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Tarifaço dos EUA ameaça exportações de manga do Vale do São Francisco
O Vale do São Francisco, responsável por cerca de 90% das exportações de manga do Brasil, enfrenta um cenário desafiador. Tenório destaca que o tarifaço é uma questão política que pode ser resolvida por meio de acordos diplomáticos, ao contrário de fatores climáticos que estão além do controle dos produtores.
O produtor rural e exportador Alex Tenório, do Vale do São Francisco, expressou profunda preocupação com a imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros. Segundo Tenório, os EUA consomem 50% de toda a manga produzida no segundo semestre na região, e os impactos serão sentidos não apenas na produção, mas também no crédito, nas operações financeiras de toda a cadeia produtiva e na qualidade da fruta.
Impactos econômicos e operacionais
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Cadeia produtiva afetada: Os prejuízos do tarifaço deverão atingir toda a cadeia produtiva local, incluindo desde o produtor até o operador logístico, operador portuário e a indústria de embalagens.
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Custo Brasil elevado: O alto custo operacional no Brasil, aliado à tarifa, torna o cenário ainda mais desafiador para os produtores.
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Crise de crédito: A redução das opções de mercado leva à perda de crédito para os produtores, iniciando uma bola de neve que afeta a economia local.
Efeitos no mercado e na qualidade da fruta
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Oferta excedente: A fruta que não será exportada para os EUA ficará nos pomares, aumentando a oferta no mercado europeu e pressionando os preços para baixo.
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Queda na qualidade: A desconfiança dos produtores impacta o manejo das culturas, resultando em frutas de menor qualidade.
O Vale do São Francisco, responsável por cerca de 90% das exportações de manga do Brasil, enfrenta um cenário desafiador. Tenório destaca que o tarifaço é uma questão política que pode ser resolvida por meio de acordos diplomáticos, ao contrário de fatores climáticos que estão além do controle dos produtores.
Fonte: Comex do Brasil
Brasil estende por cinco anos antidumping sobre alho importado da China
O governo brasileiro decidiu prorrogar, por mais cinco anos, a aplicação de medidas antidumping sobre as importações de alho fresco ou refrigerado oriundo da China. A decisão foi publicada em resoluções do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) no Diário Oficial da União.
A medida antidumping é utilizada quando há comprovação de que determinado produto é exportado a preços inferiores aos praticados no mercado de origem, prejudicando a concorrência e a indústria nacional. Nesse caso, a sobretaxa busca equilibrar o mercado e proteger os produtores locais.
Impactos esperados
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Proteção ao setor agrícola nacional: A decisão dá segurança jurídica e competitiva aos produtores brasileiros de alho, um segmento que já enfrentava forte pressão com a concorrência externa.
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Estabilidade regulatória: A prorrogação permite previsibilidade para o mercado interno, garantindo que as distorções de preço não comprometam a produção local.
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Efeito nos preços internos: Embora a medida seja positiva para o produtor, pode gerar impacto nos preços ao consumidor, caso as importações fiquem menos competitivas.
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Relações comerciais: A extensão do antidumping pode repercutir nas negociações bilaterais com a China, principal parceiro comercial do Brasil, mas reforça a política de defesa comercial do país.
A decisão está alinhada à estratégia brasileira de proteção a setores vulneráveis frente à concorrência desleal e reforça a importância do uso de mecanismos legais da OMC para manter o equilíbrio nas relações comerciais.
Fonte: Datamar News
China deve importar 106 milhões de toneladas de soja em 2025/26
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve sua previsão para as importações de soja da China no ano comercial 2025/26 em 106 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 107 milhões estimadas para 2024/25.
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Demanda estável de esmagamento: O crescimento limitado na demanda por processamento de soja contribui para uma perspectiva de importação relativamente estável.
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Esforços do governo chinês: O governo de Pequim tem implementado medidas para conter a expansão das importações, buscando equilibrar a produção interna e as compras externas.
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Tensões comerciais em andamento: A China ainda não adquiriu soja da safra dos EUA de 2025/26, refletindo as atuais tensões comerciais entre os dois países.
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Aumento das compras de outros países: Com o aperto da oferta brasileira e o aumento dos preços, a China tem adquirido volumes adicionais de soja da Argentina e do Uruguai para compensar a falta das compras sazonais dos EUA.
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Exportações brasileiras em alta: Entre junho e agosto de 2025, o Brasil enviou mais de 10 milhões de toneladas de soja por mês para a China, consolidando-se como o principal fornecedor.
Expectativas para o mercado interno chinês:
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Produção: A produção de soja na China foi ligeiramente aumentada de 19,8 milhões para 19,9 milhões de toneladas.
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Consumo doméstico: A previsão de consumo interno foi revisada para 125,6 milhões de toneladas, um aumento em relação às estimativas anteriores.
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Estoques finais: Os estoques finais foram ajustados para 45,31 milhões de toneladas, refletindo um leve declínio.
Fonte: Datamar News
LOGÍSTICA
Pernambuco terá Zona de Processamento de Exportação no Porto de Suape
O governo de Pernambuco e o governo federal assinaram, no dia 29 de setembro de 2025, um protocolo de intenções para a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Complexo Industrial-Portuário de Suape.
O acordo foi firmado pela governadora Raquel Lyra e pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, e representa um passo estratégico para fortalecer a competitividade das exportações brasileiras.
Segundo estudo realizado pela FGV Transportes, já concluído e validado, a implantação da ZPE demandará investimentos da ordem de R$ 271,5 milhões em infraestrutura, acessos viários e áreas alfandegadas.
A medida permitirá que empresas instaladas no complexo utilizem regimes especiais em aspectos tributários, cambiais e administrativos, impulsionando a atração de novos investimentos nacionais e internacionais.
Entre os destaques, já existem três projetos-âncora alinhados à transição energética global, incluindo iniciativas de hidrogênio verde e e-metanol. Empresas como European Energy e GoVerde já assinaram contratos de operação dentro do polo.
Impactos esperados:
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Consolidação de Suape como hub logístico e industrial do Nordeste.
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Geração de valor agregado às exportações brasileiras, reduzindo a dependência da venda de matérias-primas.
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Fortalecimento das cadeias produtivas ligadas à energia limpa e inovação tecnológica.
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Aumento da competitividade regional frente a outros polos portuários nacionais.
Com a ZPE, Suape avança no posicionamento estratégico como um dos principais portos do Brasil, combinando logística, indústria e sustentabilidade.
Fonte: Datamar News