FECHAMENTO DO MERCADO 14/08/2025
💵 Dólar Comercial: R$ 5,418 | +0,32%
💶 Euro: R$ 6,38 | -0,18%
💻 Nasdaq: 21.711,34 pts | -0,01%
🏛️ S&P 500: 6.468,27 pts | +0,03%
📉 Ibovespa: 136.355,78 pts | -0,24%
👞Demissões em massa na Usaflex afetam unidade de Campo Bom (RS)
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Corte de pessoal: Funcionários da unidade da Usaflex em Campo Bom, no Vale do Sinos, foram surpreendidos com demissões em massa na manhã desta quinta-feira (14).
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Motivo oficial: A empresa informou, em nota, que está promovendo “ajustes estratégicos em suas operações, incluindo uma readequação no quadro de funcionários”.
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Unidades em funcionamento: Todas as outras unidades da Usaflex permanecem ativas, incluindo fábricas em Igrejinha, Parobé, Dois Irmãos, além da unidade administrativa em São Paulo e o centro de distribuição em Serra/ES.
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Contexto econômico: Em entrevistas anteriores, o CEO Sergio Bocayuva mencionou que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos poderia impactar seriamente a indústria brasileira, aumentando o risco de falências e cortes de empregos.
Fonte: https://www.jornaldocomercio.com.br
🏭 Gerdau demite 1,5 mil funcionários e suspende parte dos investimentos no Brasil
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Corte de pessoal e investimentos: A Gerdau, uma das maiores produtoras de aço das Américas, anunciou a demissão de 1,5 mil funcionários no Brasil e a interrupção de parte dos investimentos programados, originalmente previstos em cerca de R$ 12 bilhões entre 2021 e 2026. (Mais Minas)
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Motivo: Segundo o presidente Gustavo Werneck, a decisão é motivada pela perda de competitividade da indústria nacional devido a altos custos operacionais, políticas públicas desfavoráveis e entrada de aço importado da China com subsídios que dificultam a competição em pé de igualdade.
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Críticas à política industrial: Werneck criticou incentivos à importação de carros elétricos sem exigência de conteúdo nacional, afirmando que a política atual favorece produtos chineses em detrimento da indústria brasileira.
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Impacto nas unidades brasileiras: A medida afetará diversas unidades no país, mas a Gerdau ainda não divulgou quais operações serão paralisadas ou redimensionadas. No Brasil, a empresa emprega cerca de 16 mil pessoas, sendo 35 mil globalmente.
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Investimentos internacionais: A companhia continuará projetos pontuais no Brasil, mas pretende concentrar seus principais investimentos nos Estados Unidos e em países da América Latina.
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Projeto Ouro Preto: Mesmo diante das dificuldades em outras unidades, a Gerdau mantém a expansão do Projeto Itabiritos, em Miguel Burnier (Ouro Preto), com aporte de R$ 3,2 bilhões e previsão de operação para o primeiro semestre de 2026. O projeto, com tecnologia de empilhamento a seco, vai produzir 5,5 milhões de toneladas de pellet feed por ano, reduzindo impactos ambientais e emissões de gases de efeito estufa.
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Repercussão: A decisão gerou críticas do setor produtivo e preocupação de trabalhadores e sindicatos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça a necessidade de políticas industriais eficazes para conter a desindustrialização e a perda de empregos.
Fonte: https://maisminas.org/
Arábia Saudita e Chile retomam importações de aves do Brasil
Arábia Saudita e Chile decidiram suspender as restrições comerciais impostas após o surto de gripe aviária ocorrido em maio no estado do Rio Grande do Sul. A Arábia Saudita encerrou sua proibição de importação de produtos avícolas do RS, enquanto o Chile voltará a receber ovos férteis, pintinhos de um dia, frango in natura e produtos processados brasileiros, desde que produzidos após 9 de agosto.
Isso foi confirmado por documentos oficiais trocados entre autoridades dos dois países, logo após uma visita de representantes chilenos ao Brasil, que reconheceram o estado do Rio Grande do Sul como livre da doença de Newcastle. Essa medida sinaliza um importante passo na reversão das barreiras comerciais que impactaram o setor após a crise sanitária. Para a indústria brasileira, especialmente para empresas como a BRF, essas flexibilizações representam alívio frente às exportações prejudicadas pelo surto.
ANTAQ e Receita Federal anunciam regras que otimizam a importação no Brasil
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ANTAQ redefine cobrança de sobrestadia (demurrage)
Via Acórdão nº 521/2025, a ANTAQ estabelece que a cobrança só será devida se o atraso no retorno do contêiner for responsabilidade do importador.
A contagem dos dias de sobrestadia é suspensa quando há tentativa frustrada de devolução — retomando apenas quando houver espaço disponível.
Em casos de força maior, o freetime poderá ser estendido, o que traz previsibilidade e segurança jurídica às operações. -
Receita Federal simplifica o Catálogo do Siscomex
Por meio do Comunicado Importação nº 074/2025, foram removidos 1.611 atributos opcionais do Catálogo de Produtos do Portal Único Siscomex — cerca de 70% do total.
A ação visa agilizar o preenchimento das informações fiscais, reduzindo o tempo e a complexidade da conformidade. Contudo, exige atenção redobrada na revisão dos cadastros. -
Expectativas e impactos no setor
Essas medidas representam um avanço regulatório que incentiva maior profissionalização das operações de comércio exterior no Brasil, com ganhos reais para quem estiver preparado.
A governança de dados, visibilidade operacional e controle sobre prazos de contêineres e freetime serão cruciais para evitar custos indevidos e aproveitar os benefícios.
Fonte: Guia MarítimoGrandes Construçõesps.com.br
LOGÍSTICA
Com o objetivo de manter a eficiência, impulsionar operações e contribuir para o desenvolvimento sustentável do segmento portuário, a Portonave, primeiro terminal privado de contêineres do país, iniciou as operações de uma Reach Stacker (empilhadeira para movimentação de contêineres) 100% elétrica a primeira adquirida do Brasil. A máquina faz parte de um pacote de investimento de R$ 439 milhões de novos equipamentos, anunciado em abril deste ano pela empresa.
A aquisição foi realizada por meio do regime tributário “Reporto”, que incentiva o desenvolvimento e a modernização dos portos nacionais. Segundo o dado mais recente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o Terminal Portuário é o mais eficiente entre todos os portos brasileiros; resultado de uma infraestrutura moderna e profissionais qualificados. O novo equipamento também oferece maior segurança e bem-estar, com recursos tecnológicos.
Integrante do plano de descarbonização da Portonave, a Reach Stacker 100% elétrica não emite, diretamente, dióxido de carbono (CO₂), gás de efeito estufa, e outros poluentes atmosféricos, como óxido de nitrogênio (NOx) e óxido de enxofre (SOx). O investimento foi de R$ 3,8 milhões, com aquisição realizada em outubro de 2024 e início das operações em julho deste ano. Entre os recursos de segurança estão câmeras 360°, sistema de detecção de obstáculos, bafômetro obrigatório para liberação do equipamento e redução significativa de ruído.
Fabricada pela Shanghai Zhenhua Heavy Industries (ZPCM), da China, a máquina possui capacidade de empilhar até seis contêineres de 45 toneladas. A bateria tem autonomia de operação por oito horas contínuas. Ao atingir 20% de bateria, o sistema alerta o operador, que dirige até a base de recarga, onde a empilhadeira é recarregada por cerca de 1 hora e 20 minutos.
Fonte: Jornal de Navegantes
🇧🇷🤝🇨🇳 Brasil e China firmam memorando para fortalecer logística e desenvolvimento regional
Em 11 de agosto de 2025, o governo federal brasileiro assinou, em Pequim, um Memorando de Entendimento com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China. O acordo visa estabelecer novas bases para a cooperação em políticas de desenvolvimento regional, com foco em infraestrutura logística, inovação e comércio de produtos regionais. A iniciativa integra a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China, anunciada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, com planejamento para os próximos 50 anos de relações bilaterais.
Na área logística, o objetivo é alinhar a iniciativa chinesa Cinturão e Rota com programas brasileiros como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano de Transformação Ecológica. Esses programas visam ampliar a conectividade entre regiões brasileiras e países vizinhos por meio de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos, além de modernizar a indústria e estimular cadeias produtivas dependentes de logística eficiente.
O memorando também define áreas prioritárias para a cooperação, incluindo a colaboração entre governos locais, inovação regional, otimização da distribuição de atividades produtivas, governança ecológica de biomas e bacias hidrográficas, além da realização de seminários temáticos. Estão previstos estudos de caso, visitas técnicas e capacitações para gestores brasileiros e chineses.
Segundo o ministro Waldez Góes, o acordo busca reduzir desigualdades territoriais e promover crescimento equilibrado entre as regiões dos dois países. O vice-ministro chinês Wang Changlin destacou a importância de aprofundar o diálogo sobre infraestrutura, desenvolvimento verde e inovação tecnológica, e anunciou convite para que 24 representantes da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento participem, em 2026, de um seminário na China sobre desenvolvimento econômico, em parceria com o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.
O acordo também contempla possibilidades de ampliar o comércio de produtos da bioeconomia brasileira, incluindo açaí, cupuaçu, cacau, azeite e coco, com foco em mercados do Nordeste e da Amazônia. A articulação entre programas nacionais e a iniciativa Cinturão e Rota pode facilitar investimentos e acelerar obras de integração física, fortalecendo corredores logísticos internos e internacionais estratégicos para o desenvolvimento regional e para a competitividade no comércio exterior.
Fonte: Tecnologística
🇺🇸 Decreto americano com exceções mantém incertezas para a logística no Brasil
O recente decreto dos EUA, que impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, trouxe cerca de 700 exceções, mas ainda afeta significativamente o setor logístico brasileiro. Produtos como café, carnes, cacau e alguns itens alimentícios continuam sujeitos à tarifa, impactando diretamente o transporte rodoviário de cargas. O Porto de Santos, por exemplo, pode registrar queda no volume de cargas desses segmentos já no segundo semestre de 2025, refletindo em rotas menos movimentadas, caminhões parados e pressão sobre o frete.
Apesar das exceções, o peso econômico dos produtos atingidos permanece considerável, com risco de redução na margem de rentabilidade de operações exportadoras, renegociação de contratos internacionais e suspensão de embarques. Esses fatores interferem diretamente na rotina logística brasileira, aumentando o custo por quilômetro rodado, pressionando as margens operacionais das empresas de transporte e podendo levar à retração de postos de trabalho no setor.
Entidades ligadas à indústria e ao agronegócio demonstraram preocupação com o efeito em cadeia da medida americana, que pode levar o governo brasileiro a adotar ações de reciprocidade, afetando também a importação de peças, combustíveis e insumos estratégicos para o transporte rodoviário de cargas. Em um setor que já lida com desafios como o custo do diesel, a renovação de frota e a segurança nas estradas, qualquer fator adicional de instabilidade compromete não só a operação, mas também a capacidade de planejamento das empresas.
Fonte: Comex do Brasil
Ministério destaca Itajaí no balanço do “melhor semestre da história” dos portos brasileiros
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Porto de Itajaí registra crescimento recorde de 1 494,58%: No primeiro semestre de 2025, o terminal movimentou impressionantes 1,7 milhão de toneladas, um salto em relação às apenas 104.144 toneladas processadas no mesmo período de 2024.
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Melhor semestre histórico para os portos brasileiros: A movimentação total atingiu 653,7 milhões de toneladas, o maior volume para os primeiros seis meses do ano desde que se tem registro.
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O ministério atribui esse desempenho ao estímulo à expansão comercial e aos investimentos federais — além da reativação do complexo portuário de Itajaí, que estava praticamente inativo desde o final de 2022.
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Pacote de investimentos previsto: Em maio, durante um evento com o presidente Lula em Itajaí, foram anunciados investimentos de R$ 844 milhões até 2030, contemplando dragagem do rio Itajaí-Açu, readequação do molhe de Navegantes, nova bacia de evolução e construção de píer para navios de cruzeiro.
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Autonomia administrativa em pauta: Está em elaboração a criação de uma Autoridade Portuária própria para Itajaí, com gestão independente, substituindo a atual administração vinculada à Autoridade Portuária de Santos.
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Cargas conteinerizadas impulsionam alta geral: A elevação no volume movimentado foi puxada principalmente por contêineres e granéis sólidos.