FECHAMENTO DO MERCADO 23/10/2025

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VLI Logística movimenta 285 mil toneladas e alcança marca inédita

A VLI — empresa de soluções logísticas que atua com ferrovias, portos e terminais — registrou em setembro o maior volume mensal de desembarque de fertilizantes de sua história no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), localizado no litoral paulista. Foram 285 mil toneladas de cargas importadas, provenientes da América do Norte, Oriente Médio e China, destinadas a polos estratégicos do agronegócio nacional, como Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.

Reconhecida como a maior transportadora ferroviária de fertilizantes do país, a VLI é responsável por 90% do transporte de enxofre, rocha fosfática e amônia realizados por ferrovia no Brasil.

O Tiplam integra o Corredor Sudeste da companhia, rota logística que conecta os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, permitindo o escoamento e recebimento de cargas agrícolas e industriais. Para ampliar a capacidade operacional, a VLI concluiu em maio o aumento do calado dos berços do terminal, o que possibilitou a atracação de navios de maior porte. O investimento já mostrou resultados: recentemente, o terminal recebeu o maior carregamento individual de insumos para fertilizantes de sua história, com 72,6 mil toneladas em uma única embarcação.

“Mais que um registro numérico, a movimentação recorde no Tiplam reflete nosso compromisso com o atendimento aos clientes do setor e nossa contribuição para o agronegócio brasileiro, desde o plantio até a exportação. Seguimos focados em segurança e excelência operacional para gerar valor e resultados cada vez mais expressivos”, afirmou Gabriel Fonseca, gerente-geral Comercial de Grãos e Fertilizantes da VLI.

Além do Corredor Sudeste, a empresa também movimenta fertilizantes por outros dois eixos logísticos. O Corredor Leste conecta o Triângulo Mineiro ao sistema portuário do Espírito Santo, por meio da Ferrovia Centro-Atlântica — operada pela VLI — e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, na qual a companhia está em processo de transição para atuar como Agente Transportador Ferroviário de Cargas (ATF-C). Já o Corredor Norte liga o Tocantins aos portos de São Luís (MA), utilizando o tramo norte da Ferrovia Norte-Sul e a Estrada de Ferro Carajás, onde a VLI circula por direito de passagem.

FONTE: https://viatrolebus.com.br/2025/10/terminal-da-vli-movimenta-285-mil-toneladas-e-alcanca-marca-inedita/?utm_source=chatgpt.com

 

Exportações de grãos somam 153,9 milhões de toneladas e mantêm o país entre líderes globais

As exportações brasileiras de soja, farelo de soja, milho e trigo atingiram 153,9 milhões de toneladas em 2025, segundo levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) com base em dados da Cargonave. O volume, contabilizado até a 42ª semana do ano, consolida o Brasil entre os maiores exportadores mundiais de grãos e reafirma o setor como pilar da economia nacional.

Apesar do desempenho expressivo, o número representa ligeira redução frente a 2024, quando o país embarcou cerca de 160,5 milhões de toneladas dos quatro produtos analisados. Especialistas apontam que o resultado reflete ajustes pontuais de oferta e demanda, sem comprometer a tendência de longo prazo de crescimento e liderança do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.

A soja manteve-se no topo da pauta exportadora, com 102,4 milhões de toneladas embarcadas até outubro — alta de 5,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A sustentação da demanda chinesa e a eficiência da infraestrutura portuária brasileira, especialmente em Santos, Paranaguá e Rio Grande, garantiram o bom desempenho do grão, que responde por mais de dois terços do total exportado.

O Brasil exportou 19,4 milhões de toneladas de farelo de soja até a 42ª semana, retração de 14,7% sobre 2024. O recuo é atribuído ao maior consumo interno para ração animal e à redução nas margens das indústrias processadoras. Mesmo com a queda, o produto continua sendo importante componente da balança agrícola, com destaque para os embarques via Santos, Paranaguá e Itaqui (São Luís).

As exportações de milho somaram 30,5 milhões de toneladas em 2025, ante 37,8 milhões no ano anterior, queda de cerca de 19%.
A redução é explicada pela menor disponibilidade interna, após ajustes na safra 2024/25, e pela concorrência acirrada com os Estados Unidos no mercado internacional. Santos, Itaqui e Barcarena seguem como os principais portos de escoamento desse cereal.

O trigo apresentou o recuo mais expressivo do ano: 1,47 milhão de toneladas, contra 2,58 milhões em 2024 — retração de 43%. Os resultados foram afetados por condições climáticas adversas no Sul do país e pela elevação do consumo doméstico, fatores que limitaram a oferta exportável.

A movimentação portuária mais uma vez foi decisiva para o desempenho do setor. Santos liderou os embarques nacionais, seguido por Paranaguá, Itaqui, Rio Grande e São Francisco do Sul.
Somados, esses cinco terminais responderam por mais de 70% do volume total exportado até a 42ª semana, evidenciando a eficiência e a capacidade de escoamento da malha logística brasileira.

Em outubro, o país embarcou 16 milhões de toneladas de grãos — sendo 7,3 milhões de soja, 2,08 milhões de farelo e 6,57 milhões de milho. O resultado representa melhora em relação a setembro e aponta recuperação gradual dos embarques no último trimestre.

Mesmo diante das variações entre produtos, o panorama geral segue positivo. A ANEC ressalta que os números passam por revisões mensais, mas reforça que os resultados de 2025 mantêm o Brasil como um dos principais players do comércio mundial de grãos — sustentado por alta produtividade agrícola, eficiência logística e competitividade global.

FONTE: https://jbnews.com.br/exportacoes-de-graos-somam-1539-milhoes-de-toneladas-e-mantem-o-pais-entre-lideres-globais/?utm_source=chatgpt.com

 

CNT propõe pacto de longo prazo para transformar logística e reduzir custos no Brasil

CNT defende pacto nacional de longo prazo para ampliar investimentos, modernizar a logística e reduzir dependência do transporte rodoviário no Brasil

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou nesta quarta-feira (22) uma proposta de pacto nacional de longo prazo para infraestrutura, com o objetivo de ampliar investimentos, modernizar a matriz logística e reduzir custos no transporte de cargas e passageiros.

O anúncio foi feito durante o evento Infraestrutura em Movimento: desafios para transformar o Brasil, promovido pelo MoveInfra, que reuniu autoridades públicas, empresários e especialistas. A iniciativa principal do encontro foi a assinatura do Pacto pela Infraestrutura Brasileira, que consolida quatro propostas legislativas prioritárias até 2026 e reúne oito associações do setor.

Segundo a CNT, o Brasil ainda depende excessivamente do transporte rodoviário, com cerca de dois terços da carga e 90% dos passageiros sendo transportados por caminhões e ônibus. A concentração nesse modal aumenta os custos logísticos, impacta a indústria e eleva a poluição. O pacto busca diversificar a matriz, incentivar aportes privados e públicos e criar mecanismos que garantam previsibilidade de investimentos nos próximos dez anos, independentemente de mudanças de governo.

O evento destacou também a importância de fortalecer agências reguladoras, acelerar licenciamento ambiental e proteger ativos estratégicos, de modo a transformar a infraestrutura em uma política de Estado. A CNT reforça que a iniciativa pretende tornar os transportes mais eficientes, reduzir custos de frete e apoiar o crescimento econômico sustentável do país.

O pacto e as medidas propostas terão desdobramentos durante a COP30, em Belém (PA), onde o Sistema Transporte participará com a Estação do Desenvolvimento, reafirmando o compromisso com investimentos contínuos e uma matriz logística mais equilibrada.

FONTE: https://transportemoderno.com.br/2025/10/24/cnt-propoe-pacto-de-longo-prazo-para-transformar-logistica-e-reduzir-custos-no-brasil/?utm_source=chatgpt.com

 

Sazonalidade aquece comércio exterior e especialista projeta alta da corrente comercial na reta final do ano

Entre setembro e dezembro, importações e exportações brasileiras atingem o auge com o consumo de fim de ano. Setores como eletrônicos, brinquedos e moda impulsionam o comércio, exigindo gestão preditiva e logística ágil

Da Redação

Brasília – Dois dados recentes reforçam que o período entre setembro e dezembro exerce papel central no balanço do comércio exterior brasileiro. De um lado, estatísticas da Receita Federal mostram que importações e exportações concentram intensa movimentação nos últimos quatro meses do ano, quando empresas repõem estoques e atendem à demanda natalina. Do outro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca que muitos dos indicadores industriais atingem picos nesse momento, em função das cadeias produtivas que servem ao varejo.

Segundo o Ministério d Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no mês de setembro, as exportações brasileiras totalizaram US$ 30,5 bilhões (FOB) e as importações somaram US$ 27,5 bilhões, configurando uma corrente de comércio de US$ 58,1 bilhões. Esses números indicam que o trimestre final, historicamente mais ativo, poderá elevar ainda mais essas cifras.

Na visão de Thiago Oliveira, especialista em câmbio, CEO da Saygo, essa reta final do ano impõe desafios logísticos e pressões nos custos.  “Quem não antecipa gargalos como frete marítimo, demoras aduaneiras ou prorrogações cambiais, pode sofrer atraso de prateleira ou margens comprimidas”, pontua.

Setores que impulsionam a sazonalidade

Os segmentos que mais se beneficiam da alta sazonalidade de comércio exterior costumam ser aqueles com forte presença importadora ou que dependem de cadeias globais: eletrônicos, brinquedos, bebidas importadas e moda. No setor eletrônico, por exemplo, componentes e semicondutores já registram importações com crescimento contínuo nos primeiros meses de 2025, segundo dados do Comex Stat.

Embora não haja uma cifra recente publicada que isole o trimestre set-dez, registros históricos apontam que entre outubro e dezembro a fatia de importações do setor concentra entre 25% a 30% do total anual. Essa concentração decorre da antecipação da produção voltada para datas promocionais (Black Friday) e festividades.

No segmento de brinquedos, os importadores costumam intensificar compras entre agosto e outubro, justamente para proteger-se de aumentos cambiais ou colapsos logísticos nos meses finais. Em 2024, dados de declarações de importação mostraram que mais de 50% dos volumes destinados ao mercado infantil foram declarados entre agosto e novembro. Essa sazonalidade é amplificada pela dependência de fornecedores asiáticos.

Para bebidas importadas, vinhos, espumantes e destilados, a procura refresca no quarto trimestre, quando o varejo eleva seu mix premium para as celebrações de final de ano. Embora o volume ainda represente parcela menor das importações totais, o efeito sobre preço e margem é mais sensível à variação cambial, dada a carga tributária e custos logísticos associados.

No âmbito da moda, mesmo com maior produção nacional, muitos insumos (tecidos, aviamentos, fios especiais) são importados, o que submete o segmento às mesmas pressões externas. A CNI, em suas análises industriais, verifica que muitos dos índices de uso de capacidade e faturamento tendem a subir no auge do segundo semestre, puxados justamente pela demanda de reposição.

Antecipação é imperativa diante de gargalos logísticos

Oliveira sustenta que além da proteção cambial, a preparação logística é tão decisiva quanto. Ele recomenda que as empresas adotem sistemas de análise preditiva para antecipar atrasos e custos extras, especialmente em rotas marítimas congestionadas ou portos sob pressão. “Uma simples curva de previsão de desembaraço aduaneiro permite realocar estoques e evitar reajustes repentinos”, afirma.

Ele acrescenta que plataformas digitais voltadas ao comércio exterior permitem simular cenários de atraso, custo de capital e impacto cambial integrado. Com essas ferramentas, importadores podem escalonar desembaraços e até ajustar mix de produtos conforme a disponibilidade real no período crítico.

Outra recomendação é escalonar compras cambiais: não esperar para comprar todo o dólar em um só momento, mas segmentar as aquisições para “capturar” oscilações favoráveis e reduzir risco de picos danosos. A lógica se estende ao planejamento tributário: regimes como drawback, regimes especiais aduaneiros e uso correto da classificação fiscal ajudam a reduzir sobrecarga tributária e evitar multas ou devoluções inesperadas.

O “gap” entre demanda e capacidade

Mesmo com projeções otimistas para o Natal, vários elos da cadeia enfrentam restrições reais: o custo do frete internacional segue elevado, o tempo de espera em navios porta-contêineres nos portos americanos (exportadores) e chineses é imprevisível, e o desembaraço aduaneiro no Brasil sofre com sobrecarga regulatória e fiscalização. A Receita Federal disponibiliza dados de tempos e quantidades de despacho aduaneiro nos sistemas de dados abertos, confirmando que em diversos períodos o tempo para liberação de importações ultrapassou prazos usuais. 

Para muitos importadores, isso significa risco de ruptura de estoque ou necessidade de “prorrogações cambiais”, que elevam custos financeiros. Empresas que se blindam com planejamento antecipado, margem de contingência e visibilidade digital tendem a minimizar surpresas.

Fonte: https://comexdobrasil.com/sazonalidade-aquece-comercio-exterior-e-especialista-projeta-alta-da-corrente-comercial-na-reta-final-do-ano/?utm_source=chatgpt.com

 

Plano Brasil Soberano: R$ 5,3 bilhões já aprovados para empresas

Do total aprovado, R$ 2,39 bilhões apoiaram projetos de busca de novos mercados. Ao todo, foram protocolados 470 pedidos, totalizando R$ 8,27 bilhões em crédito

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quinta-feira, 23 de outubro, que já aprovou R$ 5,3 bilhões em crédito com recursos do Plano Brasil Soberano para empresas afetadas pelas medidas tarifárias impostas pelo governo dos Estados Unidos. Ao todo, foram realizadas 371 operações, sendo R$ 2,86 bilhões na linha Capital de Giro (gastos com despesas operacionais), R$ 2,39 bilhões na linha Giro Diversificação (busca de novos mercados) e R$ 52,46 milhões na linha Bens de Capital.

Foram aprovados R$ 4,38 bilhões para empresas da indústria de transformação, R$ 468 milhões para comércio e serviços, R$ 336 milhões para agropecuária e R$ 127 milhões para indústria extrativa.

Ao todo, foram protocolados 470 pedidos de crédito, totalizando R$ 8,27 bilhões. O montante integra a estimativa de demanda de crédito de R$ 14,5 bilhões, segundo levantamento feito com instituições financeiras parceiras.

“O BNDES mantém o compromisso de apoiar as empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço. A determinação do presidente Lula é preservar os empregos e fomentar o desenvolvimento de novos mercados para as exportações prejudicadas”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O PLANO – Criado para mitigar os impactos econômicos da elevação unilateral, em até 50%, das tarifas de importação sobre produtos brasileiros anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, o Plano Brasil Soberano é um conjunto de medidas separadas em três eixos: fortalecimento do setor produtivo; proteção aos trabalhadores; e diplomacia comercial e multilateralismo.

FONTE: https://www.ghanabusinessnews.com/2025/10/23/mahama-reiterates-governments-desire-to-develop-a-transport-logistics-system/?utm_source=chatgpt.com

Aumenta a pressão sobre a Europa para agir diante do aumento das importações chinesas

BERLIM, 24 de outubro (Reuters) – Uma empresa centenária de reforma de pneus, sediada em uma pequena cidade ao norte de Hamburgo, na Alemanha, manteve os caminhões da ocupação britânica em operação após a Segunda Guerra Mundial. Agora, ela lida com um novo tipo de produto: pneus com grandes descontos da China.
O fluxo de importações ganhou força desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas à China, e a empresa, que é a unidade alemã do grupo italiano Marangoni desde 1990, diz que a União Europeia precisa agir para garantir uma concorrência justa.
“Quando pneus novos de caminhão da Ásia chegam por cerca de 40% do preço de um pneu novo premium — e às vezes até mais baratos que um recauchutado — é difícil”, disse seu chefe Clemens Zimmermann à Reuters.
“Em condições de igualdade, não tenho problema em competir. Mas se um lado tem uma espada pesada e o outro um canivete cego, essa não é uma luta justa”, disse ele, apontando para o fechamento de fábricas de pneus em toda a Alemanha neste ano.
Zimmermann, juntamente com outros líderes da indústria, bem como governos, liderados pela França e pela Itália, quer que a União Europeia use seus poderes para proteger empresas e empregos locais. Isso pode significar recorrer a métodos mais rápidos e pragmáticos de enfrentar a China, disseram fontes governamentais à Reuters.
Como o acúmulo de casos comerciais atrasou as já longas investigações da UE, o bloco ainda precisa controlar o aumento das importações chinesas. Empresas europeias consideram que o aumento indica que as empresas chinesas estão compensando a perda de mercado nos EUA vendendo mais barato em outros lugares – principalmente porque já enfrentam uma demanda fraca do consumidor na China.
Embora não provem que a China redirecionou deliberadamente suas exportações, os números analisados ​​pela Reuters denotam uma mudança.
Este ano, a Comissão Europeia, o executivo da UE, abriu 15 investigações e impôs tarifas finais sobre 18 produtos, em sua maioria chineses, de folha-de-flandres a pisos de madeira. Visar os maiores setores de exportação da China representaria o risco de retaliação de Pequim, algo que os estados-membros da UE têm buscado evitar coletivamente.
A Alemanha, em particular, pediu cautela, pois sua economia enfraquecida depende de uma parceria comercial com a China, mesmo que algumas de suas indústrias não consigam competir.

SALTO ‘POTENCIALMENTE NOCIVO’ NAS REMESSAS

A Comissão disse que uma força-tarefa de vigilância de importações lançada em abril encontrou “aumentos potencialmente prejudiciais de importações” da China em 10 categorias, incluindo têxteis, madeira, produtos químicos, metais, máquinas e equipamentos de transporte.
As importações de carros híbridos plug-in dobraram no primeiro semestre de 2025, com pouco mais da metade provenientes da China. Para produtos especiais de menor volume, de madeira laminada a peças de reatores nucleares, os aumentos foram de até dez vezes maiores.
Enquanto isso, as exportações chinesas para os EUA caíram 27% em setembro, em relação ao ano anterior, segundo dados alfandegários da China . As remessas para a UE cresceram pouco mais de 14%.
Moda rápida e utensílios domésticos baratos feitos na China também entraram na Europa em um ritmo mais rápido, encomendados on-line por meio de plataformas como AliExpress, do Alibaba, e Temu e Shein, do PDD, que investiram em marketing na Europa para impulsionar as vendas desde que as tarifas dos EUA entraram em vigor.
Essas plataformas on-line enviam produtos de fábricas na China para a porta dos compradores, aproveitando o tratamento isento de impostos da UE para pacotes de comércio eletrônico com valor inferior a 150 euros (US$ 175).
As exportações para a UE aumentaram desde que os EUA, em maio, abandonaram sua política de “minimis” para encomendas abaixo de US$ 800 da China. No final de setembro, as exportações chinesas para a UE de produtos de baixo valor encomendados online., abre uma nova abajá ultrapassou o total de 2024, mostraram dados alfandegários chineses divulgados na segunda-feira.

No Aeroporto de Liège, na Bélgica, um centro logístico da Alibaba, o volume total de carga aérea aumentou 23% entre julho e setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Um dos principais impulsionadores é o aumento dos fluxos de comércio eletrônico da China para a Europa”, disse Torsten Wefers, vice-presidente de vendas e marketing do aeroporto.
número de utilizadores da UE, abre uma nova abados aplicativos AliExpress da Shein, Temu e Alibaba aumentaram neste ano, de acordo com os registros exigidos pela lei da UE, enquanto a imitação da Temu da Amazon, a Amazon Haul, começou neste mês a oferecer seus “produtos de preços ultrabaixos” na França, Itália e Espanha após o lançamento na Alemanha em junho.
“Shein, Temu e outros participantes do mercado realmente querem investir na Europa como mercado”, disse Chris Bode, vice-presidente de frete aéreo global da Rhenus Logistics, sediada em Bangkok, sobre o impacto das barreiras comerciais dos EUA na China.
Em um evento de lançamento da Semana de Moda de Milão em setembro, Carlo Capasa, presidente da Câmara Nacional da Moda Italiana, soou o alarme.
“As exportações estão diminuindo, as importações estão aumentando, e precisamos ficar atentos, pois esse aumento nas importações vem da China e de países do Extremo Oriente”, disse Capasa. “Estamos testemunhando uma verdadeira invasão de produtos de ultra fast fashion em nossos mercados.”
Em resposta a perguntas da Reuters, o Alibaba disse que “vem facilitando exportações e importações na Europa há muitos anos” e que os vendedores europeus usam cada vez mais sua plataforma AliExpress para alcançar clientes ao redor do mundo, inclusive na China.
A Amazon não comentou sobre o aumento das exportações de produtos de baixo valor da China para a UE, afirmando apenas que a Amazon Haul oferece produtos “de destinos locais e internacionais”. A Temu não quis comentar. A Shein não respondeu ao pedido de comentário da Reuters.

MAS ISSO É DESVIO DE COMÉRCIO?

Lobbies da indústria, incluindo a Eurocommerce, que representa varejistas, e a Euratex, que representa fabricantes de têxteis e vestuário, expressaram preocupação com o aumento das importações de baixo preço.
Entre as demandas governamentais por ação, uma autoridade do governo italiano disse que Roma defende salvaguardas para impor restrições temporárias a algumas importações da China. A França pressionou por tarifas e cotas sobre produtos químicos e automóveis.
Mas a Comissão Europeia ainda não se pronunciou sobre se há evidências claras de dumping a preços artificiais – por exemplo, devido a subsídios estatais. E aqueles preocupados com o risco de contramedidas da China insistem que o padrão deve ser alto.
Volker Treier, chefe de comércio exterior da Câmara de Comércio Alemã DIHK, disse que a UE deveria primeiro usar o processo de reclamação da OMC contra qualquer evidência de subsídios ilegais e recorrer a medidas comerciais específicas somente “quando absolutamente necessário”.
Outros observam que a fraqueza do yuan em relação ao euro — em 8,3 contra 7,5 no início do ano — torna automaticamente as importações chinesas mais baratas.
Simon Evenett, professor de geopolítica e estratégia na IMD Business School, disse que, além do caso do aço chinês, não havia “nenhuma prova cabal” de redirecionamento sistemático das exportações chinesas para a Europa por causa de medidas dos EUA, e que a mudança foi mais pronunciada nos países da ASEAN e na África.
A Comissão disse, em resposta a uma investigação da Reuters, que buscava mais dados de empresas, associações e países para identificar produtos em risco devido a picos de importação, para que pudesse tomar “medidas oportunas e eficazes” para proteger o mercado da UE.

UM ACRÉSCIMO DE CASOS

Um desafio para a indústria europeia é fazer com que os casos sejam ouvidos enquanto a Comissão lida com o acúmulo de processos.
Laurent Ruessmann, sócio da RB Legal, disse que, antes, a Comissão normalmente iniciava uma investigação de seis a nove meses após um setor a contatar. Agora, isso pode levar o dobro do tempo.
“O excesso de capacidade chinesa está crescendo e um produto após o outro está chegando aqui. Os casos estão chegando mais rápido, mas há um acúmulo crescente”, disse ele.
Denis Redonnet, diretor de fiscalização comercial do executivo da UE, afirmou ao Parlamento Europeu no mês passado que as medidas comerciais da UE eram imperfeitas. Ele afirmou que elas eram frequentemente impostas muito tempo depois das distorções de mercado e não abordavam a fonte do problema: o excesso de capacidade chinesa.
Sistemas de cotas tarifárias, em vez de tarifas antidumping ou antissubsídios, podem ser implementados mais rapidamente. A UE anunciou planos para reduzir as cotas de importação e dobrar as tarifas extracota para 50% para o aço, e pode impor salvaguardas para elementos de liga até o final do ano.
Alguns estados da UE estão agindo unilateralmente: a Itália planeja usar um esquema da UE que exige que os fabricantes cubram os custos de coleta, triagem e reciclagem de seus produtos como um imposto de fato sobre produtos de fast fashion chineses, dizem fontes governamentais.
Varejista alemão de roupas online Zalando (ZALG.DE), abre uma nova abaestá entre aqueles que pressionam a Comissão Europeia para acelerar a remoção do limite mínimo de 150 euros, definido para março de 2028 no atual plano de reforma aduaneira.
Enquanto isso, França e Alemanha discutiram possíveis requisitos de “conteúdo local” e transferência de tecnologia para alguns investimentos chineses.
Resta saber se alguma ação será tomada em breve para Zimmermann, da Marangoni, e para o setor de pneus europeu.
As importações chinesas vêm aumentando há pelo menos cinco anos, apesar das tarifas sobre pneus de caminhões pesados. Uma investigação antidumping para pneus de veículos leves só foi iniciada em maio, e tais investigações podem levar até 14 meses. Medidas provisórias são possíveis na metade desse prazo.
Enquanto isso, dados da UE mostram que as importações de pneus chineses para carros de passeio aumentaram mais 20% nos primeiros seis meses deste ano.
“Pelo menos há consciência da situação”, disse Florent Menegaux, CEO da fabricante francesa de pneus Michelin, em um evento esta semana. “Mas, até o momento, faltam ações.” (US$ 1 = 0,8542 euros)

Reportagem adicional de Giuseppe Fonte em Roma; Marius Zaharia em Hong Kong; Gilles Guillaume e Thomas Leigh em Paris; Francesco Canepa em Frankfurt; Lisa Jucca em Milão; Texto de Maria Martinez e Mark John; Edição de Barbara Lewis

FONTE:https://www.reuters.com/world/china/pressure-grows-europe-act-chinese-import-surge-2025-10-24/?utm_source=chatgpt.com

 

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