FECHAMENTO DO MERCADO 25/11/2025
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Colheita da cebola avança em Santa Catarina com expectativa de aumento na produção.
A colheita da cebola já iniciou em Santa Catarina e o estado projeta um desempenho superior ao da safra passada. As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa) apontam para um crescimento de 7,30% na produção, o que representa 40 mil toneladas a mais do que no ciclo passado.
O avanço não se explica pelo aumento de área — que cresceu apenas 1,41% —, mas sim pelos ganhos de produtividade observados em regiões como Ituporanga (10,04%), Rio do Sul (11,03%) e Canoinhas (8,09%). A maior parte das lavouras está em boas condições e se encontra na fase de frutificação.
Segundo a analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Lillian Bastian, o cenário para a próxima safra é bastante favorável. “A região de Ituporanga, principal polo produtor de cebola do estado, apresenta lavouras em excelente condição, resultado de um ciclo favorecido pelo clima e pelo manejo adequado”, destaca.
Preços e estratégia de mercado
O preço médio pago ao produtor permanece sem novas referências desde junho de 2025, quando a saca de 20kg foi cotada a R$ 30,29, em valores nominais. No atacado, os valores ficaram estáveis em relação a setembro, com leve alta de 9,49%, chegando a R$ 41,06, também em valores nominais.
De acordo com Lillian, com a expectativa de que a produção de cebola do Sul do país passe a abastecer o mercado nacional nas próximas semanas, o armazenamento se torna uma estratégia recomendada. “Em Santa Catarina, as estruturas de guarda permitem que os produtores mantenham parte da safra estocada, aguardando períodos de menor oferta em 2026”, diz ela.
A analista explica que a colheita das áreas precoces já começou, mas grande parte desse volume inicial está sendo destinada ao armazenamento. “A estratégia é aguardar preços mais favoráveis, algo provável diante do recuo da oferta nacional previsto para as próximas semanas”, afirma. A expectativa é de uma valorização gradual e de preços mais atrativos no primeiro trimestre de 2026, período em que historicamente ocorre redução na disponibilidade do produto. A colheita segue em Santa Catarina até meados de janeiro.
Cenário nacional
No mercado brasileiro, o abastecimento segue elevado. Em outubro, o país zerou a importação de cebola devido à forte produção nacional — fato que não ocorria para o mês desde 2007. A interrupção das compras externas é explicada pela alta oferta proveniente do Cerrado, cuja colheita se estende até o início de novembro. Esse cenário coincide com o avanço da safra catarinense, reforçando a projeção de que com ausência da importação de cebola os preços ao produtor possam aumentar.
Fonte: https://www.revistaportuaria.com.br/noticia/26422
A Volkswagen planeja exportar carros fabricados na China para mais mercados estrangeiros, mas exclui a Europa.
Soja responde por 21% da movimentação e lidera exportações no Paraná.
Porto de Paranaguá ultrapassa 13 milhões de toneladas de soja exportadas entre janeiro e outubro, sendo 91% da soja destinada à China A produção recorde da safra brasileira e a alta demanda chinesa, que parou de importar o produto dos EUA após os embates tarifários, explicam o aumento nas vendas externas.
A soja em grão foi a commodity com maior volume movimentado nos portos paranaenses entre os meses de janeiro e outubro deste ano, de acordo com o relatório operacional da Portos do Paraná divulgado nesta segunda-feira (24). No acumulado, são 13.015.446 toneladas embarcadas, que representam, em valor FOB (valor do produto no ponto de embarque), US$ 5,2 bilhões. O volume corresponde a 21,2% de todas as cargas movimentadas em 2025 pelos portos paranaenses (61.213.363 toneladas).
O Brasil é o maior exportador do produto e o Paraná se destaca nessa movimentação. Ao todo, 91% da soja que sai de Paranaguá tem como destino o mercado chinês. “Estamos confiantes de que as movimentações de soja sigam em alta nos próximos meses”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O mês de outubro apresentou um crescimento de 60% na movimentação da commodity em relação ao mesmo mês do ano anterior, passando de 508.876 toneladas em 2024 para 815.327 toneladas em 2025. Atualmente, 15 terminais podem movimentar soja em grão pelos portos paranaenses.
Entre os principais motivos do aumento da exportação de soja estão a produção recorde da safra brasileira e a alta demanda chinesa, que praticamente parou de importar o produto dos Estados Unidos após os embates tarifários.
Complexo soja
O Porto de Paranaguá tem a segunda maior movimentação de farelo de soja do Brasil, com 28% da exportação nacional. De janeiro a outubro deste ano, foram movimentadas 5.517.043 toneladas de farelo, que representam US$ 1,8 bilhão em valor FOB. O produto, utilizado na produção de ração animal, teve aumento de 3% em relação ao ano passado (5.333.259 toneladas). Países Baixos (Holanda), França, Espanha e Coreia do Sul foram os principais importadores.
Paranaguá segue como líder nacional na exportação de óleo de soja. Até o fim de outubro, o Porto foi responsável pelo envio de 63% de
toda a produção nacional, destinada a países que totalizam mais de 860 mil toneladas. O óleo pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica, química e têxtil, entre outras.
Mais carga em menos tempo
O Porto de Paranaguá se prepara para aumentar ainda mais a capacidade de movimentação dentro do complexo soja. A construção do Moegão, a maior obra portuária pública do país em andamento, prevista para janeiro de 2026, vai possibilitar o aumento na recepção de grãos e farelos nos próximos anos.
O complexo vai centralizar o descarregamento ferroviário de granéis sólidos, conectando 11 terminais por um sistema de correias. A soja será uma das commodities mais beneficiadas com esse investimento.
Atualmente, cerca de 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga, aumentando para até 900 vagões por dia. “Com a obra concluída, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste e ampliando a produtividade, principalmente na exportação de soja”, afirmou o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira.
Outro projeto que começará a ser desenvolvido é a construção do Píer em ‘T’, que contará com quatro novos berços e um sistema de carregamento considerado o mais rápido do mundo. Os equipamentos atualmente em funcionamento conseguem levar três mil toneladas de grãos e farelos para os porões dos navios a cada hora. A nova estrutura terá condições de despejar até oito mil toneladas por hora dentro de uma embarcação.
O terceiro fator que vai ampliar ainda mais as exportações é o aprofundamento do canal de acesso, pois permitirá a atracação de navios maiores e com espaço para levar ainda mais produtos. Isso será possível com a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, viabilizada por meio de leilão público na Bolsa de Valores do Brasil (B3).
O consórcio que venceu o certame terá que realizar todos os investimentos necessários em até cinco anos após assumir o contrato. Isso inclui o aumento do calado, que é o ponto mais profundo do navio até a superfície da água, passando dos atuais 13,3 metros para 15,5 metros em até cinco anos.
Os 2 metros e 20 centímetros de acréscimo no calado permitirão que um navio consiga carregar 14 mil toneladas de granéis vegetais sólidos a mais, sem custo adicional na operação.
Todas essas mudanças vão ampliar consideravelmente a competitividade do Porto de Paranaguá, que é um dos principais portos graneleiros do mundo. Outro acréscimo vantajoso será o aumento da segurança nas manobras dos navios e o tempo menor de operação, que reduz consideravelmente o custo do transporte das cargas que saem do Paraná.
Fonte: https://opresenterural.com.br/soja-responde-por-21-da-movimentacao-e-lidera-exportacoes-no-parana/
O Porto de Santos responde por mais da metade das exportações de automóveis do Brasil.
O Porto de Santos continua a crescer rapidamente em termos de exportação de automóveis. O complexo de Santos é atualmente responsável por aproximadamente 55% das exportações do país, distribuídas entre o terminal Ecoporto, na margem direita, e Santos Brasil, na margem esquerda (Guarujá).
Segundo dados da Autoridade Portuária de Santos (APS), com base no Comex, sistema do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram exportadas 108.657 unidades pelo Porto de Santos de janeiro a setembro deste ano. Isso representa um crescimento de 39,08% em comparação com as 66.191 unidades do mesmo período de 2024. O número já ultrapassou o total do ano passado, de 92.926 unidades.
Em termos financeiros, a movimentação atingiu US$ 1,5 bilhão até setembro deste ano — 37% a mais do que os US$ 922,8 milhões registrados no mesmo período de 2024. O valor também superou o total de 2024, que foi de US$ 1,3 bilhão.
Lúcio Lage, diretor executivo da Process Log & Comex, empresa especializada em logística e operações de comércio exterior, afirma que as exportações de veículos têm grande relevância econômica para a região da Baixada Santista, pois mobilizam toda a cadeia logística regional: porto, terminais, transportadoras, transitários, despachantes aduaneiros, seguradoras e empresas de serviços.
“Do ponto de vista econômico, é uma atividade que traz liquidez e previsibilidade ao comércio exterior da região. Cada navio carregado com veículos representa centenas de contêineres, carga geral, serviços de logística, transporte rodoviário e seguros internacionais — tudo isso faz circular capital na Baixada Santista”, explica.
Crescimento em outros portos
Embora Santos esteja muito à frente de Paranaguá (PR), o segundo colocado com 51.870 veículos exportados até setembro, e de Suape (PE), em terceiro lugar com 28.099 unidades, os resultados de outros complexos portuários também se destacam.
“O crescimento demonstra o papel central de Santos nas exportações, ao mesmo tempo que destaca o avanço de outros portos como resultado da diversificação logística pelas montadoras e da recuperação operacional dos terminais regionais”, avalia Rafael Cristelo, gerente geral da K Line, empresa japonesa de navegação que opera mais de 600 embarcações globalmente e é líder no transporte marítimo de veículos no Brasil.
Mercado internacional
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que o Brasil exportou 430.800 unidades até setembro — número superior às 398.000 previstas para 2024. O volume também superou a projeção da entidade, feita em janeiro (428.000), que foi revisada para 552.000 em agosto.
Cristelo observa que as exportações brasileiras de veículos continuam concentradas na América Latina. A Argentina é, de longe, o principal destino, representando cerca de 50% do valor das exportações de janeiro a setembro deste ano. Em seguida, vêm o México (20%), a Colômbia (10%), o Chile (6%) e outros mercados regionais como Peru, Uruguai e Paraguai.
“Historicamente, o Brasil se especializou na produção de carros de passeio, SUVs compactos, caminhões e chassis de ônibus, enquanto a Argentina concentra sua indústria na produção de picapes devido à forte presença local de fornecedores e montadoras focadas nesse segmento”, afirma.
No entanto, ele observa que o México, o segundo maior mercado para veículos brasileiros, enfrenta forte concorrência de modelos chineses, que já detêm mais de 35% do mercado local, pressionando os produtos brasileiros.
O porto possui dois terminais para carros.
Operado pela Santos Brasil, o Terminal de Exportação de Veículos (TEV) na margem esquerda do porto responde por mais de 90% da movimentação de automóveis no Porto de Santos e cerca de 40% em todo o país. É o maior terminal de veículos do Brasil, com capacidade para 300 mil unidades por ano, e está localizado ao lado do Tecon Santos, terminal de contêineres também operado pela Santos Brasil.
Nos primeiros nove meses deste ano, o terminal movimentou 194.468 veículos, em comparação com 143.713 no mesmo período de 2024 — um aumento de 35,3%. No terceiro trimestre, foram movimentados 73.202 veículos, um aumento de 31,1% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado pelas exportações de veículos leves para Argentina, Colômbia e México e de veículos pesados para os Estados Unidos.
As exportações representam a maior parte das operações. No primeiro semestre deste ano, dos 121.266 veículos atendidos, 114.235 foram destinados a mercados estrangeiros. No mesmo período de 2024, foram operadas 87.858 unidades, das quais 77.470 foram exportadas.
A maior parte das exportações de veículos tem como destino a América do Sul (Argentina, Colômbia, Equador e Chile) e a América do Norte (México). Segundo Bruno Stupello, Diretor de Operações do Terminal Portuário da Santos Brasil, o movimento é predominantemente voltado para a exportação devido à proximidade do terminal com o maior polo industrial automotivo do Brasil, localizado na região do ABC e no interior de São Paulo. Ele também cita a maior carga tributária de importação em São Paulo, o que desestimula as operações de entrada no estado.
O Ecoporto, pertencente ao Grupo EcoRodovias, movimentou 20.057 unidades de janeiro a setembro deste ano, acima do mesmo período de 2024 (15.499), um aumento de 29%. Segundo a empresa, a capacidade para veículos pode variar dependendo do perfil da carga programada, já que o terminal é multiuso.
A atividade exige mão de obra especializada.
Lúcio Lage destaca que as exportações de automóveis exigem mão de obra qualificada em diversas etapas: estufagem, inspeção, vistoria, documentação, seguro e gestão logística. Para cada emprego direto em uma montadora ou terminal, existem vários empregos indiretos em empresas de apoio, como operadores logísticos, transportadoras e agentes de comércio exterior.
“O que pode ser melhorado é a qualificação e a integração da mão de obra local com as novas tecnologias do setor, como sistemas de rastreamento, digitalização de documentos e processos aduaneiros automatizados”, comenta.
Ele acrescenta que políticas de incentivo e a simplificação tributária podem aumentar a competitividade das empresas na região, permitindo que mais operações permaneçam em Santos em vez de migrarem para portos com custos mais baixos ou menos burocracia. “Quanto mais previsibilidade e eficiência o ambiente portuário oferecer, mais empregos e investimentos o setor atrairá”, conclui.
Competitividade e desafios
Para Lage, manter a competitividade do Porto de Santos é essencial. O principal desafio é equilibrar custo, eficiência e infraestrutura. “Santos é o maior porto do Hemisfério Sul, mas enfrenta gargalos logísticos como restrições de acesso rodoviário, burocracia alfandegária e altos custos. Ao mesmo tempo, terminais em outros estados estão investindo fortemente em tecnologia, automação e incentivos fiscais”, afirma.
Ele defende a aceleração de projetos estruturais como o túnel imerso Santos-Guarujá, a modernização do acesso rodoviário e ferroviário e a digitalização completa dos processos portuários. Menciona ainda a integração da Receita Federal, da Anvisa, da Vigiagro e de outras autoridades em plataformas unificadas.
“Outro ponto crucial é o fortalecimento da colaboração entre operadores privados, órgãos públicos e empresas do setor, criando um ambiente de confiança e previsibilidade. É isso que garante que investidores e operadores internacionais continuem escolhendo Santos como o principal polo de exportação — não apenas para automóveis, mas para toda a cadeia industrial do Brasil”, reforça.
Fonte: https://datamarnews.com/noticias/port-of-santos-accounts-for-more-than-half-of-brazils-car-exports/?utm_source=chatgpt.com
Levantamento aponta que reforma tributária pode triplicar impostos para empresas do segmento logístico.
A reforma tributária, prevista para 2026, pode triplicar a carga de impostos no modelo de operação da TruckPag, startup de meios de pagamentos com soluções completas para frotas pesadas. O levantamento, realizado pela empresa em parceria com a Rumo Brasil, consultoria para transportadoras, simulou os impactos das novas alíquotas da CBS (9,3%) e do IBS (18,7%) sobre a atual estrutura da companhia. Embora os resultados representem especificamente o cenário da TruckPag, o estudo acende um alerta para o setor logístico como um todo. Empresas com estruturas semelhantes, especialmente as focadas em gestão de abastecimento, manutenção e meios de pagamento, podem enfrentar aumento significativo de custos e terão de acelerar investimentos em eficiência, automação e inovação para manter a competitividade.
“O diagnóstico reforça que não se trata apenas de aumento tributário, mas de uma oportunidade para inovar e otimizar processos. Estamos trabalhando para transformar a complexidade em eficiência, garantindo que nossos clientes continuem a ter soluções competitivas e confiáveis”, afirma Kássio Seefeld, CEO e fundador da TruckPag.
O estudo também identificou que grande parte das despesas da companhia pode gerar créditos tributários ainda não totalmente aproveitados, além de evidenciar que incentivos como a Lei do Bem são essenciais para reduzir o impacto da carga tributária. Para se preparar, a TruckPag contratou consultorias especializadas, revisou contratos e processos e investiu em automação de rotinas fiscais e contábeis.
“Estamos acompanhando de perto a análise da TruckPag e contribuindo para que as empresas do setor logístico naveguem por esse cenário com segurança e planejamento. A parceria permite identificar oportunidades de créditos e medidas de eficiência que ajudam a reduzir impactos e a manter a competitividade do setor”, comenta Rafael Brito, CEO da Rumo Brasil.
O objetivo da logtech é absorver os impactos da reforma sem repassar custos aos clientes, fortalecendo o setor de transporte rodoviário de cargas por meio de tecnologia, governança e soluções que aumentem a eficiência e a previsibilidade nos negócios. A partir de 2026, a TruckPag planeja adaptar os sistemas e plataformas digitais ao novo regime tributário, que entrará em fase de testes.
“Temos buscado uma atuação colaborativa, mantendo canais permanentes de diálogo com parceiros, fornecedores e entidades do setor, para que todos estejam preparados para as mudanças. Também participamos ativamente de fóruns e debates institucionais, levando a perspectiva das empresas de serviços para o centro da discussão”, finaliza o CEO da TruckPag.
Fonte: https://painellogistico.com.br/levantamento-aponta-que-reforma-tributaria-pode-triplicar-impostos-para-empresas-do-segmento-logistico/