FECHAMENTO DO MERCADO 18/11/2025


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Com recorde histórico, Porto de Santos conecta passado, presente e futuro do transporte nacional.

Fundação Memória do Transporte (FuMTran) resgata trajetória do maior porto de cargas da América Latina, que apenas em 2024 movimentou 180 milhões de toneladas

De 124 mil toneladas em 1892 para quase 180 milhões em 2024, trajetória do porto reflete a evolução do transporte nacional

O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina e principal porta de entrada e saída do comércio exterior brasileiro, alcançou um marco histórico em setembro: mais de 17,5 milhões de toneladas movimentadas em um único mês, de acordo com dados da Autoridade Portuária de Santos (APS). O recorde consolida a posição estratégica do terminal paulista como motor logístico do país e reflete a evolução contínua de uma infraestrutura que, há mais de um século, impulsiona o desenvolvimento econômico do Brasil.

Inaugurado oficialmente em 1892, o Porto de Santos é considerado o berço da modernização logística do país. Foi a partir de suas docas que o Brasil viveu o auge do Ciclo do Café, impulsionou a industrialização paulista e abriu caminho para a integração entre modais que hoje sustentam a economia nacional. Ao longo dos séculos, o porto se transformou em sinônimo de progresso e conexão com o mundo.

Para Antonio Luiz Leite, presidente da Fundação Memória do Transporte (FuMTran), o recorde histórico de movimentação de cargas no Porto de Santos representa não apenas um marco operacional, mas também um símbolo da trajetória centenária de modernização e relevância econômica desse porto, que há mais de 130 anos é o principal elo entre o Brasil e o comércio internacional. “Desde sua inauguração, o Porto de Santos acompanhou a evolução do país, primeiro como escoadouro do café e, depois, como plataforma para a exportação de produtos industrializados, agrícolas e minerais. O novo recorde de cargas simboliza a continuidade de um ciclo de crescimento e adaptação: o Porto de Santos permanece como o coração logístico do país”, destaca Leite.

O acervo da FuMTran guarda registros valiosos sobre essa evolução: fotografias, documentos, publicações e depoimentos que mostram desde as antigas operações manuais do fim do século XIX até a era dos terminais automatizados e do comércio globalizado. “Preservar a memória é essencial para entendermos como o Brasil construiu sua infraestrutura logística e para inspirar novas soluções de transporte. Quando você sabe de onde vem, começa a descobrir para onde vai. Conhecer e estudar o passado nos ajuda a compreender o presente e possibilita planejar um futuro melhor para a infraestrutura portuária brasileira”, complementa o presidente.

Uma linha do tempo ajuda a dimensionar a evolução impressionante do Porto de Santos. De acordo com dados da APS e registros históricos compilados pela Revista Portos e Navios, em 1892, ano da inauguração organizada do porto, foram movimentadas cerca de 124 mil toneladas de carga. Naquele período, o transporte era majoritariamente manual e restrito a produtos como café, açúcar e algodão, que impulsionaram a economia paulista e o crescimento do comércio marítimo brasileiro.

Mais de 130 anos depois, o contraste é expressivo: segundo a APS, o porto encerrou 2024 com cerca de 179,8 milhões de toneladas movimentadas ao longo do ano, número que reafirma sua posição como o maior complexo portuário da América Latina. A comparação revela o salto tecnológico e logístico do setor, evidenciando histórico de Santos como ponto de convergência entre a memória do transporte e o desenvolvimento econômico do país.

Uma recente apuração da APS mostra que, no primeiro semestre de 2025, o Porto de Santos movimentou cerca de 29,61 milhões de toneladas de soja (grãos e farelo), o principal produto entre todos os tipos de carga, seguido por açúcar e celulose. “A predominância da soja evidencia o papel histórico e atual do porto como porta de escoamento do agronegócio brasileiro e liga diretamente sua operação moderna ao ciclo econômico que se iniciou há mais de um século”, diz Antonio Luiz Leite.

A imposição de tarifas adicionais por parte dos Estados Unidos ao Brasil, anunciadas em meados de 2025 também influenciou o fluxo de cargas no Porto de Santos. Segundo a APS, produtores aceleraram embarques após a elevação das alíquotas americanas que passaram a incidir sobre diversos produtos brasileiros como café, carne e açúcar, o que provocou uma espécie de “corrida de carga” para aproveitar janelas de exportação antes das novas taxas.

Antonio Luiz Leite ressalta que o futuro do Porto de Santos dependerá de sua capacidade de equilibrar eficiência e sustentabilidade. “Os desafios estruturais e ambientais exigem planejamento e investimento, mas as oportunidades tecnológicas e estratégicas podem consolidar o porto como símbolo de uma nova era da logística brasileira, mais moderna, interconectada e global. Revisitar sua história é também reconhecer o esforço de gerações que ajudaram a construir um dos maiores legados logísticos do país”, conclui Leite.

Sobre a FuMTran – Fundação Memória do Transporte

A FuMTran – Fundação Memória do Transporte – nasceu em março de 1996, instituída pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), com a missão de preservar e divulgar a memória, a história e a cultura do transporte brasileiro em todas as modalidades. Seus objetivos envolvem organizar, preservar e tornar acessíveis os registros históricos da atividade dos transportes. A entidade tem, ainda, a missão de contribuir para a manutenção do patrimônio histórico-cultural do Brasil por meio da conservação da memória e da cultura do transporte brasileiro em todos os modais – rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário –, seja de carga ou de passageiros, mais a infraestrutura e a logística, tornando-os acessíveis à população. Os projetos de memória, acervo e portal são perenes, um processo contínuo, um trabalho sem fim.

Fonte: https://www.segs.com.br/demais/434870-com-recorde-historico-porto-de-santos-conecta-passado-presente-e-futuro-do-transporte-nacional?utm_source=chatgpt.com

 

R$ 1 bi e 1 mil empregos: maior investimento da história da WEG tem destino confirmado em SC.

Guaramirim, no Norte catarinense, foi eleita a nova sede do maior investimento já realizado pela WEG desde sua fundação.

A cidade de Guaramirim, no Norte catarinense, foi eleita a nova sede do maior investimento já realizado pela WEG desde sua fundação. A multinacional de Jaraguá do Sul decidiu instalar no município o novo parque industrial avaliado em R$ 900 milhões, considerado estratégico para ampliar a capacidade de produção de equipamentos de grande porte voltados ao mercado global.

A definição ocorreu durante reunião entre a diretoria da empresa e o prefeito Adriano Zimmermann, nesta segunda-feira (17). A prefeitura fará coletiva de imprensa às 13h30 para detalhar a instalação da empresa.

Conhecida como fábrica de bilionários, a WEG provocou uma corrida para saber qual cidade da região seria escolhida para abrigar a mega estrutura. Guaramirim, Schroeder, Araquari e Massaranduba lideravam as apostas, tudo porque os municípios ficam próximos a Jaraguá e contam com trabalhadores qualificados e logística, a exemplo das BRs 280, 101, e portos.

A escolhida vai receber a nova unidade com 35 mil metros quadrados no bairro Poço Grande, cerca de 16 km da sede da WEG em Jaraguá do Sul. A previsão de início das obras é para os próximos meses e a operação industrial deve começar em 2028.

A administração municipal deve investir R$ 4 milhões na construção de um acesso viário exclusivo para o novo parque industrial. A multinacional estima que os equipamentos fabricados no município sejam exportados para países da América, Europa, Ásia e Oriente Médio, ampliando a presença internacional de Santa Catarina no setor energético.

Mil vagas diretas e nova fronteira tecnológica

A fábrica deve gerar 1 mil empregos diretos e outros 3 mil indiretos, transformando o cenário econômico da cidade. O complexo será especializado em tecnologias de alta eficiência energética, incluindo equipamentos inéditos no portfólio da WEG.

Estão previstos para produção compensadores, turbogeradores e motores de alta rotação, além de componentes hidráulicos para geração de energia, produtos de grande porte projetados para concorrer com indústrias da China e Europa.

Fatores que levaram Guaramirim à escolha

A decisão pela cidade levou em conta critérios logísticos e estratégicos, como:

  • Proximidade com Jaraguá do Sul, onde está a matriz;
  • Acesso facilitado às BRs 101 e 280;
  • Ligação com portos da região Norte de Santa Catarina;
  • Oferta de mão de obra qualificada.

O parque industrial faz parte de um pacote de investimentos da WEG, que inclui ainda ampliações em Jaraguá do Sul, totalizando R$ 1,1 bilhão até 2028. Com o novo complexo, Guaramirim entra na rota global de inovação industrial, fortalecendo o Norte do estado como um dos maiores polos industriais do Brasil.

Fonte: https://ndmais.com.br/economia/negocios/weg-confirma-cidade-escolhida-para-nova-sede-em-sc/

 

Brasil busca ampliar número de frigoríficos aptos a exportar para a Indonésia.

Mais de 30 empresários brasileiros do ramo de carne bovina estão em Jacarta, capital da Indonésia, com o propósito de expandir as relações comerciais entre os dois países.


Atualmente, uma lista com 40 frigoríficos aguarda autorização das autoridades locais para iniciar as exportações. Caso todos sejam aprovados, o número de unidades aptas a vender carne ao país asiático mais que dobrará, hoje são 38 plantas certificadas.

As vendas seguem as normas halal, em conformidade com a legislação islâmica, requisito essencial para o consumo muçulmano.

Crescimento expressivo nas exportações brasileiras

Desde a abertura do mercado em 2019, quando havia apenas 11 unidades habilitadas, o número cresceu para 38 frigoríficos.
As exportações acompanharam esse avanço: entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil já enviou 16,7 mil toneladas de carne bovina à Indonésia, superando o total dos dois anos anteriores (11,4 mil toneladas em 2024 e 2,7 mil em 2023).


Essas negociações movimentaram mais de US$ 76 milhões, mas o país almeja resultados ainda maiores.


Novas oportunidades e ampliação de produtos

Indonésia recentemente liberou a compra de carne bovina com osso, miúdos, produtos processados e preparações de carne, o que amplia o portfólio de exportações brasileiras.

governo federal e o setor produtivo esperam que uma nova missão técnica seja enviada ainda em 2025 para auditar e validar as plantas que aguardam liberação.


Brasil se consolida entre os principais fornecedores

Brasil já ocupa o terceiro lugar entre os maiores exportadores de carne bovina para a Indonésia — atrás apenas de Austrália e Índia, e à frente dos Estados Unidos.

Com o crescimento das vendas, a Indonésia entrou para o top 20 destinos da carne brasileira.
Um destaque do mercado indonésio é o valor pago por tonelada, de US$ 4.941acima da média de outros países compradores.


Expectativas do setor e desafios tarifários

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec)Roberto Perosa, destacou que a demanda externa é intensa.
Em reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e empresários em Jacarta (23/10), Perosa lembrou que diversas empresas aguardam apenas trâmites burocráticos para receber a aprovação final do governo indonésio.

Indonésia é vista como um mercado estratégico por abrigar a maior população muçulmana do planeta, com 270 milhões de habitantes, além de apresentar crescimento econômico e aumento no consumo de proteínas.
Há grande interesse em expandir as vendas de carnes premium e industrializadas, o que ajudaria na diversificação das exportações brasileiras no sudeste asiático.

Um dos entraves é a tarifa de 30% sobre produtos industrializados, tripas e derivados bovinos, enquanto a taxa para carne resfriada, congelada e miúdos é de 5%.


Carne brasileira: qualidade e competitividade

O objetivo é fortalecer a imagem da carne brasileira como uma opção segura, certificada e competitiva.
O cenário é favorável, considerando a redução do rebanho australiano e o fato de a Índia concentrar-se em produtos de menor valor agregado, abrindo espaço para o Brasil avançar.

Atualmente, os 38 frigoríficos autorizados pertencem a 14 empresas:
JBS, Minerva, Marfrig, Barra Mansa, Astra, Frigon, Frigol, Supremo, Mercurio, Frialto, Natura Frig, Beauvallet, Estrela e Distriboi.


Investimentos e novas parcerias

Além das exportações, o mercado indonésio oferece excelentes oportunidades de investimento.
JBS, por exemplo, assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o fundo Danantara Indonesia, visando explorar projetos conjuntos na produção de alimentos.
Segundo comunicado oficial, a meta é criar uma base local de produção sustentável, com foco em proteínas, para transformar o país em um polo regional de referência mundial.


Reunião entre Lula e Prabowo reforça cooperação bilateral

Durante encontro oficial com o presidente indonésio Prabowo Subianto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou as oportunidades de ampliar o comércio entre as duas nações.
Foram assinados diversos memorandos de entendimento, incluindo acordos de cooperação sanitária, fitossanitária e de certificação agrícola.

Fonte: https://www.fazcomex.com.br/exportacao/brasil-busca-ampliar-numero-de-frigorificos-aptos-a-exportar-para-a-indonesia/

 

Norcoast transfere operações para terminal da DP World em Santos.

De acordo com a empresa, mudança faz parte de uma estratégia voltada ao aumento da eficiência e ao crescimento das operações.

Norcoastanunciou a transferência da operação para o terminal da DP World, no Porto de Santos. De acordo com a empresa, a mudança faz parte de uma estratégia de longo prazo voltada ao aumento da eficiência e ao crescimento da companhia.

Norcoast, que atende tanto a carga doméstica quanto armadores estrangeiros com demanda para outros portos, pretende ampliar a carteira de clientes ao expandir as opções de conexão para cargas de cabotagem e feeder.

Segundo o diretor de Operações da NorcoastStephano Galvão, a decisão foi guiada por critérios de eficiência operacional e segurança de longo prazo. “A mudança não impactará as operações domésticas e proporcionará ganhos logísticos significativos. Esperamos mais economia e maior eficiência no transporte terrestre. Nossa sinergia com a DP World trará uma operação fluída e eficiente em toda a cadeia”, destacou.

Recentemente, a DP World anunciou a renovação de um contrato com a Hapag-Lloyd para operação no Porto de Santos, que estabelece a continuidade das operações de movimentação de contêineres pelos próximos dez anos.

Em comunicado, aNorcoast afirmou que oferece a segunda maior capacidade do mercado e o menor transit time para cargas que saem de Manaus. A empresa atua em seis portos — Santos (SP), Paranaguá (PR), Itajaí (SC), Suape (PE), Pecém (CE) e Manaus (AM).

Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/norcoast-operacoes-terminal-dp-world-santos

 

A caminho de volta ao Brasil, missão catarinense na China traz importantes resultados.

A comitiva catarinense que integrou a missão oficial à China já está em viagem para o Brasil, e encerrou os trabalhos nas cidades chinesas com avanços significativos para o desenvolvimento da região. Entre as principais está um acordo de cooperação entre Itajaí e a cidade de Linyi assinado entre o prefeito da cidade e o prefeito de Itajaí, Robison Coelho, que também é o presidente do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da AMFRI (CIM-Amfri). 
 
“A missão foi um sucesso, contato de alto nível, e sobretudo esse acordo com Linyi, que é referência mundial em logística e planejamento urbano. Com cerca de 10 milhões de habitantes, apresentou modelos eficientes de crescimento, mobilidade e infraestrutura que podem contribuir diretamente para os projetos estruturais em andamento em Itajaí”, enfatiza o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, João Paulo Kowalsky. 
 
A parceria abre perspectivas expressivas de investimentos para o setor logístico da região, principalmente de Itajaí.  O intercâmbio prevê troca de experiências técnicas, aproximação entre setores produtivos e análise de projetos conjuntos que impulsionem a modernização urbana. A Missão Internacional China 2025, iniciou no domingo, e foi promovida pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese) com parceria institucional da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da AMFRI (CIM-AMFRI). A programação incluiu participação na China Hi-Tech Fair, a maior feira de tecnologia e inovação da China, além de visitas técnicas e reuniões estratégicas. O propósito central foi promover a troca de experiências, fortalecer o diálogo internacional e ampliar o repertório de práticas de governança, planejamento urbano e tecnologia aplicadas à administração pública. 
 
Além do prefeito de Itajaí, integraram a missão internacional na China os prefeitos Joel José Soares, de Ilhota; Leonel Pavan, de Camboriú; Libardoni Fronza, de Navegantes; Tiago Maciel Baltt, de Balneário Piçarras; e o vice-prefeito de Balneário Camboriú, Nilson Frederico Probst. Também representa Itajaí o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, João Paulo Kowalsky.
 
Fonte: https://jornaldosbairros.tv/noticia/88426/a-caminho-de-volta-ao-brasil-missao-catarinense-na-china-traz-importantes-resultados
 

2º Simpósio de Logística: Carta Movimento Pró-Ferrovia. 

O Movimento Pró-Ferrovias, iniciado em 2019 é integrado por oito entidades com um único interesse de transformar o fluxo logístico por meio do modal ferroviário. A iniciativa ganhou força, pois o gargalo é um desafio nacional do comércio, da indústria, da agricultura.

A Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC), a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Centro Empresarial de Chapecó (CEC), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) buscam o engajamento do setor privado e público como estratégia urgente para reduzir custos, aumentar a competitividade na produtividade e garantir sustentabilidade no crescimento dos setores.

Durante o 2° Simpósio de Simpósio da Integração Logística do Sul, realizado nesta sexta-feira (14), na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) em paralelo com a Fetranslog, a carta foi assinada pelas autoridades e participantes do evento.

CARTA  MOVIMENTO PRÓ-FERROVIA

Aos senhores e senhoras representantes dos poderes públicos e das entidades empresariais e de classe dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

As entidades participantes do Movimento Pró-ferrovias de Santa Catarina, em conjunto com suas congêneres dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país, por meio do fortalecimento do setor produtivo e da modernização da infraestrutura nacional.

A competitividade empresarial e a eficiência logística são hoje temas estratégicos e urgentes para sustentar o crescimento dos Estados do Sul e suas interrelações com o centro-oeste brasileiro, especialmente nas cadeias do agronegócio, indústria e exportação. Essas regiões, reconhecidas por sua integração cultural, social e territorial, e por seu desenvolvimento econômico, enfrentam, contudo, uma deficiência estrutural histórica: a limitação dos modais de transporte e a dependência excessiva do modal rodoviário.

Ampliar e integrar os modais logísticos brasileiros com visão de longo prazo, sustentabilidade e sinergia regional é o propósito das entidades catarinenses que compõem o Movimento Pró-Ferrovias. O movimento defende a retomada e a ampliação do transporte ferroviário como eixo estruturante da logística nacional, garantindo a competitividade de setores estratégicos, como o agronegócio, a indústria e o comércio exterior, que enfrentam crescentes desafios frente aos custos e limitações de transporte.

Em 2025, o Movimento Pró-Ferrovias consolidou avanços significativos no cenário estadual e nacional. Ganhou força política consolidando-se como referência no debate sobre infraestrutura logística e desenvolvimento regional. Destaca-se, a participação na construção da lei estadual de ferrovias, instituída em junho de 2025 , e a iniciativa do governo estadual em reunir-se com as demais lideranças do estado do Parané e Rio Grande do Sul para criação de um grupo de trabalho com objetivo de construir a ligação da malha ferroviária entre os estados.

O trabalho iniciado em 2019, agora fortalecido por essa articulação interestadual, reflete o compromisso das entidades empresariais com um projeto de integração nacional que ultrapassa fronteiras estaduais e setoriais, mirando o desenvolvimento sustentável, a redução de custos logísticos e o fortalecimento da competitividade do Sul do Brasil.

Neste 14 de novembro de 2025, o Movimento Pró-Ferrovias — formado pela ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal; ACIC – Associação Comercial e Industrial de Chapecó; CEC – Centro Empresarial de Chapecó; FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina; FAESC – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina; FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina; OCESC – Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina; e SINDICARNE – Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado de Santa Catarina reafirma sua disposição de contribuir com os governos estaduais e federal na consolidação de uma nova agenda ferroviária para o país.

Os Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram milhões de empregos diretos e indiretos, e suas economias dinâmicas dependem de um sistema logístico eficiente e competitivo. Santa Catarina, por exemplo, registra atualmente a menor taxa de desemprego do país e um crescimento expressivo nas exportações, que avançaram mais de 5% em outubro de 2025. O setor produtivo catarinense, amplamente exportador e integrado internacionalmente, reforça a urgência de uma logística moderna e intermodal, capaz de sustentar o ritmo de expansão e de agregar valor às cadeias produtivas regionais.

O projeto logístico intermodal, com foco na integração ferroviária, rodoviária e marítima, permitirá o transporte mais eficiente e sustentável de insumos e produtos acabados, abrangendo setores como alimentos e bebidas, móveis, combustíveis e biocombustíveis, madeira e aço, grãos, construção civil, têxtil, metalmecânico, plástico, farmacêutico e cerâmico, entre outros.

É tempo de unir esforços políticos, empresariais e sociais para tornar a ferrovia uma realidade concreta conectando territórios, reduzindo custos logísticos e promovendo desenvolvimento econômico sustentável.

Somente com visão integrada, compromisso compartilhado e articulação permanente entre os Estados e o setor produtivo será possível assegurar o futuro logístico e econômico do Sul do Brasil.

Fonte: https://revistamaiscarne.com.br/2o-simposio-de-logistica/?utm_source=chatgpt.com

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