FECHAMENTO DO MERCADO 09/10/2025
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Petrobras prevê investimentos de R$ 2,6 bi no setor naval e de fertilizantes na Bahia
A Petrobras anunciou que planeja aplicar cerca de R$ 2,6 bilhões na Bahia ainda em 2025, com foco em dois eixos estratégicos: construção naval e fertilizantes nitrogenados.
Setor naval
- A maior parte dos recursos será destinada à construção de seis navios de apoio junto ao Estaleiro Enseada, em Maragogipe (BA).
- A petroleira já havia contratado essas embarcações, mas optou em setembro por diversificar os estaleiros e incluir o Enseada em suas encomendas.
- Entre outubro e novembro, será lançado edital para mais quatro barcos de apoio, elevando para 48 unidades contratadas ou em processo de contratação até o fim do ano.
Fertilizantes
- Petrobras pretende investir R$ 38 milhões em cada fábrica de fertilizantes nitrogenados nas unidades do Nordeste (uma na Bahia e outra em Sergipe).
- As fábricas que estavam arrendadas pela Unigel foram paralisadas em 2023 por inviabilidade resultante dos custos de gás natural. Agora, a retomada passou a ser viável graças à elevação da oferta de gás natural.
- A Petrobras firmou contrato de até cinco anos com a empresa Engeman para operação e manutenção, estimado em cerca de R$ 1 bilhão, para viabilizar a volta dessas unidades em 2026.
Contexto e impactos
- O retorno da Petrobras ao setor naval nacional marca uma quebra de hiato de oito anos sem contratações significativas de embarcações no Brasil.
- O investimento reflete um esforço em fortalecer cadeias produtivas estratégicas e gerar demanda para estaleiros regionais.
- Com a reativação das fábricas de fertilizantes, o Brasil pode reduzir dependência externa e estabilizar parte da cadeia agroquímica nacional.
Fonte: Forbes Brasil
Mercosul e Canadá retomam negociações para acordo comercial moderno e equilibrado
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da Secex, participou de uma nova rodada de negociações com o Canadá visando a formalização de um Acordo de Livre Comércio Mercosul-Canadá revisitado. A reunião, que se estende entre os dias 9 e 10 de outubro, busca atualizar compromissos conforme o cenário global.
Objetivos e temas em debate
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A proposta é desenvolver um acordo mais moderno, equilibrado e mutuamente benéfico, alinhado aos últimos tratados internacionais assinados pelo Mercosul. Comex do Brasil
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Participam chefes negociadores e equipes técnicas dos quatro países do Mercosul e do Canadá para revisar avanços, pendências e definir prioridades nos capítulos temáticos:
• Acesso a mercados
• Regras de origem
• Facilitação de comércio
• Barreiras técnicas
• Medidas sanitárias e fitossanitárias
• Serviços e investimentos
• Compras governamentais
• Propriedade intelectual
• Meio ambiente
• Concorrência, micro e pequenas empresas
• Trabalho, comércio, gênero e povos indígenas
Comércio bilateral Brasil-Canadá
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Em 2024, a corrente de comércio bilateral entre Brasil e Canadá atingiu US$ 9,1 bilhões. Comex do Brasil
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As exportações brasileiras ao Canadá somaram US$ 6,3 bilhões, com 91% desse total oriundo da indústria de transformação: alumínio, ouro, aço, máquinas e equipamentos, aeronaves e café.
Fonte: Comex do Brasil
Índia projeta custos logísticos próximos à casa dos “single digits” até dezembro de 2025
Destaques da matéria
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O Ministro de Transportes e Rodovias da Índia, Nitin Gadkari, afirmou que o país espera reduzir seus custos logísticos a cerca de 9 % até dezembro deste ano, o que elevaria margens das empresas e tornaria seus produtos mais competitivos no mercado externo.
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Gadkari citou estudo conjunto do IIM Bangalore e do IIT Chennai, que indicou que os custos logísticos já caíram em torno de 5-6 %, graças à expansão da malha rodoviária nacional.
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Ele também mencionou que o segmento de “warehouse → consumidor” registrou queda de 1,33 % nos custos.
Contexto e relevância
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Reduzir os custos logísticos para níveis “de dígitos simples” é uma meta ambiciosa que requer investimentos intensivos em infraestrutura, integração modal e eficiência operacional.
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Se concretizado, esse movimento pode servir como modelo para países que buscam tornar cadeias logísticas mais competitivas, com impacto direto no custo final das exportações.
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Para o Brasil, é importante acompanhar medidas semelhantes em grandes economias, pois aumentam a concorrência global e estabelecem novos padrões de eficiência logística.
Fonte: The Times of India
LOGÍSTICA
Safra de café do Sudeste chega ao fim e exportações ganham fôlego pelo Porto de Itaguaí
Com o encerramento oficial da safra 2024/25 na região Sudeste (em julho), o setor cafeeiro passa da fase de colheita para o impulso exportador. Tecnologística O Brasil, mantendo sua posição como maior produtor e exportador mundial, registrou uma safra de 55,7 milhões de sacas, apesar da bienalidade negativa e das condições climáticas adversas enfrentadas em estados como São Paulo e Minas Gerais.
Porto de Itaguaí como alternativa estratégica
O terminal Sepetiba Tecon, no Porto de Itaguaí, vem se consolidando como rota logística competitiva para os embarques de café, especialmente para destinos como China e Europa, graças a escalas semanais e boa infraestrutura.
Segundo seus gestores, o terminal oferece características favoráveis: acessos fora de grandes centros urbanos, portões com antecedência e capacidade para escoar volumes sem gargalos.
Entraves logísticos e prejuízos
Apesar do volume colhido, há sinais de perdas relevantes: em julho de 2025, mais de 508.732 sacas de café deixaram de ser exportadas, o equivalente a 1.542 contêineres, gerando um prejuízo cambial estimado em R$ 1,084 bilhão.
Um dos principais desafios são os atrasos e alterações nas escalas dos navios — 51% das embarcações sofreram problemas nos portos brasileiros no mês.
Considerações e perspectivas
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A migração de embarques para portos alternativos como Itaguaí pode aliviar a pressão sobre os grandes complexos portuários (Santos, Rio, etc.).
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A diversificação de rotas não apenas ajuda a evitar gargalos, mas também amplia a resiliência logística da cadeia cafeeira.
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Para manter competitividade, será essencial aprimorar conectividade (rodoviária e ferroviária), minimizar interferências urbanas e garantir previsibilidade nos agendamentos de navios.
Fonte: Tecnologística
ANTT inicia fiscalização online da tabela de frete a partir de 6 de outubro
A partir de 6 de outubro de 2025, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) passa a fiscalizar de forma eletrônica o cumprimento da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), por meio de novas validações no MDF-e.
O que muda com a fiscalização online
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A nova Nota Técnica 2025.001 determina que o MDF-e deve conter informações mais detalhadas: valores do frete, forma de pagamento, dados bancários do transportador, CIOT, entre outros. Também é obrigatório informar o NCM do produto predominante para operações de carga lotação, para calcular o piso mínimo aplicável.
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Se os dados declarados estiverem abaixo do piso mínimo ou forem inconsistentes, o sistema poderá rejeitar o MDF-e ou gerar notificação/autuação automática.
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A fiscalização passa a ser feita de forma automatizada e em tempo real, com cruzamento de dados entre MDF-e e tabela vigente de pisos mínimos.
Impactos e recomendações
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Transportadoras, embarcadores e especialistas em sistemas fiscais precisam revisar os processos de emissão do MDF-e, garantindo que todos os campos obrigatórios estejam corretamente preenchidos para evitar rejeições ou penalidades.
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Softwares de transporte, ERP e plataformas que gerem MDF-e terão que ser adaptados para atender às novas regras de layout e validação.
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O setor coopera tivo (cooperativas) já demonstra preocupação, especialmente porque as novas regras implicam maior risco de autuações automáticas.
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Para operações interestaduais ou internacionais (onde parte do trajeto roda sobre rodovias brasileiras), será fundamental que os fretes façam jus ao piso mínimo nacional, sob risco de penalizações.