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Produtores de carne estimam perdas de US$ 1 bilhão se tarifas de 50% forem aplicadas
A possível imposição de uma tarifa de 50% pelos EUA sobre a carne brasileira pode gerar prejuízos de até US$ 1 bilhão em 2025, segundo a Abiec. O setor se mobiliza em busca de diálogo diplomático para evitar a perda de um dos maiores mercados internacionais.
Pontos principais
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Mercado sob risco: os EUA são o segundo maior destino da carne brasileira, atrás da China, com exportações de cerca de 181 mil toneladas que renderam US$ 1 bilhão no primeiro semestre de 2025 equivalente a aproximadamente 12% das exportações totais de carne do país.
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Expansão expressiva: houve crescimento de 113% em volume e 102% em valor das exportações brasileiras de carne para os EUA em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo forte demanda internacional.
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Vendas inviáveis: os frigoríficos brasileiros projetavam exibir 400 mil toneladas exportadas para os EUA até o fim do ano, mas com a tarifa proposta, essas vendas se tornam não competitivas no mercado americano.
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Impacto nos EUA: a restrição pode elevar a inflação da carne nos EUA, que já enfrenta oferta limitada de gado doméstico, pressionando consumidores americanos
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Mobilização diplomática: representantes do setor dialogam com parlamentares nos EUA na tentativa de suspender ou adiar a aplicação da tarifa
Implicações estratégicas
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A tarifa de 50% pode tornar inviável a operação de grandes players brasileiros no mercado americano, gerando impactos negativos em receita, empregos e planejamento de curto prazo.
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A falta de mercados alternativos capazes de absorver grandes volumes complica ainda mais a realocação de exportações.
Fonte: Reuters.
Brasil planeja medidas de apoio a empresas afetadas por tarifas dos EUA que sobem de 10% para 50% a partir de 1º de agosto
Em meio ao aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos, o governo brasileiro solicitou formalmente que produtos alimentícios e aeronaves da Embraer sejam excluídos da tarifa de 50% que entrará em vigor no próximo dia 1º de agosto.
A proposta foi apresentada em negociações bilaterais conduzidas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O pedido de isenção reflete a preocupação com o impacto direto nos setores agrícola e aeroespacial, dois pilares das exportações brasileiras.
Embraer em alerta
A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, está no centro das discussões. A empresa corre o risco de perder contratos estratégicos, ver entregas adiadas e sofrer impacto semelhante ao registrado durante a pandemia. Fontes próximas à empresa afirmam que a tarifa pode comprometer empregos e investimentos futuros, principalmente no setor de jatos regionais exportados aos EUA.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, garantiu que o governo federal fará “todo o possível para proteger a Embraer”, inclusive com a criação de linhas de crédito específicas para a manutenção da cadeia produtiva.
Impacto no agronegócio
No campo, produtores de café, suco de laranja e proteínas animais alertam para prejuízos bilionários caso a tarifa entre em vigor. Com os EUA sendo um dos maiores importadores desses produtos brasileiros, estima-se que as exportações do agronegócio possam encolher em até 30% em 2025. Agricultores já cogitam abandonar colheitas diante da queda esperada nos preços e margens.
Apesar de o Ministério do Desenvolvimento negar oficialmente que esteja fazendo pedidos setoriais, fontes próximas às negociações revelam que a agricultura e a aviação são prioridades estratégicas para o governo.
Consequências econômicas
Segundo o FMI, o impacto das novas tarifas pode reduzir o crescimento do PIB brasileiro em até 1,4 ponto percentual, caso medidas de contenção não sejam implementadas rapidamente.
Além do pedido de isenção, o governo federal já articula um pacote emergencial de apoio a empresas exportadoras afetadas, que pode incluir linhas de crédito subsidiado, prorrogação de impostos e suporte à manutenção de empregos.
LOGÍSTICA
Banco Mundial aprova financiamento para túnel submerso entre Itajaí e Navegantes
O Banco Mundial aprovou oficialmente um financiamento de US$ 90 milhões para o Projeto de Mobilidade Sustentável Integrada da Região da AMFRI (Promobis), que inclui a construção de um túnel submerso ligando Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina. Este é o primeiro empréstimo internacional aprovado para um consórcio intermunicipal no estado, envolvendo os municípios de Itajaí, Navegantes e Balneário Camboriú.
Mercado logístico do Brasil deve seguir crescendo e atingir até US$ 140 bilhões até 2030
O setor logístico brasileiro deve seguir em forte crescimento até 2033, impulsionado pelo e-commerce, investimentos em infraestrutura e a digitalização das operações. Segundo relatório da IMARC Group, o mercado deve atingir a marca de US$ 145,39 bilhões até 2033, partindo de US$ 105,41 bilhões em 2024, com crescimento médio anual de 3,9%.
Principais motores desse crescimento
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Boom do comércio eletrônico: aumento da demanda por entregas rápidas e logística last mile eficiente.
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Infraestrutura em modernização: rodovias, ferrovias e portos recebem aportes públicos e privados.
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Avanço da tecnologia: soluções como rastreamento em tempo real, IA e IoT otimizam processos logísticos.
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Preferência por serviços 3PL: empresas buscam terceirizar armazenagem, transporte e distribuição para reduzir custos e aumentar a eficiência.
Segmentos em destaque
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Transporte rodoviário: segue dominante na matriz logística brasileira, mas ganha reforço com a multimodalidade.
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Armazenagem e distribuição: aumento da demanda por centros logísticos automatizados e próximos a grandes centros urbanos.
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Logística digital: crescimento acelerado de sistemas integrados e plataformas de gestão inteligente da cadeia de suprimentos.
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Tarifa de 50% dos EUA pressiona frete aéreo na Ásia-Pacífico, gerando congestionamentos e disparada de preços
O Banco Mundial aprovou um empréstimo de US$ 90 milhões para financiar a construção do túnel submerso entre Navegantes e Itajaí, projeto que integra o Plano de Mobilidade Sustentável da Região da AMFRI. A obra é parte de um consórcio que envolve também Balneário Camboriú e tem previsão de iniciar em 2027, com conclusão estimada para 2031
O tão esperado sonho de criar uma alternativa na mobilidade para conectar Navegantes e Itajaí está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Na última sexta-feira (12), o Conselho do Banco Mundial aprovou o financiamento para o Projeto de Mobilidade Integrada Sustentável da Região da Foz do Rio Itajaí (Promobis/Amfri), que inclui a construção do túnel submerso entre os dois municípios.
O projeto prevê um financiamento de US$ 90 milhões do Banco Mundial (cerca de R$ 474 milhões). Os 11 municípios da região da Amfri darão uma contrapartida de US$ 30 milhões (em torno de R$ 158 milhões). Aproximadamente R$ 215 milhões devem ser captados junto à iniciativa privada.
Além do túnel submerso entre Navegantes e Itajaí, o Promobis prevê a criação de um sistema de transporte coletivo regional com ônibus elétrico (BRT), que irá abranger os 11 municípios da Amfri, e uma obra de mobilidade ativa em Balneário Camboriú, beneficiando cerca de 592 mil pessoas.
Com a aprovação do empréstimo, falta a liberação para recebimento e uso dos recursos. Para que isso aconteça ainda em 2024, é preciso que o Governo Federal assine a autorização até o dia 30 de agosto.
A tramitação passa pela Secretaria do Tesouro Nacional, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Casa Civil da Presidência da República e a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE).
Depois disso, é feita a assinatura do empréstimo entre Governo Federal, Consórcio Multifinalitário da Região do Rio Itajaí (CIM-AMFRI) e o Banco Mundial, e então a entidade regional pode começar a receber os recursos para iniciar a execução do Promobis.
Segundo o engenheiro Joao Luiz Demantova, consultor em Projetos de Desenvolvimento Regional da Amfri, a realização do túnel subaquático prevê dois anos de elaboração de projeto e estudos técnicos (2025 e 2026) e pelo menos mais dois anos de obras, com início dos trabalhos estimado para 2027. A expectativa é que a obra possa ser entregue para utilização entre o final de 2029 e começo de 2031.
Fonte: Jornal da Cidade Navegantes
Principais impactos regionais
- Tailândia: cerca de 36% dos exportadores estão antecipando envios antes da tarifa, lotando voos com destino aos EUA e Canadá. A simultaneidade com a temporada de monções agrava riscos de atrasos logísticos.
- Vietnã: apesar de não ter voos diretos para os EUA, depende de conexões em hubs como Singapura e Kuala Lumpur. Isso faz com que a demanda aumentada por rotas americanas provoque colapsos logísticos nesses centros regionais.
- Filipinas: a tarifa de 19% sobre produtos destinados aos EUA acionou corrida por exportação, em meio à temporada de tufões, aumentando risco de danos, atrasos e riscos a produtos perecíveis.
- Malásia: já sob tarifa de 25%, enfrenta um surto contínuo de demanda desde julho com voos sobrecarregados e janelas de reserva se estendendo além do padrão habitual.
- Singapura: embora o valor exato da tarifa ainda estivesse em definição, o país já sente o impacto com voos plenamente reservados, limitação de capacidade e room for tarifas elevadas refletidas nos preços.
Fonte: The STAT Trade Times.