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De trens com 3,5 km a pátios secretos no interior: a ferrovia de 2.257 km que pode retirar mais de 500 mil caminhões das estradas brasileiras
A Ferrovia Norte-Sul (EF-151), com 2.257 km já implantados entre Açailândia (MA) e Estrela d’Oeste (SP), foi concebida para criar um corredor de alta capacidade do Norte ao Sudeste, conectando áreas produtoras a portos estratégicos e aliviando as rodovias.
Ao integrar-se a malhas existentes e terminais em expansão, o eixo promete tirar centenas de milhares de caminhões das estradas, reduzir custos logísticos e dar previsibilidade ao fluxo de cargas.
Um eixo longitudinal que redesenha rotas
No traçado atual, a Norte-Sul cruza Maranhão, Tocantins, Goiás e São Paulo, costurando-se à Estrada de Ferro Carajás (EFC) rumo ao Porto do Itaqui e, ao sul, à Malha Paulista, que conduz a Santos.
A configuração cria um corredor longitudinal atravessando o coração do país e oferecendo alternativas de escoamento para o agronegócio e para a indústria.
Há estudos para estender a infraestrutura até Barcarena (PA), no acesso ao Porto de Vila do Conde, o que abriria nova porta de saída no Arco Norte; trata-se, porém, de etapa em avaliação.
Idealizada na década de 1980, a ferrovia nasceu com a proposta de unificar o território por um eixo de bitola larga, aproximando centros produtores de portos com calado competitivo.
O licenciamento ambiental entrou cedo no processo, com audiências públicas e ajustes de traçado.
Com o passar dos anos, diferentes trechos começaram a operar e, em 2019, o Tramo Central-Sul foi leiloado, tendo a Rumo como subconcessionária por 30 anos, condicionada a metas de investimento e desempenho.
No Norte, a VLI assumiu a operação em segmentos conectados à EFC e aos pátios de Palmeirante, Porto Nacional e Porto Franco.
Do canteiro à circulação: o cronograma que tirou a ferrovia do papel
A fase entre Açailândia e Porto Nacional somou cerca de 720 km, com avanço físico chegando a Porto Nacional em 2010 e operação consolidada nos anos seguintes, após implantação de sinalização e pátios para cruzamentos.
Enquanto isso, o trecho até Anápolis (GO) foi liberado de forma progressiva e entregue oficialmente em 2014, com a operação comercial estruturada a partir de 2016.
Ao sul de Anápolis, até Estrela d’Oeste, a execução percorreu 1.537 km em cenários variados.
Em Goiás, cortes e taludes exigiram drenagem rigorosa; em São Paulo, travessias urbanas e interfaces com rodovias alongaram janelas de obra.
Grandes pontes consumiram prazos de 14 a 24 meses por setor, enquanto a superestrutura de via, com trilhos soldados em barras longas contínuas, foi concluída em ciclos de 6 a 10 meses, seguida de ajustes finos de geometria.
Em 2023, a espinha Centro-Sul foi fechada, deslocando o foco de “quilômetros construídos” para gestão de capacidade.
Engenharia de capacidade: janelas, pátios e sinalização
Para transformar obra em desempenho diário, a prioridade passou a ser alongamento de pátios, desvios, sinalização centralizada e melhor programação de cruzamentos.
Onde o relevo permitiu, o projeto privilegiou rampas suaves e curvas amplas, reduzindo esforço de tração e desgaste de via.
O resultado é ganho de tonelada útil por trem e maior velocidade comercial, sobretudo ao sincronizar a Norte-Sul com as “pontas” portuárias: Itaqui no norte e Santos no sul.
Integrações que multiplicam alternativas logísticas
No tabuleiro ferroviário, a Norte-Sul serve de espinha dorsal para ligações como a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico/EF-354) e a Fiol, no Oeste baiano.
Essa malha em formação amplia o leque de portos acessíveis, fomenta competição entre rotas e tende a estabilizar o frete.
Na prática, operadores podem combinar fluxos Norte e Sudeste, ajustando origens e destinos conforme a demanda de grãos, combustíveis, fertilizantes, celulose e outros produtos de base.
O paralelo com outras ferrovias e os “trens gigantes”
Comparações ajudam a dimensionar o potencial.
A Estrada de Ferro Carajás opera composições de até 3,5 km no transporte de minério, algo equivalente a mais de 30 campos de futebol.
A Vitória–Minas soma cerca de 905 km e combina minério, carga geral e passageiros em alta regularidade.
Já a Malha Paulista concentra o gargalo rumo a Santos, exigindo coordenação fina de tráfego.
Em ambientes internacionais, corredores de minério como na Austrália operam composições longas em cenários com poucos cruzamentos urbanos; a Norte-Sul, por sua vez, precisa equilibrar tráfego misto e convivência com cidades, o que demanda tecnologia de controle e pátios bem posicionados.
O que muda para a economia
Com a conclusão dos principais enlaces e a ênfase atual em interoperabilidade, a tendência é de prazo mais previsível, menor custo por tonelada e emissões reduzidas frente ao modal rodoviário.
Ao deslocar parte do fluxo para os trilhos, o sistema rodoviário ganha folga, enquanto o produtor rural e a indústria passam a planejar com maior confiabilidade.
O ganho não está apenas na extensão da via, mas no encaixe fino entre trechos, terminais e janelas de circulação.
Próximos passos possíveis
No curto prazo, intervenções continuam mirando capacidade e operação: melhorias de sinalização, consolidação de terminais e ajustes de pátios no Tramo Norte.
Em paralelo, seguem estudos de viabilidade para a extensão até Barcarena, enquanto o Porto do Itaqui discute ampliações para acomodar volumes crescentes.
A agenda tem menos a ver com abrir novos quilômetros e mais com fazer mais com o que já existe, explorando o potencial da via para retirar mais de 500 mil caminhões das rodovias ao longo dos anos.
Um corredor nacional com efeitos regionais
Ao conectar regiões produtoras do Centro-Oeste e do Matopiba a saídas portuárias competitivas, a Norte-Sul influencia a localização de armazéns, indústrias de processamento e polos logísticos no interior.
Pátios e terminais tornam-se indutores de investimento, e a previsibilidade de janelas atrai novos fluxos.
A transição de uma agenda de obra para uma agenda de operação e eficiência indica maturidade do projeto e tende a aumentar o uso compartilhado por diferentes cargas ao longo do tempo.
FONTE: https://clickpetroleoegas.com.br/de-trens-com-35-km-a-patios-secretos-no-interior-a-ferrovia-de-2-257-km-que-pode-retirar-mais-de-500-mil-caminhoes-das-estradas-brasileiras-afch/#goog_rewarded
Brasil retoma importação de carvão da Argentina
FONTE: https://www.drycargomag.com/brazil-restarts-coal-imports-from-argentina?utm_source=chatgpt.com
Em poucos dias teremos uma solução definitiva entre EUA e Brasil”, diz Lula otimista após reunião com Trump na Malásia
Em tom otimista, presidente disse que espera um acordo de qualidade
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (27) que está otimista em relação à suspensão das tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos e que, em poucos dias, os países deverão chegar a um acordo.
“Tive ontem na reunião [com o presidente Donald Trump] uma boa impressão de que logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil”, afirmou Lula, em coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia, às 11h de segunda-feira (27), no horário local (à meia noite no Brasil).
“Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre do jeito que dizia o Gonzaguinha na sua música”, acrescentou.
No encontro, Lula disse que reforçou o argumento de que os Estados Unidos registram superávit no comércio com o Brasil, não havendo necessidade de taxação dos produtos brasileiros. Lula afirmou ter entregado um documento com os temas que pretende abordar nas negociações.
“Eu não estou reivindicando nada que não seja justo para o Brasil e tenho do meu lado a verdade mais verdadeira e absoluta do mundo, os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil, que foi a explicação da famosa taxação ao mundo, que os Estados Unidos só iam taxar os países com quem eles tinham déficit comercial”, disse.
Perguntado por jornalistas se Trump fez alguma promessa ao Brasil, Lula brincou dizendo que não é santo para receber promessas.
“Para mim, o que ele tem que fazer é compromisso. E o compromisso que ele fez é que ele pretende fazer um acordo de muito boa qualidade com o Brasil.”
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que também participou da coletiva, nas próximas semanas, ocorrerão reuniões das equipes dos dois países para a construção de um acordo.
“Concordamos em trabalhar para construir um acordo satisfatório para ambas as partes. Nas próximas semanas, acordamos um cronograma de reuniões entre as equipes negociadores para tratar das negociações de ambos os países com foco nos setores mais afetados pelas tarifas”, afirmou.
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, disse que as discussões com os Estados Unidos estão “avançando espetacularmente bem”.
“O Brasil solicita que haja reversão da decisão política tomada [relativa à taxação]. Os aspectos políticos que poderiam existir já não estão mais, não está mais na mesa aquilo que nunca poderia ter estado mesmo. Graças a essa posição, nós hoje fazemos uma discussão de um acordo comercial e não com outras naturezas que não sejam comerciais”, destacou Rosa.
Venezuela e COP
Na reunião com Trump, o presidente também se colocou à disposição para ajudar nas negociações com a Venezuela.
“Isso ficou muito claro, se precisar que o Brasil ajude, estamos à disposição, estamos à disposição para negociar”, disse.
“O Brasil não tem interesse que haja uma guerra na América do Sul. A nossa guerra é contra a pobreza e a fome. Se a gente não conseguir resolver o problema da fome e da miséria, como a gente vai fazer guerra? Para matar os famintos? Não dá para achar que tudo é resolvido à base da bala, que não é”, complementou.
Lula disse ainda que reforçou o convite para que Trump participe da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém. O presidente norte-americano anunciou a saída do país do Acordo de Paris, no qual os países se comprometem a reduzir as emissões de gases poluentes entre outras medidas para reduzir o aquecimento global.
“Convidei ele para ir a COP outra vez, disse para ele: ‘É importante que você vá para dizer o que você pensa. Se você não acredita nas coisas, vai lá para você poder dizer o que você pensa’. Não pode a gente fingir que não tem uma situação climática”, disse.
Outros mercados
Na coletiva, a equipe brasileira também ressaltou a importância das visitas à Indonésia e à Malásia, países com os quais o Brasil pretende expandir as relações.
“O Sudeste Asiático é o epicentro do crescimento global, zona dinâmica e polo de inovação tecnológica que está no centro das prioridades da política externa brasileira de diversificação de parcerias e atração de investimentos”, afirmou o ministro Mauro Vieira.
O presidente Lula também disse aos jornalistas que a Malásia terá apoio do Brasil para se tornar membro pleno do Brics. Atualmente, o país é um dos parceiros do grupo.
Lula completa 80 anos neste dia 27 de outubro. Ele começou a coletiva dizendo que está no melhor momento da minha vida. “Eu nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver.”
FONTE: https://comexdobrasil.com/em-poucos-dias-teremos-uma-solucao-definitiva-entre-eua-e-brasil-diz-lula-otimista-apos-reuniao-com-trump-na-malasia/?utm_source=chatgpt.com
Nova pista de pouso promete transformar logística em cidade do litoral de SP
A cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, ganhará um aeródromo que criará um novo corredor logístico na região.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta terça-feira (21/10) o projeto do novo aeródromo de Caraguatatuba.
O projeto prevê uma pista de pouso e decolagem de 880 metros, com foco em receber aeronaves de pequeno porte da aviação geral.
Com um investimento privado estimado em R$ 100 milhões, o projeto pretende fortalecer o turismo regional, impulsionar negócios e atender à estratégica demanda das operações em alto-mar na Bacia de Santos.
O projeto está atualmente em fase de licenciamento, e a previsão da empresa responsável é que as obras sejam concluídas em janeiro de 2027.
Novo aeródromo
A pista tem como foco receber aeronaves de pequeno porte da aviação geral.
O aeródromo também será equipado para operar por instrumentos, com procedimentos de não precisão (IFR), o que permitirá pousos e decolagens com segurança mesmo em condições meteorológicas menos favoráveis. A estrutura será destinada principalmente ao suporte a operações com helicópteros.
Corredor multimodal
A nova estrutura terá localização estratégica, com interligação à rodovia dos Tamoios, aos Contornos Norte e Sul e ao Porto de São Sebastião, que recebeu recentemente um novo investimento de mais de R$ 55 milhões.
Essa integração formará um corredor multimodal que vai ampliar a eficiência no transporte de mercadorias e passageiros, reduzir custos logísticos e atrair novos empreendimentos.
Além do corredor multimodal local, um novo corredor rodoviário promete alterar o trajeto que conecta o Brasil ao norte do Chile, por meio de uma estrada de mais de 2,4 mil quilômetros, com previsão de conclusão até 2026.
Fonte: https://www.gazetasp.com.br/cotidiano/nova-pista-de-pouso-promete-transformar-logistica-em-cidade-do-litoral/1165622/?utm_source=chatgpt.com
Agricultores brasileiros aumentam produção de soja enquanto China interrompe negócios com os EUA durante disputa comercial
SANTA CRUZ DO RIO PARDO, Brasil (AP) — O agricultor brasileiro Andrey Rodrigues não planejava aumentar a produção de soja para a safra do próximo ano até alguns meses atrás, mas agora está ainda mais esperançoso. O que o levou e seus colegas agricultores brasileiros a plantar mais soja foi a guerra comercial entre o governo Trump e a China, que excluiu a soja americana do enorme mercado chinês.
A China está buscando ativamente produtores brasileiros e as empresas comerciais locais que compram a soja de Rodrigues para vender à China têm divulgado nos últimos dois meses que aceitarão tudo o que puderem, disse ele.
Ainda não se sabe quanto a China comprará do Brasil , mas a alfândega chinesa informou que não importou soja dos EUA em setembro. É a primeira vez que isso acontece desde novembro de 2018, quando o presidente Donald Trump lançou sua primeira guerra comercial com a China. O feijão brasileiro já representava mais de 70% das importações da China no ano passado, enquanto a participação dos EUA caiu para 21% antes mesmo do início da atual disputa comercial, mostram dados do Banco Mundial.
Rodrigues, que preside a associação de produtores de soja do estado de São Paulo, está aumentando a produção em sua fazenda Morada do Sol, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo.
A guerra comercial entre EUA e China “abre uma oportunidade para nós aqui”, disse Rodrigues, ao dar início ao processo altamente mecanizado em sua fazenda em um dia ensolarado recente. “Precisamos estar muito atentos em momentos como este. Tentar vender futuros para a próxima safra, aproveitar esta oportunidade agora.”
Esperança brasileira
O governo brasileiro informou que, entre janeiro e agosto, 77 milhões de toneladas de soja foram exportadas para a China. Isso representa a maior parte da safra de primeira safra do país sul-americano.
Durante esse período, a China importou 17 milhões de toneladas métricas dos EUA, de acordo com dados alfandegários da China.
Com o início da colheita de soja nos EUA, não há indicação de que a China esteja comprando produtos americanos.
O número de navios cargueiros transportando grãos dos EUA e atracando em um importante porto chinês caiu 56% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, ou de 72 para 32, de acordo com uma conta de mídia social da emissora estatal China Central Television. O número caiu para zero desde julho.
Em comparação, esse porto recebeu uma média de mais de 40 navios cargueiros de países como Argentina, Brasil e Uruguai desde maio, e 90% da carga era soja, de acordo com a postagem da emissora estatal.
“A China nos procura por causa dos preços. Sempre que eles têm tarifas mais altas em um determinado país, eles nos procuram”, disse Rodrigues.
A Associação Americana de Soja disse que as tarifas retaliatórias da China, além de outros impostos, elevaram os impostos gerais sobre a soja dos EUA para 34% em 2025, o que elevou o preço da soja americana bem acima do do Brasil.
O Ministério da Agricultura do Brasil (MAPA) informou em outubro que esperava que a próxima safra de soja, plantada por Rodrigues atualmente, aumentasse 3,6%, para quase 178 milhões de toneladas, em comparação com a deste ano. Agora, analistas do governo estão revisando esses números, já que o aumento da demanda da China não mostra sinais de enfraquecimento.
Mas Livio Ribeiro, sócio da consultoria BRCG e pesquisador do think tank e universidade da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro, disse que o interesse chinês pela soja brasileira nesta época do ano é um movimento de curto prazo.
“(A China) está retaliando contra os EUA e fazendo isso com dois fornecedores potenciais alternativos”, disse Ribeiro. O Brasil tem uma vantagem sobre a Argentina, porque Lula não está ideologicamente alinhado com o governo Trump como o presidente argentino Javier Milei , acrescentou.
“O Ocidente acreditava que os EUA iriam colocar o joelho no pescoço da China e que eles capitulariam rapidamente”, disse Ribeiro. “Acho que as pessoas agora entendem que este não é o jogo, porque a China tem muito mais poder de barganha.”
Dor americana
Kevin Cox disse de sua fazenda em Brazil, Indiana, que os agricultores americanos precisam se concentrar em vender mais soja para outros países, como Coreia do Sul e Filipinas, enquanto a China não compra, e continuar investindo no desenvolvimento de mais usos para sua cultura no país, como a expansão da produção de biodiesel. Ele disse que, quando viajou para a China, os compradores locais lhe disseram que encontrar o menor preço era sua prioridade.
“A China provou que não tem problema em comprá-los em outro lugar”, disse Cox.
O receio é que alguns agricultores possam falir devido aos altos custos e à queda nos preços das safras. Mas o agricultor de Minnesota, Glen Groth, não acredita que isso vá acontecer. Ele disse que “perder o mercado chinês não é algo totalmente inesperado, nem é visto como uma catástrofe completa”.
“O clima muda, a política muda, e você tem que lidar com isso”, disse Groth.
Groth disse que conseguiu vender sua colheita durante todo o ano a preços semelhantes aos do ano passado, com a maior parte dela flutuando pelo Rio Mississippi, a cerca de 16 quilômetros de sua fazenda.
“Reconhecemos que seremos, na pior das hipóteses, um adversário dos chineses e, na melhor das hipóteses, teremos um relacionamento contencioso com eles”, disse Groth.
Músculo político
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é aliado do presidente chinês Xi Jinping e tem pressionado a China a comprar mais produtos brasileiros.
Mas muitos produtores de soja como Rodrigues não se importam com o fato de Lula ter enfrentado Trump . Eles atribuem o sucesso ao próprio trabalho, não à diplomacia brasileira que tenta expandir os mercados para seus produtos.
E embora os agricultores estejam animados com o interesse da China em um momento em que normalmente não vendem, uma autoridade do Ministério da Indústria e Comércio do Brasil alertou que Pequim pode esperar antes de confirmar as compras para o primeiro semestre de 2026, porque o preço está mais alto agora. Isso pode ser um incentivo para Lula buscar outros compradores asiáticos, disse a autoridade, que falou à Associated Press sob condição de anonimato por não estar autorizada a discutir o assunto publicamente.
Lula afirmou na segunda-feira estar confiante de que seu país e os EUA chegarão a um acordo comercial, afirmando que Trump praticamente o garantiu quando se encontraram à margem da cúpula da ASEAN na Malásia, no domingo. O presidente americano também deve se encontrar com Xi na quinta-feira, na Coreia do Sul, última parada de sua viagem pela Ásia. Trump, a bordo do Air Force One na segunda-feira, viajando para o Japão, disse que “nos sentimos bem” em resolver as coisas com a China.
Rodrigues, o agricultor brasileiro, diz que não quer que ideologia faça parte do debate sobre tarifas.
“(Os agricultores americanos) estão sendo prejudicados e temos uma oportunidade temporária no Brasil. Mas vamos pensar de forma mais ampla. Cultivar e prosperar enquanto outros são prejudicados não é agradável. É preciso haver harmonia”, disse Rodrigues.
FONTE: https://www.ghanabusinessnews.com/2025/10/23/mahama-reiterates-governments-desire-to-develop-a-transport-logistics-system/?utm_source=chatgpt.com
EPR vence leilão do Lote 4 das Rodovias Integradas do Paraná
Com o resultado, a EPR expande sua atuação no Estado, com foco na mobilidade, segurança viária e desenvolvimento regional
A EPR venceu leilão para concessão do Lote 4 das Rodovias Integradas do Paraná, que abrange trechos das rodovias BR‑272/369/376 e PR‑182/272/317/323/444/862/897/986, conectando as regiões Norte, Oeste e Noroeste do Paraná e fortalecendo a ligação entre os polos produtivos agrícolas e industriais do Estado. O leilão foi realizado na B3, em São Paulo.
A nova concessão abrange 628 quilômetros e contempla intervenções como a duplicação de 232 km de rodovias, implantação de 87 km de faixas adicionais e 39 km de vias marginais. Também estão previstos 59 km de contornos e 33,9 km de ciclovias.
“Este projeto reforça o compromisso da EPR com o desenvolvimento sustentável e a integração logística do Brasil. O Lote 4 se fortalecerá como importante eixo para o agronegócio e para o dinamismo da economia regional. Com disciplina de gestão e foco na mobilidade segura, a nova concessionária modernizará esse corredor estratégico, contribuindo para o crescimento das comunidades e negócios que dependem da rodovia”, afirma José Carlos Cassaniga, diretor-presidente da EPR.
Com a nova concessão, a EPR amplia sua atuação em uma das regiões estratégicas do país, reforçando seu compromisso com a integração logística nacional. A nova concessão atenderá municípios como Umuarama, Maringá, Londrina e Paranavaí. Com a incorporação do Lote 4, a EPR passa a administrar um portfólio de cerca de 3.642 quilômetros de rodovias concedidas em Minas Gerais e Paraná.
Nos primeiros meses de operação, a EPR colocará em execução um Plano de 100 Dias, concentrado em ações para melhoria da fluidez, da segurança e da conservação da rodovia, além de realizar diálogos com comunidades e lideranças locais para identificar os principais desafios e necessidades da região. A nova concessão também trará como impacto positivo a geração de mais de 160 mil empregos diretos, indiretos e por efeito-renda ao longo do contrato.
FONTE: https://jornaluniao.com.br/noticias/parana/epr-vence-leilao-do-lote-4-das-rodovias-integradas-do-parana