  • Agilidade operacional: reconhecimento automático permite registro de passagem mais rápido e com menor intervenção humana.

  • Maior transparência e rastreabilidade: registros automáticos são mais facilmente auditáveis.

Conclusão

A autorização do modelo de Vale-Pedágio por leitura de placas representa um marco de modernização para o transporte rodoviário de cargas no Brasil. Para efetivamente beneficiar transportadores, é essencial que as concessionárias façam a adesão tecnológica. Mas já temos um avanço importante em termos de inclusão, eficiência e desburocratização.

Fonte:  Estado de Minas+1

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