Pandemia de coronavírus e crescimento na movimentação na região de Itajaí influenciaram

na falta de contêineres.

 

O ano de 2020 sem dúvidas foi atípico, contrariou todas as expectativas projetadas há exatamente um ano atrás. Primeiro veio a pandemia de coronavírus que praticamente congelou o mercado internacional por algumas semanas. Com a retomada das atividades veio a mudança de comportamento do mercado para atender novas demandas dos consumidores, e por fim retomada da movimentação e escassez de contêineres e espaço nos navios; o que fez também o custo do transporte marítimo subir.

O panorama acima é apenas uma representação bem simplificada do cenário mundial. Segundo Andrévan Alves Pereira, diretor comercial da BS Transporte Logística; em Itajaí existem dois pontos principais a serem analisados e que refletem o atual cenário do comércio exterior: a pandemia, que causou queda nos primeiros meses do ano; e o crescimento de movimentação em contêineres, a partir do segundo semestre. Segundo dados da superintendência do Porto de Itajaí, em outubro de 2020 foram movimentados 52.185 TEUs, contra 39.103 TEUs no mesmo mês de 2019. O crescimento real foi de 33%. “Esse crescimento não foi registrado em nenhum porto nacional, além de Itajaí”, destaca Andrévan.

Ainda segundo a Superintendência do Porto de Itajaí, em novembro os números positivos se repetiram e atingiram métricas históricas, com crescimento de 39% na quantidade de contêineres movimentados, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Mas então, o que realmente causou a escassez de contêineres?

Para Andrévan, “o desbalanceamento dos contêineres vem muito pelo aumento na movimentação, do que apenas devido a pandemia da Covid-19; sendo que até novembro, as  exportações no porto de Itajaí em 2020 correspondem a 63% das cargas movimentadas e as importações refletem 37%.”

Para anemizar os impactos dessa realidade, as empresas de logística e transporte tem buscado alternativas. “Na BS trabalhamos com agendamentos organizados e estratégicos. Atuamos nas provisões dos clientes já garantindo espaço na grade. Quando necessário usamos apoio de terminais parceiros para coleta do contêiner vazio para garantir a saúde na operação do cliente”, explica o diretor comercial Andrévan Alves Pereira.

Expectativa para 2021?

Algumas estimativas apontam que pelo menos até março a escassez de contêineres continue afetando de alguma forma o comércio internacional, mas já existe expectativa positiva de normalização do setor. Uma das ações em andamento é que as empresas de contêineres já estão atuando na fabricação de novas unidades para suprir o fluxo da cadeia logística.

Na região de Itajaí algumas ações ligadas a infraestrutura portuária também vão ajudar na estabilidade do mercado. “Mesmo com a perspectiva de elevação no fluxo da movimentação de cargas, já tivemos sinalizações por parte da prefeitura, sobre projetos e estudos da nova concessão (que já está em andamento) e poderá resultar na ampliação da área portuária, novos equipamentos e chegada de novas linhas de atracação”, finaliza Andrévan.

 

 

 

 

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