FECHAMENTO DO MERCADO 14/10/2025

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ANATC alerta: fiscalização reforçada do piso mínimo de frete pode gerar efeitos adversos ao transporte rodoviário de carga

A recente decisão da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) de ampliar os mecanismos de fiscalização do piso mínimo de frete reacendeu o debate entre transportadoras e entidades do setor.

“A interferência estatal no livre mercado vai provocar um desequilíbrio. Quando preços irreais de frete é imposto, por mais que pareça positivo, pode levar contratantes a comprar caminhões ou escolher determinadas empresas para executar os serviços. Como o valor do frete é por eixo, veículos com menos eixos serão preteridos, encarecendo o preço por tonelada da carga”, ressalta Carley Welter, diretor de Relações Institucionais da ANATC.

A medida prevê novas validações no MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) e tem como objetivo aumentar a transparência nas operações e coibir práticas consideradas predatórias.

No entanto, a ANATC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) demonstra preocupação. A entidade alerta para possíveis impactos negativos sobre a sustentabilidade e a competitividade do transporte rodoviário de cargas, responsável por por 80% das movimentações do agronegócio e 60% das movimentações do país.

Divulgada em julho do ano passado, a iniciativa da ANTT altera o layout do MDF-e por meio da Nota Técnica 2025.001.

O documento estabelece novas exigências para as transportadoras, como o preenchimento obrigatório do valor do frete e dos dados bancários do transportador. Também passa a ser obrigatória a inclusão do código fiscal da mercadoria predominante (NCM).

Além disso, haverá cruzamento automático dessas informações com a base de pisos mínimos definida pela própria agência.

O objetivo é identificar operações contratadas abaixo do valor regulamentado.

De acordo com a ANTT, as mudanças vão permitir maior precisão no controle eletrônico. A expectativa é reduzir irregularidades que afetam motoristas autônomos. A norma entrou em vigor em 6 de outubro passado

Para a ANATC, contudo, a iniciativa pode gerar efeitos colaterais importantes.

A entidade, que representa empresas e operadores do transporte rodoviário de carga em todo o país, afirma que a nova regulamentação poderá reduzir, drasticamente, a oferta de cargas, dificultando ainda mais para as empresas do setor, atingindo diretamente caminhoneiros autônomos e pequenas empresas.

Pequenas e médias transportadoras, sem estrutura tecnológica adequada, podem ter dificuldades para adaptar seus sistemas.

Entre as principais preocupações da ANATC está a viabilidade econômica de determinados trajetos.

Em rotas de longa distância ou de baixa demanda, o piso mínimo pode se tornar uma barreira para a operação. Isso é especialmente preocupante diante da alta dos custos de combustível, pedágios e manutenção.

Nessas situações, transportadoras poderiam ser forçadas a abandonar determinadas rotas, o que impactaria o abastecimento e a logística de regiões menos atendidas.

A associação também chama atenção para o aumento da burocracia. As novas exigências de detalhamento fiscal e contratual podem tornar o processo mais lento e complexo. Isso reduz a agilidade nas entregas e amplia a carga administrativa das empresas.

O excesso de formalização, avalia a entidade, pode gerar o efeito oposto ao desejado: diminuir a eficiência logística e a competitividade do setor.

Outro ponto de preocupação é o possível desestímulo a novos entrantes no mercado. Startups e pequenas transportadoras que apostam em tecnologia e inovação podem ser as mais afetadas.

A política do piso mínimo de frete, criada após a greve dos caminhoneiros de 2018, busca evitar contratações abaixo do custo operacional.

Essa prática poderia levar à precarização do trabalho e à inviabilidade econômica de pequenos transportadores.

A ANTT defende que a atualização tecnológica dos sistemas é essencial para garantir equidade e segurança jurídica nas relações comerciais do setor.

ANATC, entretanto, defende que a implementação das novas regras ocorra de forma gradual e com diálogo permanente com o setor produtivo.

A intensificação da fiscalização do piso mínimo de frete representa, para muitos analistas, um avanço na modernização regulatória do transporte rodoviário de cargas no Brasil.

Mas a ANATC alerta: sem calibragem adequada, o excesso de rigor pode comprometer a eficiência, a diversidade e a sustentabilidade de um setor responsável por mais de 60% da movimentação de mercadorias no país.

O desafio, agora, será equilibrar o combate às distorções de mercado com a preservação de um ambiente competitivo e operacionalmente viável para empresas de todos os portes.

Fonte: https://anatc.com.br/

 

Transporte de cargas cresce 40% acima do pré-pandemia

O transporte de cargas no Brasil atingiu em agosto um nível quase 40% superior ao registrado antes da pandemia de Covid-19, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que a atividade subiu 0,6% em relação a julho, marcando o quarto mês seguido de crescimento e um ganho acumulado de 2,4%.

De acordo com o Valor Econômico, o desempenho é fortemente influenciado pela agricultura em 2025. O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, destacou que esse movimento reflete tanto o aumento do transporte de insumos agrícolas, como fertilizantes, quanto o escoamento da produção.

Desempenho no transporte de cargas

O setor se mantém em patamar 38,7% acima de fevereiro de 2020, período imediatamente anterior à pandemia. Apesar disso, ainda está 4% abaixo do pico histórico registrado em julho de 2023, quando atingiu seu nível mais alto da série.

Passageiros também apresentam alta

O transporte de passageiros também teve crescimento em agosto, com avanço de 0,3% em relação ao mês anterior, após ter recuado 2,2% em julho. Na comparação com o período pré-pandemia, a atividade está 9,9% acima, mas continua distante do recorde da série, de fevereiro de 2014, quando o volume era 15,6% maior que o atual.

O levantamento reforça a recuperação do setor de transportes, com destaque para a resiliência do segmento de cargas, que vem sustentando índices positivos ao longo de 2025, em sintonia com a expansão do agronegócio.

Fonte: https://www.brasil247.com/negocios/transporte-de-cargas-cresce-40-acima-do-pre-pandemia

 

MPor participa de fórum de soluções sobre o futuro da logística e da inovação no setor portuário do Rio de Janeiro

Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) participou, nesta terça-feira (14), do Fórum de Soluções Comexlog RJ 2025, um dos principais eventos de comércio exterior e logística do estado do Rio de Janeiro. Realizado no Armazém 1 do Píer Mauá, o encontro reuniu autoridades federais, estaduais e municipais, além de empresários e operadores dos setores portuário e de infraestrutura de todo o Brasil.

Representando o ministério, o diretor de Políticas Setoriais, Planejamento e Inovação, Tetsu Koike, destacou a importância do evento para alinhar as políticas federais às necessidades do estado. “O objetivo é justamente trazer o olhar sobre a logística, o comércio exterior e a infraestrutura para o Rio de Janeiro e como isso pode e deve se conectar com as políticas que o Ministério de Portos e Aeroportos tem realizado em prol do estado”, afirmou.

O fórum serve de palco para a 5ª edição da “Caravana da Inovação Portuária”, uma iniciativa promovida pelo MPor em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Hub de Inovação Brasil Export.

A programação de hoje foi dedicada a debater os cenários atual e futuro do comércio exterior e da logística no estado. As mesas de discussão abordaram temas como o papel do “Rio de Janeiro como Hub Logístico do Futuro”, a inserção de pequenas e médias empresas no mercado internacional, o posicionamento do estado nas novas rotas do comércio marítimo global e os desafios da segurança e integração modal no território fluminense.

O segundo dia será inteiramente dedicado à edição especial da “Caravana da Inovação Portuária”, uma imersão no futuro do Porto do Rio de Janeiro, conduzida pelo MPor e pela Antaq. A agenda inclui painéis sobre a criação de uma cultura de inovação nas organizações, o uso de novas tecnologias na segurança pública portuária e os instrumentos de financiamento para projetos inovadores.

Fonte: https://www.gov.br/portos-e-aeroportos/pt-br/assuntos/noticias/2025/10/mpor-participa-de-forum-de-solucoes-sobre-o-futuro-da-logistica-e-da-inovacao-no-setor-portuario-do-rio-de-janeiro

 

Tarifaço provoca mudanças em mercados e pauta de exportações, mostra FGV

Vendas brasileiras de produtos de carne e de café permaneceram compensando a perda para o mercado dos Estados Unidos com um aumento das vendas para o restante do mundo

tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos exportados pelo Brasil tem provocado mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações.

A avaliação é do relatório do Icomex (Indicador de Comércio Exterior) divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

As vendas brasileiras de produtos de carne e de café permaneceram compensando a perda para o mercado dos Estados Unidos com um aumento das vendas para o restante do mundo. Em setembro, alguns produtos de madeira e de fumo também registraram aumento nas vendas para o restante do mundo.

“Os efeitos do tarifaço provocam mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações. A fase ainda é de transição, podendo esse cenário mudar se as negociações entre Brasil e Estados Unidos conseguirem chegar a um desfecho positivo. Em negociação, o desafio é que cada participante quer mostrar ganhos e/ou que as concessões oferecidas são compensadas com benefícios. Dado o grau de assimetria dessa negociação, o maior desafio é para o Brasil”, frisou o relatório do Icomex.

Em setembro de 2025, as exportações brasileiras aumentaram 7,2% em valor em relação a setembro de 2024.

Em volume, o avanço foi de 9,6% no período. Já as importações cresceram 17,7% em valor em setembro de 2025 ante igual mês de 2024, enquanto o avanço em volume foi de 16,2%.

No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou um volume 3,5% maior que no mesmo período do ano anterior, enquanto o crescimento na importação foi de 9,4%.

A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 3 bilhões em setembro. No acumulado do ano até nono mês, houve superávit de US$ 45,5 bilhões, US$ 13,2 bilhões a menos que em igual período de 2024.

Em setembro deste ano, ante setembro do ano passado, o crescimento do volume exportado pelo Brasil foi puxado por avanços nas vendas para a Argentina (+22,0%), China (+15,0%) e União Europeia (+5,7%). No acumulado até setembro, o volume exportado para a Argentina saltou 48,9%, e para a China, 5,8%.

“A diferença é que a China explicou 28% das exportações brasileiras e a Argentina 5,9%. Os Estados Unidos, com uma participação de 8,4% em setembro, registraram queda de 19,1% (mensal) no volume e no acumulado até setembro de 0,8%”, ponderou a FGV.

O volume exportado para os Estados Unidos, China e União Europeia explicaram 40% de todas as exportações brasileiras em setembro.

“A trajetória de queda da variação das exportações para os Estados Unidos foi compensada em parte pelo aumento das exportações para a China”, frisou o relatório do Icomex.

Segundo o levantamento, os aumentos em volume nas remessas para a Ásia (sem a China), América do Sul (sem a Argentina) e o México, a partir de julho, “sugerem ganhos em outros mercados que compensam as perdas nos Estados Unidos”.

“Não destacamos a Argentina, pois as exportações para esse país têm crescido a taxas acima de 40%, desde o início do ano, explicadas pelo desempenho do setor automotivo. Em setembro, foi registrada a menor variação, +22%, o que indicaria uma desaceleração dessa trajetória com a piora das condições econômicas do país”, explicou o Icomex.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tarifaco-promova-mudancas-em-mercados-e-pauta-de-exportacoes-mostra-fgv/#goog_rewarded

 

BNDES aprova R$ 1,6 bilhão em tempo recorde para empresas ampliarem exportações e buscarem novos mercados

 

BNDES acelera liberações e apoia empresas afetadas por tarifas dos EUA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em tempo recorde, R$ 1,6 bilhão em crédito para empresas brasileiras ampliarem sua presença internacional e reduzirem os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

Os financiamentos fazem parte do Plano Brasil Soberano, e tiveram um tempo médio de análise e aprovação de apenas 18 dias, bem abaixo dos 60 dias tradicionais da instituição.

Segundo o banco, a agilidade faz parte do esforço para garantir competitividade às exportações nacionais e fortalecer a presença do Brasil em novos mercados globais.

Café, açúcar e equipamentos elétricos lideram aprovações

Ao todo, foram 47 operações aprovadas na linha Giro Diversificação, destinada a apoiar empresas na busca de novos destinos comerciais.

Entre os destaques estão:

  • Setor de café: R$ 108,9 milhões;
  • Açúcar: R$ 220 milhões;
  • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões;
  • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões;
  • Utensílios domésticos e industriais: R$ 79,5 milhões.
    BNDES acelera liberações e apoia empresas afetadas por tarifas dos EUA

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em tempo recorde, R$ 1,6 bilhão em crédito para empresas brasileiras ampliarem sua presença internacional e reduzirem os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

    Os financiamentos fazem parte do Plano Brasil Soberano, e tiveram um tempo médio de análise e aprovação de apenas 18 dias, bem abaixo dos 60 dias tradicionais da instituição.

    Segundo o banco, a agilidade faz parte do esforço para garantir competitividade às exportações nacionais e fortalecer a presença do Brasil em novos mercados globais.

    Café, açúcar e equipamentos elétricos lideram aprovações

    Ao todo, foram 47 operações aprovadas na linha Giro Diversificação, destinada a apoiar empresas na busca de novos destinos comerciais.

    Entre os destaques estão:

    • Setor de café: R$ 108,9 milhões;
    • Açúcar: R$ 220 milhões;
    • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões;
    • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões;
    • Utensílios domésticos e industriais: R$ 79,5 milhões.
    Os financiamentos buscam impulsionar as exportações brasileiras em meio a um cenário de maior competição internacional, contribuindo para a diversificação da pauta exportadora e o fortalecimento da indústria nacional.
    Novos destinos e expansão global das exportações brasileiras

    Os recursos aprovados vão beneficiar empresas que pretendem expandir suas operações para novos mercados, incluindo Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

    Essa diversificação de destinos representa um passo estratégico para reduzir a dependência de mercados tradicionais e ampliar as oportunidades comerciais do Brasil.

    Mais R$ 2 bilhões em análise no BNDES

    De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o desempenho reflete o comprometimento dos técnicos do banco em atender às diretrizes do governo federal e garantir apoio rápido às empresas brasileiras.

    “A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. E o trabalho não para. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no Banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, afirmou Mercadante.

    As novas propostas seguem em avaliação e devem ampliar o alcance do programa nos próximos meses, reforçando o papel do BNDES como agente de fomento ao comércio exterior e à reindustrialização nacional.

Fonte: https://radardigitalbrasilia.com.br/agronegocio/bndes-aprova-r-16-bilhao-em-tempo-recorde-para-empresas-ampliarem-exportacoes-e-buscarem-novos-mercados/

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