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Quase 700 produtos não serão taxados pelos EUA (excetuam-se da sobretaxa de 50 %)

Em 30 de julho de 2025, foi assinada uma ordem executiva nos EUA que impõe uma tarifa de 50 % sobre produtos brasileiros, válida a partir de 6 de agosto. Entretanto, 694 itens foram isentos da medida.

  • Entre os alimentos excluídos da taxação, destacam-se:

    • Suco de laranja e polpa de laranja – congelado ou não, incluindo diferentes níveis de Brix, com destaque para exportações do Nordeste,

    • Castanha-do-pará (fresca ou seca),

  • Outros produtos estratégicos também ficaram de fora, como:

    • Celulose e polpa de madeira (tanto de coníferas quanto não coníferas)  

    • Aeronaves civis, motores, peças e componentes, mantendo exportações da Embraer sem a sobretaxa adicional

    • Combustíveis, minério de ferro, metais preciosos, energia e fertilizantes também foram excluídos da nova taxação.

  • Produtos que NÃO foram contemplados como isenção e sofrerão a sobretaxa de 50 % incluem: carne bovina, café, frutas (como manga) e carnes de pescado permanecendo sob tributação adicional.

  • Outra exceção prevista no decreto permite que cargas embarcadas e já em trânsito antes de 6 de agosto desembarquem até 5 de outubro de 2025 sem sofrer a nova alíquota.

Santa Catarina impulsiona exportações com novo Conselho de Comércio Exterior e Negócios Internacionais

No dia 30 de agosto de 2024, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) instituiu o CONCENI (Conselho de Comércio Exterior e Negócios Internacionais) para fortalecimento da rede de apoio a exportadoras catarinenses

O conselho integra os 15 Núcleos de Comércio Exterior da FACISC, que conectam mais de 320 empresas, e conta com representantes do governo estadual, dos portos (Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul), Sebrae, UFSC, Ministério da Agricultura e Receita Federal

Segundo Evaldo Niehues, diretor de Relações Internacionais da FACISC:

“O Conselho é um instrumento que vem para auxiliar o empresário e inseri‑lo no âmbito do comércio exterior” OCP 

O secretário Paulo Bornhausen, representando o governador Jorginho Mello, qualificou a iniciativa como estratégica para reforçar a vocação exportadora de SC, com foco especial em micro e pequenas empresas, por meio da articulação entre estado, portos, infraestrutura e logística,

O CONCENI faz parte do Programa Empreender, que estimula ações voltadas à melhoria de desempenho e competitividade via núcleos empresariais. Mariane Bergmann (coordenadora do programa) destacou a localização estratégica de SC com dois dos maiores portos do Brasil e infraestrutura aeroportuária reconhecida  como pontos-chave para a internacionalização local.

Fonte: sc.com.br

Pedidos dos EUA caem para 70% das exportadoras de SC, diz FIESC

Mesmo antes da entrada em vigor da tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, as indústrias exportadoras de Santa Catarina já sentem os impactos negativos da medida. Segundo pesquisa da FIESC, 69,23% das empresas respondentes relataram queda nos pedidos vindos de importadores norte-americanos, sinalizando perdas antecipadas.

Impacto imediato

  • 53,84% das empresas suspenderam embarques.

  • 38,46% tiveram pedidos renegociados por clientes dos EUA.

  • 17,7% concederam férias coletivas.

  • 72,1% estimam demissões nos próximos meses.

  • Apenas 27,9% não preveem cortes.

Previsão de perdas no faturamento

  • 51,2% esperam queda superior a 30%.

  • 21,7% estimam retração de 10 a 20%.

  • 20,9% esperam queda de até 10%.

  • 93,8% das empresas esperam perder receita.

Futuro incerto e preocupação com cadeia produtiva
A manutenção das tarifas pode afetar a capacidade de pagamento a fornecedores e credores — com impacto mais severo nas pequenas empresas.
A FIESC alerta para efeitos sociais e econômicos relevantes, destacando a urgência de medidas públicas para mitigar o impacto.

Diversificação de mercados
Apesar do cenário, 61,4% das indústrias já estão prospectando novos mercados para reduzir dependência dos EUA.

Produtos sob análise e isenções
A maioria dos principais produtos exportados por SC não está na lista de isentos.

  • Madeira e derivados (ex: móveis) ainda são tarifados enquanto seguem em investigação pela seção 232.

  • Veículos e autopeças seguem com tarifa global de 25%, sem nova sobretaxa.

 FIESC em articulação política
A entidade já se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin e iniciou articulações com o governo estadual para defender o setor exportador e propor soluções.

LOGÍSTICA

Panorama geral

  • O ano de 2024 foi marcado por instabilidade, e 2025 segue no mesmo ritmo, com fretes elevados mantendo-se acima da média mesmo após o fim da peak season.

  • O especialista Jackson Campos alerta que conflitos geopolíticos intensificam a pressão sobre as rotas comerciais, exigindo maior resiliência operacional.

 Impacto no Mar Vermelho

  • Os ataques à navegação no Mar Vermelho obrigam rotas a evitarem o Canal de Suez, exigindo desvios pelo Cabo da Boa Esperança.

  • Esse desvio resulta em incremento de mais de uma semana no tempo de trânsito, gerando atrasos e custos extras para fretes entre Ásia e Europa.

Perspectivas operacionais

  • Em meio a um cenário volátil, importadores e exportadores precisam se preparar para manter estoques de segurança maiores, assumir custos adicionais e buscar alternativas logísticas mais seguras e ágeis

Porto do Pecém inaugura rota direta com a China

Em abril de 2025, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará, lançou uma rota marítima direta da China ao Brasil, evitando rotas anteriores como o Cabo da Boa Esperança e o porto de Santos.

A nova rota passa pelo Oceano Pacífico, Canal do Panamá, chegando diretamente ao Porto do Pecém, com escalas em portos chineses como Yantian, Ningbo, Shanghai e Qingdao.

Redução de tempo e ganho logístico:

  • O tempo de transporte entre China e Pecém caiu de aproximadamente 60 para cerca de 30 dias, e o deslocamento de cargas brasileiras do Ceará à China encurtou em cerca de 14 dias.

  • A rota é operada pela Mediterranean Shipping Company (MSC) em parceria com a APM Terminals, sob o nome Serviço Santana.

Benefícios para o comércio brasileiro:

  • A nova rota traz mais agilidade e competitividade, beneficiando exportadores e importadores do Nordeste.

  • Para exportações: produtos como granito, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, calçados, têxteis e itens de e‑commerce ganham logística mais eficiente.

  • Para importações: facilitação na chegada de maquinário, aço, componentes elétricos e insumos industriais diretamente da China.

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