FECHAMENTO DO MERCADO 11/11/2025
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₿ BITCOIN: R$ 562.814,00| +0,25%
🏛 S&P 500: 6.832,43 pts | +1,54%
💻 NASDAQ: 23.527,17 pts | +2,27%
Na maior feira de importação da China, expositores americanos esperam que o pior da guerra comercial tenha passado.
O SUPERÁVIT COMERCIAL DA CHINA ESTÁ CRESCENDO
Fonte: https://www.reuters.com/world/china/chinas-largest-import-expo-us-exhibitors-hopeful-worst-trade-war-is-over-2025-11-10/
Com 5 milhões de cabeças de gado transportadas, Uboi reforça operação logística da JBS.
FONTE: https://mundologistica.com.br/noticias/uboi-jbs-5-milhoes-cabecas-gado
Atualização de mercado Maersk IMEA.
Sumário executivo
Os fluxos comerciais entre a Índia, o Oriente Médio e a África continuam demonstrando resiliência em meio a um cenário político complexo e à mudança na demanda global. O último trimestre de 2025 é marcado pela estabilização da confiabilidade dos oceanos, por importantes reformas alfandegárias e por um foco renovado na logística terrestre sustentável.
A aceleração das negociações comerciais da Índia com a UE e a operacionalização do acordo Índia-EFTA sinalizam um potencial de exportação mais forte para os setores de manufatura e bens de consumo.
Na África, os fluxos sazonais de uvas e cacau são bem sustentados por preços robustos, posicionamento confiável de equipamentos e rastreabilidade aprimorada. Enquanto isso, as economias do Golfo continuam a digitalizar o comércio e as operações alfandegárias, reforçando suas posições como centros logísticos globais.
Em toda a região, a clareza regulatória e o investimento em infraestrutura estão definindo o tom para um ambiente comercial mais previsível e transparente rumo a 2026.
Atualização do oceano.
África do Sul – Perspectivas para a Temporada da Uva
A temporada de exportação de uvas da África do Sul está prevista para começar em meados do quarto trimestre, com safras saudáveis e demanda firme de importadores europeus antes do período festivo. As operações nos terminais da Cidade do Cabo permanecem estáveis, embora possam ocorrer atrasos ocasionais na atracação devido às condições climáticas.
O reposicionamento dos equipamentos continua a progredir bem e o desempenho da rede Gemini estabilizou os horários de navegação. Com um planejamento proativo e disponibilidade constante de contêineres, prevê-se um início de temporada tranquilo, reforçando a confiança dos clientes e a estabilidade do mercado.
África Ocidental – Setor cacaueiro se fortalece
O setor cacaueiro da África Ocidental está entrando em um período de renovado otimismo. Os preços recordes pagos aos produtores — Costa do Marfim a 2.800 francos CFA/kg (+27%) e Gana a 58.000 cedis ganeses/tonelada (+12%) — estão fortalecendo a participação dos agricultores e os canais formais de comércio. Camarões e Nigéria seguem trajetórias semelhantes, impulsionadas pela demanda por grãos de alta qualidade e pelo crescente processamento interno.
Apesar da correção global de preços para cerca de US$ 5.956/MT, a demanda permanece forte — especialmente no segmento de chocolates premium da Europa e nos mercados de confeitaria em rápido crescimento da Ásia. A mudança do setor em direção à rastreabilidade, certificação digital e agricultura sustentável continua a se alinhar com a evolução dos padrões globais de compras.
Em termos de logística, um maior envolvimento dos agricultores e uma visibilidade mais clara das exportações estão a melhorar a previsibilidade das nomeações e o planeamento da cadeia de abastecimento nos corredores da África Ocidental.
Atualização alfandegária
Arábia Saudita – SABER 2.0 e Declarações Antecipadas de Importação
A Arábia Saudita tornou obrigatório o Certificado de Envio SABER antes da declaração aduaneira (com vigência a partir de 1º de outubro de 2025). O sistema SABER 2.0 aprimorado utiliza verificação em blockchain e amplia os requisitos de conformidade para mercadorias de alto risco. Além disso, a partir de 29 de outubro, os importadores deverão apresentar manifestos e declarações antecipadamente para todos os embarques portuários — uma medida alinhada à iniciativa “Desembaraço em até 2 Horas” da Visão 2030.
Recomenda-se que os importadores integrem ambos os fluxos de trabalho desde o início para garantir o processamento em tempo hábil e a conformidade com os novos procedimentos de desembaraço aduaneiro.
Omã – Nova Zona Econômica Especial em Rawdah
Omã lançou a Zona Econômica Especial (ZEE) de Rawdah em outubro de 2025, concedendo isenções de impostos, pagamentos diferidos e acesso a armazéns alfandegados. Espera-se que a ZEE impulsione as reexportações transfronteiriças entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita e atraia investimentos na indústria de materiais de construção e bens de consumo.
Catar – Alfândega Digitalizada e Despachantes Aduaneiros Autorizados
Em outubro de 2025, o Catar introduziu um sistema de “Documentos Aduaneiros” com inteligência artificial, automatizando o arquivamento de acordos e memorandos aduaneiros. Simultaneamente, o Ministério dos Transportes determinou que todas as remessas de importação e exportação sejam tratadas por despachantes aduaneiros autorizados, com exceção das remessas diretas do Beneficiário Final da Carga (BCO).
Essas reformas visam aprimorar a conformidade, a rastreabilidade e a eficiência na facilitação do comércio.
Índia – Facilitação do Comércio e Progresso dos Acordos de Livre Comércio
As negociações sobre o Acordo de Livre Comércio Índia-UE aceleraram neste mês, com o objetivo de serem concluídas até dezembro de 2025. O Pacto Índia-EFTA entrou em vigor em outubro, desbloqueando US$ 100 bilhões em compromissos de investimento. Além disso, o Conselho Central de Impostos Indiretos e Alfândega (CBIC) consolidou 31 notificações em uma diretiva unificada para simplificar o cumprimento das normas.
Importadores e exportadores devem rever as regras de origem e as atualizações tarifárias para aproveitar novas oportunidades de acesso ao mercado.
Bangladesh – Reforma Tarifária e Preparação para a Transição de Países Menos Desenvolvidos
O orçamento do Bangladesh para o ano fiscal de 2026 introduz uma ampla reforma tarifária, enquanto o país se prepara para deixar de ser um País Menos Desenvolvido (PMD) em 2026. A proposta inclui a redução das taxas de importação de 110 produtos, a redução das taxas de 65 produtos e a eliminação das taxas suplementares de nove itens, além da adição de uma nova faixa de 40% para bens de luxo.
Para aumentar a competitividade das exportações, o governo está expandindo os armazéns alfandegados centrais e das zonas francas, permitindo importações mais rápidas de matérias-primas para as indústrias exportadoras. A reforma também elimina o sistema de valoração tarifária e os valores mínimos de importação para 84 produtos, enquanto uma nova Ordem de Política de Importação baseada em risco visa reduzir o tempo de desembaraço aduaneiro de 270 horas para menos de 100.
Impacto nos negócios:
- Os exportadores podem esperar custos de insumos mais baixos para produtos farmacêuticos e máquinas agrícolas, além de prazos de entrega mais rápidos graças ao desembaraço aduaneiro simplificado.
- Os importadores se beneficiam de tarifas reduzidas sobre produtos essenciais e matérias-primas, embora os bens de luxo estejam sujeitos a taxas suplementares mais elevadas.
- As reformas de transição visam ajudar Bangladesh a manter a competitividade de custos e a eficiência da cadeia de suprimentos após a saída do status de país menos desenvolvido.
Sri Lanka – Facilitação do Comércio e Impulso da Digitalização
O Sri Lanka aprovou seu Plano de Ação para a Facilitação do Comércio 2025-2028, com foco na digitalização dos procedimentos aduaneiros e na plena conformidade com o Acordo de Facilitação do Comércio da OMC. O plano visa reduzir os atrasos no desembaraço aduaneiro e aumentar a transparência.
A receita aduaneira já atingiu 90% da meta anual em outubro de 2025, graças a uma fiscalização mais rigorosa e ao uso de ferramentas digitais. O novo Guia Tarifário 2025 atualiza os códigos SH e os requisitos legais para importações, com vigência a partir de janeiro de 2026.
Paquistão – Política Tarifária Nacional 2025–30 e Agenda de Crescimento Industrial
O Paquistão lançou sua Política Nacional de Tarifas 2025-30, com o objetivo de reduzir as tarifas médias de 20,19% para menos de 10% até 2030. A política simplifica as faixas de direitos aduaneiros para 0%, 5%, 10% e 15%, e elimina gradualmente os Direitos Regulatórios (RDs) e os Direitos Aduaneiros Adicionais (ACDs) nos próximos cinco anos.
As reformas complementares previstas no Projeto de Lei de Finanças de 2025 ampliam a faixa de isenção de impostos para 916 linhas tarifárias, eliminam os descontos de 554 códigos e reduzem os descontos de importação na maioria das faixas. As tarifas sobre veículos deverão diminuir a partir de meados de 2026, enquanto as isenções previstas na Quinta Tabela serão racionalizadas para reduzir a fragmentação.
Impacto nos negócios:
- Os importadores se beneficiam de custos de insumos mais baixos para materiais industriais, melhorando as margens de produção e a flexibilidade de preços.
- Os exportadores obtêm uma vantagem competitiva no comércio regional através de insumos mais baratos e processos alfandegários simplificados.
- A política sustenta a estratégia de recuperação do Paquistão orientada para as exportações, melhorando as estruturas de custos para os setores de manufatura, têxtil e cadeias de valor industriais.
Observatório do Comércio Global – Desenvolvimentos Externos que Moldam as Cadeias de Abastecimento da Região IMEA
Os Estados Unidos aderiram a diversos acordos comerciais bilaterais na Ásia, incluindo Malásia, Camboja, Tailândia e Vietnã, reforçando a diversificação da cadeia de suprimentos.
Novos acordos com o Japão sobre minerais críticos e terras raras reforçam ainda mais a resiliência regional e garantem a colaboração industrial a longo prazo.
Atualização do Interior
Expansão do transporte ferroviário de mercadorias no norte da Índia
Como parte de seu esforço em logística integrada, a Índia está testemunhando uma forte adesão ao transporte ferroviário de cargas, especialmente nos corredores noroeste e nordeste. A rede ferroviária intercontinental Maersk, recentemente expandida, agora conecta Ludhiana , Dadri e Ahmedabad a portos como Mundra e Pipavav , oferecendo serviços de carga seca e com temperatura controlada para a Europa, países da CEI e Oriente Médio.
Essa solução ferroviária oferece uma alternativa com menores emissões e melhor custo-benefício em comparação ao transporte rodoviário, reduzindo os tempos de trânsito em até 30% e as emissões de CO₂ em mais de 60%. A integração multimodal perfeita, que combina transporte marítimo, ferroviário e rodoviário de última milha, continua a aprimorar a competitividade das exportações da Índia para os setores automotivo , de bens de consumo e têxtil .
Com o crescente foco político na descarbonização e na infraestrutura de exportação “Make in India”, a logística ferroviária interna está emergindo como um pilar fundamental para o crescimento sustentável do comércio indiano.
FONTE: https://dredgewire.com/maersk-imea-market-update-november-2025/?utm_source=chatgpt.com
Porto Seco de Foz do Iguaçu registra recorde de movimentações em outubro.
Segundo a Multilog, crescimento das importações noturnas de grãos, do fluxo de cargas argentinas e das exportações para o país vizinho influenciou o resultado.
Com localização estratégica na tríplice fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina, o Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR) registrou o recorde de movimentação de veículos para o mês de outubro, com a entrada de mais de 22,9 mil caminhões. De acordo com a Multilog, concessionária que administra o Porto Seco, o aumento da operação noturna de importação de grãos, de cargas oriundas da Argentina e das exportações argentinas contribuíram para o resultado.
“Os números refletem o crescimento constante do fluxo de cargas e mercadorias na tríplice fronteira, através do trabalho integrado entre Multilog, Receita Federal, Órgãos Anuentes e demais intervenientes do processo como transportadores, despachantes aduaneiros e motoristas”, afirmou o gerente de Operações do Porto Seco de Foz do Iguaçu, Roger da Costa Mendes Ribeiro.
A Multilog informou que a operação noturna de importação de grãos no Porto Seco de Foz do Iguaçu registrou 7,5 mil veículos, um acréscimo de 14%. Em relação às cargas vindas da Argentina, foram mais de 3 mil veículos.
Já as exportações para o país tiveram um aumento de 14%, com 1.368 veículos passando pela unidade alfandegada, 173 a mais do que em outubro de 2021, até então o mês com o melhor resultado.
O Porto Seco de Foz do Iguaçu também apresentou crescimento no movimento das saídas em outubro, com o registro de mais de 22,8 mil veículos, totalizando cerca de 45,71 mil movimentações no período, número 5,82% superior a outubro de 2021.
“A eficiência nas operações, o uso de tecnologia e o empenho das equipes têm garantido agilidade no processo e na circulação de veículos, fortalecendo a competitividade do comércio exterior brasileiro”, destacou o gerente geral de Operações das Fronteiras da Multilog, Francisco Damilano.
PORTOS SECOS DA MULTILOG
O desempenho do Porto Seco de Foz do Iguaçu puxou para cima os números dos cinco portos secos de fronteira sob concessão da Multilog. Segundo a concessionária, juntos contabilizaram a entrada recorde de cerca de 44,1 mil veículos, ante 41 mil no mês de setembro.
Além do valor registrado em Foz do Iguaçu, a Multilog destacou que houve o ingresso de 14,4 mil veículos no Porto Seco de Uruguaiana (RS), de 3,3 mil no Porto Seco de Jaguarão (RS), de 2,36 mil no Porto Seco de Dionísio Cerqueira (SC) e de 1,14 mil no Porto Seco de Santana do Livramento (RS).
AMPLIAÇÃO DA OPERAÇÃO
Além do recorde de movimentação, a Multilog lançou recentemente a pedra fundamental do Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu. Com um investimento de R$ 500 milhões, a unidade ampliará em 30% a capacidade de operação, com previsão de movimentar até dois mil caminhões por dia e gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.
Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/porto-seco-foz-do-iguacu-recorde-movimentacoes-outubro
Colômbia iniciará exportações de banana para a China em 2026.
Durante a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) 2025, realizada em Xangai de 5 a 10 de novembro, a Colômbia formalizou um acordo comercial com a China que permitirá o início das exportações de banana em 2026. O acordo faz parte de esforços mais amplos para diversificar os mercados de exportação da Colômbia e fortalecer o comércio agrícola com parceiros asiáticos.
Segundo o Ministério do Comércio da Colômbia, o acordo estabelece metas anuais de exportação de 15 mil toneladas de bananas, além de outros produtos agrícolas. O acordo surge na sequência da recente adesão da Colômbia à Iniciativa Cinturão e Rota da China, que visa aprofundar a cooperação bilateral em comércio e infraestrutura.
César Pachón, presidente da Agência de Desenvolvimento Rural da Colômbia (ADR), afirmou: “Acabamos de realizar uma degustação de café muito importante. Esta é a empresa que mais compra café aqui na China, com lojas em todo o mundo. Ela importa cerca de 80 mil toneladas por ano; agora vamos ver quanto podemos fornecer da Colômbia.” Ele observou que, no caso das bananas, uma empresa chinesa já solicitou 200 contêineres e que estão em andamento negociações sobre preços, quantidades e prazos de entrega.
O acordo também inclui o estabelecimento de uma rota marítima direta com a COSCO Shipping, a maior empresa de transporte marítimo da China, para reduzir os tempos de logística e melhorar a eficiência do transporte. As autoridades colombianas esperam que a rota aumente a competitividade, reduzindo os prazos de entrega para os mercados asiáticos.
Representantes da ADR afirmaram que o objetivo não é apenas aumentar o volume de exportações, mas também garantir que as comunidades rurais e os pequenos produtores estejam diretamente envolvidos na cadeia de suprimentos. O plano inclui a participação de grupos indígenas, afrodescendentes e historicamente marginalizados para assegurar benefícios equitativos em todas as regiões produtoras.
No entanto, a implementação do novo acordo comercial depende do cumprimento das exigências de importação da China. Os produtores colombianos precisarão cumprir rigorosos padrões de qualidade, sanitários e de rastreabilidade antes que os embarques possam começar. Esse processo inclui a certificação das fazendas, a modernização da infraestrutura e a melhoria da coordenação logística em toda a cadeia produtiva.
A rede logística também exige investimentos em instalações portuárias e sistemas de transporte para manter a competitividade em relação a outros países fornecedores de banana na região. A diferenciação de produtos, como a rotulagem baseada na origem e sistemas de produção rastreáveis, é considerada essencial para estabelecer uma presença de mercado a longo prazo na China.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que o novo acordo está alinhado aos esforços nacionais para diversificar as exportações agrícolas e promover programas legais de substituição de culturas. Ele declarou que a expansão das exportações para novos destinos apoiará o desenvolvimento econômico, reduzindo a dependência dos mercados tradicionais e das exportações de commodities agrícolas.
Fonte: https://www.freshplaza.com/north-america/article/9783336/colombia-to-start-banana-exports-to-china-in-2026/?utm_source=chatgpt.com
Cabotagem: Norsul adquire operação da Hidrovias do Brasil.
Em comunicado, empresa informou que a aquisição das duas embarcações mineraleiras ampliará a capacidade logística para quatro milhões de toneladas de granéis ao ano.
A Norsul anunciou que concluiu a compra da operação de cabotagem da Hidrovias do Brasil, companhia de logística integrada que oferece serviços portuários e de cabotagem na América do Sul. De acordo com a empresa, a aquisição foi direcionada ao negócio de transporte de bauxita entre Porto Trombetas e Barcarena, no Pará.
Com a transação, a Norsul incorpora duas embarcações do tipo mineraleiras (ore carriers) — Tambaqui e Tucunaré — ambas construídas no Brasil, com bandeira e tripulação nacional. Dessa forma, a companhia passa a operar integralmente a rota que abastece a refinaria da Alunorte e amplia o volume total transportado para quatro milhões de toneladas de granel por ano. O contrato com a produtora de alumina tem vigência até 2034.
As embarcações foram projetadas sob medida para as limitações da Bacia Amazônica com 245 metros de comprimento, 40 metros de boca e capacidade de 82 mil toneladas por viagem. Além disso, possui 12 metros de calado máximo, o que, segundo a companhia, garante eficiência logística e menor impacto ambiental, mesmo em trechos restritos do Rio Amazonas.
O diretor financeiro e de novos negócios da Norsul, Rodrigo Cuesta, afirmou que mais do que adquirir navios, a empresa está incorporando uma operação sólida, um contrato relevante e uma equipe altamente especializada.
“Essa aquisição reafirma nossa expertise de mais de 60 anos no mercado de navegação e reforça o compromisso de fortalecer o modal aquaviário nacional como uma solução valiosa para o desenvolvimento logístico do país. São ativos estratégicos, de longo prazo, que ampliam nossa competitividade e presença na região Norte”, destacou o executivo.
NORSUL NO MERCADO DE CABOTAGEM
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o mercado de cabotagem movimentou 110 milhões de toneladas em 2024 entre granéis líquidos, gasosos e sólidos, e segue em trajetória de crescimento médio anual de 2,4%
Para Rodrigo Cuesta, a cabotagem é um vetor essencial para o desenvolvimento da logística nacional. “Ao investir em frota e eficiência, contribuímos para o equilíbrio da matriz de transporte, para a redução de emissões no setor de logística e para a integração produtiva do país”, acrescentou.
Nos últimos anos, a Norsul afirmou que a estratégia da empresa se baseia na diversificação do portfólio para acelerar a expansão, mantendo crescimento médio de 19% em receita bruta na última década. Com um olhar atento ao mercado de navegação na costa brasileira, a Norsul encontra espaço para crescer.
Em 2023, a companhia firmou joint venture com a Hapag-Lloyd para a criação da Norcoast, dedicada à cabotagem e ao feeder de contêineres nos portos brasileiros. Já em 2024, adquiriu a embarcação Babitonga Bay, do tipo handysize (39 mil toneladas de porte bruto), e iniciou operações de bunkering ship-to-ship na costa brasileira. No mesmo ano, transportou 14,2 milhões de toneladas na cabotagem e registrou R$ 1,4 bilhão em receita líquida.
Segundo a Norsul, a compra da operação da Hidrovias do Brasil é mais um passo nessa trajetória de crescimento sustentável, diversificação de operações e fortalecimento no transporte marítimo nacional, configurando um investimento relevante com projeção de crescimento de receita no longo prazo.
SUSTENTABILIDADE NA NAVEGAÇÃO NACIONAL
A Norsul também divulgou que acelerou a agenda de descarbonização e inovação, investindo em softwares de eficiência energética baseados em IoT, otimização de propulsores com o “Propeller Boss Cap Fins”, uso de tintas e tecnologias anti-incrustantes em parceria com a Bioren e e aplicação de Inteligência Artificial para otimização de combustível.
A empresa também vem implantando sistemas solares em barcaças fundeadas, tratamento de água de lastro e o uso de combustíveis de baixo teor de enxofre. Desde 2020, é signatária da “Getting to Zero Coalition” e opera um sistema online de monitoramento das emissões atmosféricas, que integra dados de sensores e indicadores de intensidade de carbono (CII Rating).
A Norsul também integra o Programa de Logística Verde Brasil e conquistou o Selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol. “Vamos continuar investindo em operações estratégicas, inovação e excelência operacional, mantendo o compromisso com as pessoas e a sustentabilidade como pilares da nossa atuação”, reforçou Cuesta.
Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/norsul-operacao-hidrovias-brasil