FECHAMENTO DO MERCADO 11/11/2025


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Na maior feira de importação da China, expositores americanos esperam que o pior da guerra comercial tenha passado.

Exportadores americanos de produtos agrícolas para a China estão otimistas de que o comércio entre os dois países voltará à normalidade após um acordo-quadro alcançado no mês passado por seus líderes, segundo diversos exportadores e representantes do setor.
O clima este ano no pavilhão dos EUA na Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), a maior feira de importação da China, que começou em 5 de novembro e terminou em Xangai nesta segunda-feira, é positivo.
 
“Acho que as pessoas estão muito esperançosas”, disse Jeffrey Lehman, presidente da Câmara Americana de Comércio em Xangai, que conta com mais de 1.000 empresas entre seus membros, à Reuters no Pavilhão dos EUA, que abrigava exposições de entidades do setor de vinho, ginseng, batatas e outros produtos, e era 50% maior do que o do ano passado.
 
“Acho que o motivo de estarem aqui é porque querem interagir com novos clientes. Querem encontrar novas oportunidades de parceria e acredito que estão aqui porque acham que isso vai acontecer”, acrescentou.
A CIIE teve início apenas uma semana após uma reunião entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente dos EUA Donald Trump na Coreia do Sul, que resultou em um acordo-quadro para reverter uma série de tarifas e medidas de controle de exportação que haviam sido implementadas este ano, incluindo algumas que afetaram abertamente os expositores de produtos agrícolas, como soja e sorgo.
 
“Acabamos de ter uma reunião bem-sucedida em Busan e estamos comemorando, mas já tínhamos planos de vir antes mesmo dessa reunião. Acho importante ressaltar que não desistimos do relacionamento, que estávamos trabalhando para mantê-lo e fortalecê-lo, mesmo com alguns problemas”, disse Jim Sutter, CEO do Conselho de Exportação de Soja dos EUA.
A China havia evitado comprar soja da safra de 2025 dos EUA em meio às crescentes tensões comerciais entre os dois países, mas retomou as compras recentemente.
 
Mark Wilson, presidente do Conselho de Grãos e Bioprodutos dos EUA, apontou para os recentes embarques de soja e sorgo comprados pela China como um sinal positivo para a normalização do comércio futuro. Antes deste ano, a China representava 95% do mercado de exportação de sorgo dos EUA, acrescentou.
“Tenho esperança de que eles continuem conversando, porque se conseguirem continuar conversando, talvez consigam resolver as coisas, pois é isso que é preciso”, disse Wilson.

O SUPERÁVIT COMERCIAL DA CHINA ESTÁ CRESCENDO

Apesar do otimismo das associações agrícolas americanas em Xangai, analistas afirmam que a mais recente distensão comercial negociada por Xi e Trump pode não passar de uma trégua frágil em uma guerra comercial cujas causas profundas ainda não foram resolvidas.
A soja americana ainda enfrenta uma tarifa de 13%, o que, segundo analistas, torna os embarques dos EUA para a China muito caros para compradores comerciais, em comparação com as alternativas brasileiras.
 
A CIIE foi lançada em 2018 sob a presidência de Xi Jinping para promover as credenciais da China em matéria de livre comércio e contrariar as críticas ao seu superávit comercial com muitos países.
 
Mas a exposição tem seus céticos, já que os superávits comerciais do país com outros mercados só aumentaram nos anos seguintes.
O superávit comercial da China deverá ultrapassar o recorde do ano passado, de aproximadamente US$ 1 trilhão, à medida que os exportadores compensam a queda nas vendas para os EUA, devido ao aumento das tarifas americanas, vendendo mais para o resto do mundo, muitas vezes com prejuízo, na busca por participação de mercado.
Mais de 155 países, regiões e organizações participaram da CIIE deste ano, informou o Ministério do Comércio. Mais de 4.100 empresas estrangeiras participaram, com as empresas americanas mantendo a maior área de exposição pelo sétimo ano consecutivo.
 
A exposição deste ano gerou um faturamento previsto de US$ 83,49 bilhões, um aumento de 4,4% em relação ao ano passado e um recorde histórico, informou a mídia estatal.

Fonte: https://www.reuters.com/world/china/chinas-largest-import-expo-us-exhibitors-hopeful-worst-trade-war-is-over-2025-11-10/

 

Com 5 milhões de cabeças de gado transportadas, Uboi reforça operação logística da JBS.

FONTE: https://mundologistica.com.br/noticias/uboi-jbs-5-milhoes-cabecas-gado

 

Atualização de mercado Maersk IMEA.

Sumário executivo

Os fluxos comerciais entre a Índia, o Oriente Médio e a África continuam demonstrando resiliência em meio a um cenário político complexo e à mudança na demanda global. O último trimestre de 2025 é marcado pela estabilização da confiabilidade dos oceanos, por importantes reformas alfandegárias e por um foco renovado na logística terrestre sustentável.

A aceleração das negociações comerciais da Índia com a UE e a operacionalização do acordo Índia-EFTA sinalizam um potencial de exportação mais forte para os setores de manufatura e bens de consumo.

Na África, os fluxos sazonais de uvas e cacau são bem sustentados por preços robustos, posicionamento confiável de equipamentos e rastreabilidade aprimorada. Enquanto isso, as economias do Golfo continuam a digitalizar o comércio e as operações alfandegárias, reforçando suas posições como centros logísticos globais.

Em toda a região, a clareza regulatória e o investimento em infraestrutura estão definindo o tom para um ambiente comercial mais previsível e transparente rumo a 2026.

Atualização do oceano.

África do Sul – Perspectivas para a Temporada da Uva

A temporada de exportação de uvas da África do Sul está prevista para começar em meados do quarto trimestre, com safras saudáveis ​​e demanda firme de importadores europeus antes do período festivo. As operações nos terminais da Cidade do Cabo permanecem estáveis, embora possam ocorrer atrasos ocasionais na atracação devido às condições climáticas.

O reposicionamento dos equipamentos continua a progredir bem e  o desempenho da rede Gemini  estabilizou os horários de navegação. Com um planejamento proativo e disponibilidade constante de contêineres, prevê-se um início de temporada tranquilo, reforçando a confiança dos clientes e a estabilidade do mercado.

África Ocidental – Setor cacaueiro se fortalece

O setor cacaueiro da África Ocidental está entrando em um período de renovado otimismo. Os preços recordes pagos aos produtores — Costa do Marfim a 2.800 francos CFA/kg (+27%) e Gana a 58.000 cedis ganeses/tonelada (+12%) — estão fortalecendo a participação dos agricultores e os canais formais de comércio. Camarões e Nigéria seguem trajetórias semelhantes, impulsionadas pela demanda por grãos de alta qualidade e pelo crescente processamento interno.

Apesar da correção global de preços para cerca de US$ 5.956/MT, a demanda permanece forte — especialmente no segmento de chocolates premium da Europa e nos mercados de confeitaria em rápido crescimento da Ásia. A mudança do setor em direção à rastreabilidade, certificação digital e agricultura sustentável continua a se alinhar com a evolução dos padrões globais de compras.

Em termos de logística, um maior envolvimento dos agricultores e uma visibilidade mais clara das exportações estão a melhorar a previsibilidade das nomeações e o planeamento da cadeia de abastecimento nos corredores da África Ocidental.

Atualização alfandegária

Arábia Saudita – SABER 2.0 e Declarações Antecipadas de Importação

A Arábia Saudita tornou obrigatório o Certificado de Envio SABER antes da declaração aduaneira (com vigência a partir de 1º de outubro de 2025). O sistema SABER 2.0 aprimorado utiliza verificação em blockchain e amplia os requisitos de conformidade para mercadorias de alto risco. Além disso, a partir de 29 de outubro, os importadores deverão apresentar manifestos e declarações antecipadamente para todos os embarques portuários — uma medida alinhada à iniciativa “Desembaraço em até 2 Horas” da Visão 2030.

Recomenda-se que os importadores integrem ambos os fluxos de trabalho desde o início para garantir o processamento em tempo hábil e a conformidade com os novos procedimentos de desembaraço aduaneiro.

Omã – Nova Zona Econômica Especial em Rawdah

Omã lançou a Zona Econômica Especial (ZEE) de Rawdah em outubro de 2025, concedendo isenções de impostos, pagamentos diferidos e acesso a armazéns alfandegados. Espera-se que a ZEE impulsione as reexportações transfronteiriças entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita e atraia investimentos na indústria de materiais de construção e bens de consumo.

Catar – Alfândega Digitalizada e Despachantes Aduaneiros Autorizados

Em outubro de 2025, o Catar introduziu um sistema de “Documentos Aduaneiros” com inteligência artificial, automatizando o arquivamento de acordos e memorandos aduaneiros. Simultaneamente, o Ministério dos Transportes determinou que todas as remessas de importação e exportação sejam tratadas por despachantes aduaneiros autorizados, com exceção das remessas diretas do Beneficiário Final da Carga (BCO).

Essas reformas visam aprimorar a conformidade, a rastreabilidade e a eficiência na facilitação do comércio.

Índia – Facilitação do Comércio e Progresso dos Acordos de Livre Comércio

As negociações sobre o Acordo de Livre Comércio Índia-UE aceleraram neste mês, com o objetivo de serem concluídas até dezembro de 2025. O Pacto Índia-EFTA entrou em vigor em outubro, desbloqueando US$ 100 bilhões em compromissos de investimento. Além disso, o Conselho Central de Impostos Indiretos e Alfândega (CBIC) consolidou 31 notificações em uma diretiva unificada para simplificar o cumprimento das normas.

Importadores e exportadores devem rever as regras de origem e as atualizações tarifárias para aproveitar novas oportunidades de acesso ao mercado.

Bangladesh – Reforma Tarifária e Preparação para a Transição de Países Menos Desenvolvidos

O orçamento do Bangladesh para o ano fiscal de 2026 introduz uma ampla reforma tarifária, enquanto o país se prepara para deixar de ser um País Menos Desenvolvido (PMD) em 2026. A proposta inclui a redução das taxas de importação de 110 produtos, a redução das taxas de 65 produtos e a eliminação das taxas suplementares de nove itens, além da adição de uma nova faixa de 40% para bens de luxo.

Para aumentar a competitividade das exportações, o governo está expandindo os armazéns alfandegados centrais e das zonas francas, permitindo importações mais rápidas de matérias-primas para as indústrias exportadoras. A reforma também elimina o sistema de valoração tarifária e os valores mínimos de importação para 84 produtos, enquanto uma nova Ordem de Política de Importação baseada em risco visa reduzir o tempo de desembaraço aduaneiro de 270 horas para menos de 100.

Impacto nos negócios:

  • Os exportadores podem esperar custos de insumos mais baixos para produtos farmacêuticos e máquinas agrícolas, além de prazos de entrega mais rápidos graças ao desembaraço aduaneiro simplificado.
  • Os importadores se beneficiam de tarifas reduzidas sobre produtos essenciais e matérias-primas, embora os bens de luxo estejam sujeitos a taxas suplementares mais elevadas.
  • As reformas de transição visam ajudar Bangladesh a manter a competitividade de custos e a eficiência da cadeia de suprimentos após a saída do status de país menos desenvolvido.

Sri Lanka – Facilitação do Comércio e Impulso da Digitalização

O Sri Lanka aprovou seu Plano de Ação para a Facilitação do Comércio 2025-2028, com foco na digitalização dos procedimentos aduaneiros e na plena conformidade com o Acordo de Facilitação do Comércio da OMC. O plano visa reduzir os atrasos no desembaraço aduaneiro e aumentar a transparência.

A receita aduaneira já atingiu 90% da meta anual em outubro de 2025, graças a uma fiscalização mais rigorosa e ao uso de ferramentas digitais. O novo Guia Tarifário 2025 atualiza os códigos SH e os requisitos legais para importações, com vigência a partir de janeiro de 2026.

Paquistão – Política Tarifária Nacional 2025–30 e Agenda de Crescimento Industrial

O Paquistão lançou sua Política Nacional de Tarifas 2025-30, com o objetivo de reduzir as tarifas médias de 20,19% para menos de 10% até 2030. A política simplifica as faixas de direitos aduaneiros para 0%, 5%, 10% e 15%, e elimina gradualmente os Direitos Regulatórios (RDs) e os Direitos Aduaneiros Adicionais (ACDs) nos próximos cinco anos.

As reformas complementares previstas no Projeto de Lei de Finanças de 2025 ampliam a faixa de isenção de impostos para 916 linhas tarifárias, eliminam os descontos de 554 códigos e reduzem os descontos de importação na maioria das faixas. As tarifas sobre veículos deverão diminuir a partir de meados de 2026, enquanto as isenções previstas na Quinta Tabela serão racionalizadas para reduzir a fragmentação.

Impacto nos negócios:

  • Os importadores se beneficiam de custos de insumos mais baixos para materiais industriais, melhorando as margens de produção e a flexibilidade de preços.
  • Os exportadores obtêm uma vantagem competitiva no comércio regional através de insumos mais baratos e processos alfandegários simplificados.
  • A política sustenta a estratégia de recuperação do Paquistão orientada para as exportações, melhorando as estruturas de custos para os setores de manufatura, têxtil e cadeias de valor industriais.

Observatório do Comércio Global – Desenvolvimentos Externos que Moldam as Cadeias de Abastecimento da Região IMEA

Os Estados Unidos aderiram a diversos acordos comerciais bilaterais na Ásia, incluindo Malásia, Camboja, Tailândia e Vietnã, reforçando a diversificação da cadeia de suprimentos.

Novos acordos com o Japão sobre minerais críticos e terras raras reforçam ainda mais a resiliência regional e garantem a colaboração industrial a longo prazo.

Atualização do Interior

Expansão do transporte ferroviário de mercadorias no norte da Índia

Como parte de seu esforço em logística integrada, a Índia está testemunhando uma forte adesão ao transporte ferroviário de cargas, especialmente nos corredores noroeste e nordeste. A   rede  ferroviária intercontinental Maersk, recentemente expandida, agora conecta Ludhiana ,  Dadri e  Ahmedabad  a portos como  Mundra e Pipavav , oferecendo serviços de carga seca e com temperatura controlada para a Europa, países da CEI e Oriente Médio.

Essa solução ferroviária oferece uma alternativa com menores emissões e melhor custo-benefício em comparação ao transporte rodoviário, reduzindo os tempos de trânsito em até 30% e as emissões de CO₂ em mais de 60%. A integração multimodal perfeita, que combina transporte marítimo, ferroviário e rodoviário de última milha, continua a aprimorar a competitividade das exportações da Índia para os  setores automotivo ,  de bens de consumo e  têxtil  .

Com o crescente foco político na descarbonização e na infraestrutura de exportação “Make in India”, a logística ferroviária interna está emergindo como um pilar fundamental para o crescimento sustentável do comércio indiano.

FONTE: https://dredgewire.com/maersk-imea-market-update-november-2025/?utm_source=chatgpt.com

 

Porto Seco de Foz do Iguaçu registra recorde de movimentações em outubro.

Segundo a Multilog, crescimento das importações noturnas de grãos, do fluxo de cargas argentinas e das exportações para o país vizinho influenciou o resultado.

Com localização estratégica na tríplice fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina, o Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR) registrou o recorde de movimentação de veículos para o mês de outubro, com a entrada de mais de 22,9 mil caminhões. De acordo com a Multilog, concessionária que administra o Porto Seco, o aumento da operação noturna de importação de grãos, de cargas oriundas da Argentina e das exportações argentinas contribuíram para o resultado.

“Os números refletem o crescimento constante do fluxo de cargas e mercadorias na tríplice fronteira, através do trabalho integrado entre Multilog, Receita Federal, Órgãos Anuentes e demais intervenientes do processo como transportadores, despachantes aduaneiros e motoristas”, afirmou o gerente de Operações do Porto Seco de Foz do Iguaçu, Roger da Costa Mendes Ribeiro.

A Multilog informou que a operação noturna de importação de grãos no Porto Seco de Foz do Iguaçu registrou 7,5 mil veículos, um acréscimo de 14%. Em relação às cargas vindas da Argentina, foram mais de 3 mil veículos.

Já as exportações para o país tiveram um aumento de 14%, com 1.368 veículos passando pela unidade alfandegada, 173 a mais do que em outubro de 2021, até então o mês com o melhor resultado.

O Porto Seco de Foz do Iguaçu também apresentou crescimento no movimento das saídas em outubro, com o registro de mais de 22,8 mil veículos, totalizando cerca de 45,71 mil movimentações no período, número 5,82% superior a outubro de 2021.

“A eficiência nas operações, o uso de tecnologia e o empenho das equipes têm garantido agilidade no processo e na circulação de veículos, fortalecendo a competitividade do comércio exterior brasileiro”, destacou o gerente geral de Operações das Fronteiras da Multilog, Francisco Damilano.

PORTOS SECOS DA MULTILOG

O desempenho do Porto Seco de Foz do Iguaçu puxou para cima os números dos cinco portos secos de fronteira sob concessão da Multilog. Segundo a concessionária, juntos contabilizaram a entrada recorde de cerca de 44,1 mil veículos, ante 41 mil no mês de setembro.

Além do valor registrado em Foz do Iguaçu, a Multilog destacou que houve o ingresso de 14,4 mil veículos no Porto Seco de Uruguaiana (RS), de 3,3 mil no Porto Seco de Jaguarão (RS), de 2,36 mil no Porto Seco de Dionísio Cerqueira (SC) e de 1,14 mil no Porto Seco de Santana do Livramento (RS).

AMPLIAÇÃO DA OPERAÇÃO

Além do recorde de movimentação, a Multilog lançou recentemente a pedra fundamental do Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu. Com um investimento de R$ 500 milhões, a unidade ampliará em 30% a capacidade de operação, com previsão de movimentar até dois mil caminhões por dia e gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.

Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/porto-seco-foz-do-iguacu-recorde-movimentacoes-outubro

 

Colômbia iniciará exportações de banana para a China em 2026.

Durante a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) 2025, realizada em Xangai de 5 a 10 de novembro, a Colômbia formalizou um acordo comercial com a China que permitirá o início das exportações de banana em 2026. O acordo faz parte de esforços mais amplos para diversificar os mercados de exportação da Colômbia e fortalecer o comércio agrícola com parceiros asiáticos.

Segundo o Ministério do Comércio da Colômbia, o acordo estabelece metas anuais de exportação de 15 mil toneladas de bananas, além de outros produtos agrícolas. O acordo surge na sequência da recente adesão da Colômbia à Iniciativa Cinturão e Rota da China, que visa aprofundar a cooperação bilateral em comércio e infraestrutura.

César Pachón, presidente da Agência de Desenvolvimento Rural da Colômbia (ADR), afirmou: “Acabamos de realizar uma degustação de café muito importante. Esta é a empresa que mais compra café aqui na China, com lojas em todo o mundo. Ela importa cerca de 80 mil toneladas por ano; agora vamos ver quanto podemos fornecer da Colômbia.” Ele observou que, no caso das bananas, uma empresa chinesa já solicitou 200 contêineres e que estão em andamento negociações sobre preços, quantidades e prazos de entrega.

O acordo também inclui o estabelecimento de uma rota marítima direta com a COSCO Shipping, a maior empresa de transporte marítimo da China, para reduzir os tempos de logística e melhorar a eficiência do transporte. As autoridades colombianas esperam que a rota aumente a competitividade, reduzindo os prazos de entrega para os mercados asiáticos.

Representantes da ADR afirmaram que o objetivo não é apenas aumentar o volume de exportações, mas também garantir que as comunidades rurais e os pequenos produtores estejam diretamente envolvidos na cadeia de suprimentos. O plano inclui a participação de grupos indígenas, afrodescendentes e historicamente marginalizados para assegurar benefícios equitativos em todas as regiões produtoras.

No entanto, a implementação do novo acordo comercial depende do cumprimento das exigências de importação da China. Os produtores colombianos precisarão cumprir rigorosos padrões de qualidade, sanitários e de rastreabilidade antes que os embarques possam começar. Esse processo inclui a certificação das fazendas, a modernização da infraestrutura e a melhoria da coordenação logística em toda a cadeia produtiva.

A rede logística também exige investimentos em instalações portuárias e sistemas de transporte para manter a competitividade em relação a outros países fornecedores de banana na região. A diferenciação de produtos, como a rotulagem baseada na origem e sistemas de produção rastreáveis, é considerada essencial para estabelecer uma presença de mercado a longo prazo na China.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que o novo acordo está alinhado aos esforços nacionais para diversificar as exportações agrícolas e promover programas legais de substituição de culturas. Ele declarou que a expansão das exportações para novos destinos apoiará o desenvolvimento econômico, reduzindo a dependência dos mercados tradicionais e das exportações de commodities agrícolas.

Fonte: https://www.freshplaza.com/north-america/article/9783336/colombia-to-start-banana-exports-to-china-in-2026/?utm_source=chatgpt.com

 

Cabotagem: Norsul adquire operação da Hidrovias do Brasil.

Em comunicado, empresa informou que a aquisição das duas embarcações mineraleiras ampliará a capacidade logística para quatro milhões de toneladas de granéis ao ano.

A Norsul anunciou que concluiu a compra da operação de cabotagem da Hidrovias do Brasil, companhia de logística integrada que oferece serviços portuários e de cabotagem na América do Sul. De acordo com a empresa, a aquisição foi direcionada ao negócio de transporte de bauxita entre Porto Trombetas e Barcarena, no Pará. 

Com a transação, a Norsul incorpora duas embarcações do tipo mineraleiras (ore carriers) — Tambaqui e Tucunaré — ambas construídas no Brasil, com bandeira e tripulação nacional.  Dessa forma, a companhia passa a operar integralmente a rota que abastece a refinaria da Alunorte e amplia o volume total transportado para quatro milhões de toneladas de granel por ano. O contrato com a produtora de alumina tem vigência até 2034. 

As embarcações foram projetadas sob medida para as limitações da Bacia Amazônica com 245 metros de comprimento, 40 metros de boca e capacidade de 82 mil toneladas por viagem. Além disso, possui 12 metros de calado máximo, o que, segundo a companhia, garante eficiência logística e menor impacto ambiental, mesmo em trechos restritos do Rio Amazonas. 

O diretor financeiro e de novos negócios da Norsul, Rodrigo Cuesta, afirmou que mais do que adquirir navios, a empresa está incorporando uma operação sólida, um contrato relevante e uma equipe altamente especializada. 

“Essa aquisição reafirma nossa expertise de mais de 60 anos no mercado de navegação e reforça o compromisso de fortalecer o modal aquaviário nacional como uma solução valiosa para o desenvolvimento logístico do país. São ativos estratégicos, de longo prazo, que ampliam nossa competitividade e presença na região Norte”, destacou o executivo. 

NORSUL NO MERCADO DE CABOTAGEM 

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o mercado de cabotagem movimentou 110 milhões de toneladas em 2024 entre granéis líquidos, gasosos e sólidos, e segue em trajetória de crescimento médio anual de 2,4% 

Para Rodrigo Cuesta, a cabotagem é um vetor essencial para o desenvolvimento da logística nacional. “Ao investir em frota e eficiência, contribuímos para o equilíbrio da matriz de transporte, para a redução de emissões no setor de logística e para a integração produtiva do país”, acrescentou. 

Nos últimos anos, a Norsul afirmou que a estratégia da empresa se baseia na diversificação do portfólio para acelerar a expansão, mantendo crescimento médio de 19% em receita bruta na última década. Com um olhar atento ao mercado de navegação na costa brasileira, a Norsul encontra espaço para crescer. 

Em 2023, a companhia firmou joint venture com a Hapag-Lloyd para a criação da Norcoast, dedicada à cabotagem e ao feeder de contêineres nos portos brasileiros. Já em 2024, adquiriu a embarcação Babitonga Bay, do tipo handysize (39 mil toneladas de porte bruto), e iniciou operações de bunkering ship-to-ship na costa brasileira. No mesmo ano, transportou 14,2 milhões de toneladas na cabotagem e registrou R$ 1,4 bilhão em receita líquida. 

Segundo a Norsul, a compra da operação da Hidrovias do Brasil é mais um passo nessa trajetória de crescimento sustentável, diversificação de operações e fortalecimento no transporte marítimo nacional, configurando um investimento relevante com projeção de crescimento de receita no longo prazo.  

SUSTENTABILIDADE NA NAVEGAÇÃO NACIONAL 

A Norsul também divulgou que acelerou a agenda de descarbonização e inovação, investindo em softwares de eficiência energética baseados em IoT, otimização de propulsores com o “Propeller Boss Cap Fins”, uso de tintas e tecnologias anti-incrustantes em parceria com a Bioren e e aplicação de Inteligência Artificial para otimização de combustível. 

A empresa também vem implantando sistemas solares em barcaças fundeadas, tratamento de água de lastro e o uso de combustíveis de baixo teor de enxofre. Desde 2020, é signatária da “Getting to Zero Coalition” e opera um sistema online de monitoramento das emissões atmosféricas, que integra dados de sensores e indicadores de intensidade de carbono (CII Rating).  

A Norsul também integra o Programa de Logística Verde Brasil e conquistou o Selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol. “Vamos continuar investindo em operações estratégicas, inovação e excelência operacional, mantendo o compromisso com as pessoas e a sustentabilidade como pilares da nossa atuação”, reforçou Cuesta. 

Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/norsul-operacao-hidrovias-brasil

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