FECHAMENTO DO MERCADO (03/10/2025)
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Brasil aguarda retomada das exportações de frango para a China
Desde maio, as exportações brasileiras de frango para a China estão suspensas por causa de um surto de gripe aviária. Comitiva chinesa já visitou instalações no Brasil e o setor espera retomada em breve. Saiba os impactos e números.
As exportações brasileiras de carne de frango para a China foram suspensas em meados de maio de 2025, após um caso de gripe aviária em uma granja comercial no estado do Rio Grande do Sul.
Desde então, o país asiático mantém embargo, sendo o único mercado que ainda não autorizou o retorno dos embarques. Contudo, o setor avícola brasileiro mantém expectativa otimista: representantes chineses desembarcaram no Brasil em setembro para inspeção e monitoramento das medidas adotadas.
Principais dados apontados
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De janeiro a maio de 2025, o Brasil exportou média mensal de 45.650 toneladas de frango para a China — cerca de 10 % do total das exportações do setor.
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Após o embargo, nos meses de junho, julho e agosto, essa média despencou para apenas 191 toneladas mensais, ou 0,05 % das exportações naquele período.
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Segundo pesquisadores do Cepea, caso a China retome as compras, o Brasil está preparado para atender à demanda sem impactar o mercado interno ou causar elevação de preços.
Impactos previstos & importância estratégica
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Retorno a um mercado relevante
A China representa um dos maiores destinos para carnes no mundo. A retomada abriria significativo espaço comercial para o Brasil no setor avícola. -
Pressão técnica e sanitária
Para restabelecer o fluxo, será necessário manter rigor nos protocolos sanitários, vigilância constante em zonas de risco e transparência nas ações de controle da gripe aviária. -
Reequilíbrio logístico & comercial
A reabertura desse mercado demandará ajustes logísticos, especialmente em transporte refrigerado, frete internacional e capacidade de embarque nos portos. -
Sinal para mercados externos
Mostrar credibilidade e controle sanitário pode fortalecer a imagem brasileira em outros mercados exigentes, aumentando competitividade em exportações de carnes em geral.
Fonte: DatamarNews
Integra Comex ganha nova API do Serpro e facilita consulta massiva de DU-Es
O Serpro lançou uma nova API na plataforma Integra Comex, permitindo consultas massivas de DU-Es com autenticação segura via eCAC. Saiba como funciona e os benefícios para exportadores e operadores logísticos.
O que é o Integra Comex?
O Integra Comex é uma plataforma desenvolvida pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) para integrar e simplificar a troca de informações no comércio exterior brasileiro.
Agora, com a nova API para consulta massiva de DU-Es (Declarações Únicas de Exportação), o sistema dá um passo importante rumo à digitalização completa dos processos aduaneiros.
Como funciona a nova API de consulta de DU-Es
A partir de 22 de setembro de 2025, empresas e órgãos públicos podem realizar consultas simultâneas de diversas DU-Es usando um token autenticado pelo eCAC-Compartilha.
Passos principais:
- O usuário informa o CNPJ contratante;
- Gera um token de acesso via eCAC;
- Recebe dados como número da DU-E, chave de acesso e data da última atualização;
- O compartilhamento é feito apenas com consentimento prévio do titular, garantindo segurança jurídica e proteção de dados.
Essa integração elimina a necessidade de acessar manualmente cada DU-E, reduzindo tempo e erros operacionais.
Vantagens para o comércio exterior brasileiro
A nova API representa um avanço estratégico para exportadores, despachantes aduaneiros, agentes de carga e operadores logísticos.
Benefício | Impacto direto |
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🔁 Consulta em lote | Otimiza o fluxo de informações e libera equipes operacionais |
🔒 Segurança de dados | Cumpre normas da LGPD e reduz riscos de compartilhamento indevido |
⏱ Agilidade | Diminui o tempo de análise de documentos e auditorias |
⚙️ Integração sistêmica | Facilita automações entre ERPs e plataformas de gestão logística |
Com o aumento do volume de exportações e da digitalização dos processos aduaneiros, agilidade e confiabilidade nos dados se tornaram diferenciais competitivos.
A funcionalidade reforça a estratégia do governo de modernizar o comércio exterior brasileiro, aproximando o país de padrões internacionais de eficiência logística e tecnológica.
Fonte: Comex do Brasil
China avança no Brasil: de carros elétricos às oficinas e autopeças nacionais
Com forte presença na Rioparts 2025, empresas chinesas ampliam atuação no Brasil: além de carros elétricos, agora investem em autopeças, oficinas e componentes de tecnologia para veículos híbridos e elétricos. Impactos para o aftermarket automotivo nacional e oportunidades para fornecedores.
Contexto da notícia
Durante a feira Rioparts 2025, um dos maiores eventos de indústria e comércio de autopeças e reparação automotiva no Rio de Janeiro, ficou evidente o crescente envolvimento de empresas chinesas no mercado brasileiro. Mais de metade dos ~200 expositores é chinesa, trazendo diversidade de oferta em componentes mecânicos, peças elétricas, eletrônicos e soluções focadas em veículos híbridos ou elétricos.
Os fabricantes nacionais também marcam presença, mas a estratégia chinesa sinaliza uma movimentação para além da importação de veículos: a mira agora está sobre oficinas, reparadoras, lojas de autopeças e toda cadeia de aftermarket automotivo.
Principais pontos abordados
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Expositores e diversidade tecnológica: Peças para veículos elétricos e híbridos, componentes elétricos/eletrônicos, equipamentos mecânicos, lubrificantes e conectividade.
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Mercado nacional envolvido: Marcas brasileiras como Doutor IE, Flex Smart, Click Parts, entre outras, atuando lado a lado com empresas internacionais. Comex do Brasil
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Tendências estratégicas: Sustentabilidade se consolida como critério de consumo; regulamentos ambientais e exigências por eficiência impulsionam inovação. Comex do Brasil
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Desafios para o setor local: necessidade de adaptação tecnológica, capacitação técnica para eletrificação, e competitividade de preço frente a fornecedores internacionais. Também será exigido investimento em infraestrutura, como pontos de recarga, capacitação de técnicos, automação e logística eficiente. Implicações para a política industrial e de incentivos fiscais.
Impactos esperados para o comércio exterior e logística
Impacto | Detalhes práticos |
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Competitividade dos fornecedores brasileiros | Empresas locais terão de acompanhar padrões de qualidade, certificações e inovações para não perder espaço frente às importadas. |
Logística e cadeia de suprimentos | Crescimento de importações de peças elétricas e eletrônicas, maior demanda por transporte especializado, armazenamento controlado e rapidez. |
Regulação e políticas de incentivo | Possível pressão por leis que favoreçam produção nacional ou que regulem importações com critérios técnicos ou ambientais. Incentivos fiscais e programas de apoio podem ganhar destaque. |
Oportunidades de exportação inversa | Fornecedores brasileiros capacitados em peças elétricas ou híbridas podem buscar mercados além do país, aproveitando expertise em componentes automotivos. |
Fonte: Comex do Brasil
Brasil mantém liderança mundial nas exportações de celulose
O Brasil segue como líder global nas exportações de celulose, com forte participação no mercado dos EUA e vantagem competitiva em logística e câmbio. Entenda os fatores técnicos e estratégicos por trás desse domínio.
Panorama da notícia
Em 2024, o Brasil reforçou sua posição de destaque nas exportações de celulose, especialmente de fibra curta (short-fibre pulp), que domina o mercado dos EUA, respondendo por cerca de 82 % da oferta americana dessa categoria.
Vantagens como custos de produção baixos, ciclos rápidos de crescimento do eucalipto e operação integrada em larga escala sustentam esse desempenho.
Fatores que sustentam a competitividade brasileira
- Larga diferença de preço
A celulose brasileira de fibra curta tem vantagem de USD 250–300 por tonelada frente à celulose de fibra longa produzida nos EUA. - Barreiras tarifárias favoráveis
No mercado americano, produtos da União Europeia enfrentam tarifa de 15 %, enquanto a celulose brasileira é taxada em 10 %. - Inovações tecnológicas
Métodos como refino mecânico de baixa intensidade e processos enzimáticos permitem substituir fibra longa sem perder desempenho, aumentando o uso da fibra curta. - Logística estratégica em vantagem
A proximidade portuária com o mercado dos EUA, via portos da costa leste, e a expansão desses terminais ajudam a reduzir gargalos e custos marítimos. - Mudanças na demanda global
A queda nas importações chinesas, resultante de crescimento interno de produção, abre espaço para exportadores brasileiros capturarem mercados substitutos.
Implicações para comércio exterior & logística
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Fortalecimento da rota Brasil → EUA
A dependência americana por celulose importada favorece o aumento do fluxo logístico marítimo entre os dois países. -
Necessidade de investimentos logísticos
Para manter a competitividade, é essencial ampliar infraestrutura portuária, reduzir custos portuários e garantir eficiência nos modais de exportação. -
Oportunidades estratégicas para negócios brasileiros
Empresas do setor de celulose e papel podem explorar novos mercados ou aumentar capacidade produtiva.
A cadeia logística e de serviços adjacentes (armazenagem, transporte, frete internacional) pode se beneficiar com maior demanda. -
Desafios regulatórios e ambientais
Sustentabilidade e certificações verdes serão fatores cada vez mais decisivos para acesso a mercados exigentes.
Fonte: DatamarNews
LOGÍSTICA
Santos Brasil sai da bolsa após CMA CGM tornar-se acionista majoritária
A Santos Brasil, principal operador de terminais de contêineres em Santos, foi deslistada da B3 após a CMA CGM elevar sua participação para cerca de 93%. Leia os impactos para mercados, logística e governança.
O que ocorreu?
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A partir de 03 de outubro de 2025, as ações da Santos Brasil deixaram de ser negociadas na bolsa brasileira (B3).x
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Isso ocorre depois que a empresa CMA CGM, gigante do transporte marítimo, adquiriu 42,07 % das ações por meio de leilão público em 11 de setembro, elevando seu controle para cerca de 93,07 % do total das ações.
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Em comunicado formal de 29 de setembro, a Santos Brasil anunciou o pedido de conversão de sua classificação na CVM de “categoria A” para “categoria B”, etapa necessária para o deslistamento do segmento Novo Mercado.
Item | Informação |
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Participação da CMA CGM | 42,07 % adquiridos via leilão + ações anteriores, resultando em ~93 % de controle |
Ações restantes | Aproximadamente 6,76 % permanecem no mercado |
Mudança de registro | Conversão de “categoria A” para “categoria B” junto à CVM para permitir o deslistamento |
Investimento projetado |
🔎 Por que isso importa para comércio exterior & logística?
- Controle privado e governança
Com o controle majoritário nas mãos da CMA CGM, a Santos Brasil poderá operar com menos obrigações de divulgação pública e maior autonomia estratégica. - Operações logísticas mais integradas
A integração com a rede global da CMA poderá favorecer sinergias operacionais nos terminais, rotas e serviços de cadeia logística. - Impacto sobre investidores minoritários
Os acionistas que não venderam suas ações poderão fazê-lo nos próximos três meses, recebendo o mesmo preço pago pela CMA, ajustado pela Selic. - Expansão do terminal
O projeto de expansão e modernização do terminal Tecon Santos poderá ser acelerado sob nova gestão, aumentando a capacidade do Porto de Santos e melhorando o fluxo de contêineres.
Fonte: Santos Brasil CMA CGM+2myKN+2 DatamarNews
Complexo Portuário de Itajaí movimenta 9,7 milhões de toneladas em 8 meses
De janeiro a agosto de 2025, o Complexo Portuário de Itajaí registrou movimentação de 9,7 milhões de toneladas de cargas, o que representa um crescimento de 9 % em comparação ao mesmo intervalo em 2024, quando foram movimentadas 8,9 milhões de toneladas.
O complexo reúne o Porto de Itajaí e seis terminais de uso privado, entre eles Teporti, Poly Terminais, Trocadeiro, Barra do Rio, Braskarne e Portonave (em Navegantes). Porto de Itajaí
Detalhes de movimentação e estrutura
Exportações vs Importações
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No período analisado, foram movimentadas 641.345 toneladas em exportações e 673.623 toneladas em importações no complexo.
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815 embarcações transitaram pela bacia de evolução nesse período.
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O Porto de Itajaí, somando cais público + áreas arrendadas, registrou 288 navios de janeiro a agosto de 2025 — um salto expressivo em relação aos 85 navios no mesmo período em 2024.
Cais público & arrendados
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A área arrendada (administrada pela JBS Terminais) movimentou 2,4 milhões de toneladas — incluindo 1.350.145 toneladas de exportações e 1.052.478 de importações.
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No cais público, foram movimentadas 392.806 toneladas, representando um aumento de 63,5 % em comparação a 2024.
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A soma das operações nos terminais arrendados e cais público totalizou 2,795.429 toneladas: 1,500.180 t de exportação + 1,295.249 t de importação.
Impactos para comércio exterior & logística
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O crescimento evidencia o fortalecimento de Itajaí como hub logístico regional, atraindo mais operações de carga e aumentando a relevância para exportadores e importadores.
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A elevação no tráfego de navios evidencia necessidade de infraestrutura portuária robusta, dragagem e modernização contínua para suportar volumes maiores.
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Os terminais privados ganham protagonismo, assumindo parcela significativa da movimentação total — o que reforça a estratégia de concessões e parcerias público-privadas no porto.
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Para empresas exportadoras de SC e estados vizinhos, destaca-se a oportunidade de otimizar rotas e custos logísticos ao usar esse porto como ponto de partida ou chegada.
Fonte: Porto de Itajaí