A Reforma Tributária aprovada em 2023 está prestes a mudar profundamente a forma como as empresas brasileiras lidam com tributos. Para o setor de transporte e logística, que já convive com desafios fiscais e burocráticos, as transformações podem representar tanto oportunidades quanto novos ajustes operacionais.
O Cenário da Reforma: Adeus à Guerra Fiscal e Tributação no Destino
Na prática, os principais tributos sobre consumo (PIS, Cofins, ICMS e ISS) serão substituídos por dois novos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Isso significa que o atual emaranhado de regras estaduais e municipais, especialmente o ICMS que varia conforme cada estado, dará lugar a um modelo mais simples e padronizado.
Para a logística, o impacto é direto. Hoje, cada transporte interestadual precisa se adequar às normas de diferentes estados. Com o IBS, essas barreiras tendem a desaparecer, pois a tributação muda da origem para o destino (o local onde a mercadoria é consumida). Isso elimina a complexidade de gerir múltiplas alíquotas interestaduais, criando mais previsibilidade e simplificando drasticamente a emissão de documentos fiscais de transporte (CT-e).
Crédito Pleno: Mais Cash Flow para Investir
Outro ponto importante é a forma como os créditos tributários vão funcionar. Atualmente, muitas empresas têm dificuldade em recuperar valores pagos ao longo da cadeia de transporte.
No novo modelo, o crédito será mais amplo e transparente, baseado no princípio da Não-Cumulatividade Plena. Isso significa que a maior parte dos insumos e custos operacionais da transportadora, de combustível e peças a manutenção da frota, gerarão crédito de forma mais fácil e imediata.
Essa recuperação de crédito mais fluida não é apenas burocracia: é dinheiro que volta mais rápido ao caixa (cash flow). Com menos capital parado no fisco, o setor terá mais recursos disponíveis para investir em frota, tecnologia, inovação e sustentabilidade, tornando a precificação do frete mais limpa e a transportadora mais competitiva.
A Transição: O Risco de Demorar para Agir
Mas é preciso atenção: a transição não será imediata. O novo sistema começará a valer em 2026 e seguirá até 2033, com fases de adaptação.
É fundamental entender que a preparação começa agora. Quem demorar para adaptar seus sistemas de gestão (ERP) e treinar suas equipes corre o risco de erros fiscais já em 2026, perdendo os benefícios do novo modelo e gerando multas.
É nesse cenário que a BS Transporte Logística reforça seu papel de parceira estratégica. Mais do que transportar cargas, acompanhamos de perto mudanças tributárias e regulatórias. Nossos sistemas fiscais estão sendo preparados antecipadamente para o novo modelo de apuração.
Nosso compromisso é garantir que, enquanto você foca no seu negócio, seus embarques já estão em conformidade com as novas regras, aproveitando 100% dos créditos e evitando riscos fiscais.
A Reforma Tributária traz desafios, mas promete um sistema mais justo, eficiente e previsível. Estar preparado para essa mudança é essencial, e a BS está ao lado das empresas que querem atravessar essa transição com segurança e competitividade.